quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

V.GUIMARÃES -0 BENFICA -2 - LAVAR A VERGONHA...

O Benfica alcançou o quarto triunfo consecutivo no Berço, em menos de um ano. A formação encarnava está a desenvolver um historial de sucesso nas visitas ao reduto do V. Guimarães e voltou a ser feliz. Com um golo a abrir e outro ao cair do pano, os encarnados entraram com o pé direito na terceira fase da Taça da Liga, partilhando a liderança no Grupo C com o Belenenses. Katsouranis (9m) e Carlos Martins (81m) devolveram o espaço de manobra a Quique.
As equipas apresentavam-se no Estádio D. Afonso Henriques com estados de espírito distintos. O Vitória de Guimarães chegava em crescendo, depois de um triunfo vistoso em Vila do Conde (2-4), enquanto o Benfica procurava recuperar a postura altiva após desaire penoso na deslocação à Trofa. Manuel Cajuda repetiu a fórmula utilizada frente ao Rio Ave, face ao sucesso da operação, vendo Quique Flores mudar quase tudo.
Katsouranis desbrava o caminho
O treinador do Benfica entregou a baliza a Moretto, num processo de contínua rotatividade entre os guarda-redes do plantel encarnado, preparando mais uma mão cheia de alterações. O brasileiro, refira-se desde já, respondeu à altura. Ouviu das boas quando arriscou uma finta de pés sobre Roberto, ainda na primeira parte, mas compensou a ousadia com uma postura irrepreensível nos lances aéreos, fora da baliza.
Miguel Vítor e David Luiz não convenceram totalmente no sector defensivo, ao contrário de Katsouranis e Yebda no sector intermediário. Esta dupla, aliás, marca pontos na luta pela titularidade. O grego viria a inaugurar o marcado ao nono minuto de jogo, após canto cobrado por Aimar. O Benfica chegava à vantagem depois de duas belas defesas de Nilson: bem frente a Aimar, soberbo a negar o golo a Dí Maria.
O extremo argentino voltou a desiludir, tal como Balboa. Sexta novidade no onze de Quique Flores, o ala recrutado ao Real Madrid tarda em justificar o investimento. À meia-hora, quando seguia para o banco de suplentes à procura de uma garrafa de água, percebeu que nem havia direito a uma pausa. O seu tempo estava no fim. Durou 37 minutos no relvado.
Um castigo antes do ponto final
O Vitória de Guimarães queria aproveitar o período de fulgor e tentou lutar, uma vez mais, contra um golo consentido de forma precoce. Aliás, Manuel Cajuda ainda estará a tentar perceber como a sua equipa falhou a marcação a Katsouranis num movimento do grego que já é sobejamente conhecido do grande público.
A formação vitoriana, após uma dezena de minutos, partia atrás do prejuízo mas voltava a denotar falta de profundidade ofensiva. Após uma etapa inicial sobre grandes oportunidades de golo, o treinador local voltou a apostar na dose dupla de risco. Nuno Assis e Marquinho entraram para agitar as hostes e o segundo protagonizou um lance passível de castigo máximo, em duelo com Maxi Pereira. Olegário Benquerença mandou seguir (do outro lado, queixas legítimas num fora-de-jogo mal assinalado a Dí Maria, na etapa inicial).
Os adeptos começavam a adivinhar o pior. O Benfica limitava-se a aguentar a pressão, a defender de forma humilde e espreitando o contra-ataque a uma cadência pontual. Bastou. Na recta final do encontro, Suazo serviu Ruben Amorim à direita e este cruzou para o pontapé vistoso de Carlos Martins, perante a passividade de Moreno. Ponto final


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