José Borges não resistiu a nova derrota
José Miguel Borges já não é treinador do Académico de Viseu. O técnico deixou, ontem, o comando técnico da equipa, após a derrota frente ao Fiães, um resultado que deixou a formação viseense a quatro pontos da liderança. Luís Almeida e João Bento eram, ontem, apontados como estando na rota do emblema academista. Porém, a possibilidade do próximo treinador vir de fora da região não era colocado de parte pela direcção presidida por António Albino.Segundo o presidente academista, para já, a equipa vai ser orientada por Fernando Raposo, mas o próximo treinador pode ser conhecido antes do treino de amanhã, terça-feira.Expulsão de Fernando Ferreira condicionou estratégiaO jogo frente ao Cinfães ficou marcado pela expulsão de Fernando Ferreira, aos 18 minutos, numa altura em que os viseenses já perdiam, depois de Guima ter inaugurado o marcador dois minutos antes. Depois de uma boa entrada em jogo, impondo um bom ritmo ao encontro, os viseenses viram o Fiães inaugurar o marcador na primeira vez que foram à baliza academista. Decorria o minuto 16 do primeiro tempo.O primeiro quarto de hora da partida foi de domínio viseense, com Rui Santos a cotar-se como o elemento desequilibrador. Por duas vezes, aos 9 e 14 minutos, primeiro pela esquerda e depois pela direita, o extremo viseense esteve próximo do golo. Na primeira, viu Rui Pedro negar-lhe o golo com um desvio para canto, enquanto que na segunda, após um raide pela direita, rematou ao lado do poste.Só que, então, aos 16 minutos, o Fiães inaugurou o marcador, com Guima a aparecer à entrada da área e a rematar colocado, com Augusto ainda a tocar na bola, mas sem conseguir evitar que a mesma fosse para o fundo da baliza.Até aqui nada de anormal se passou, mas, aos 18 minutos, o juiz da partida mostrou o cartão vermelho directo a Fernando Ferreira, após este ter cometido uma falta à saída do grande círculo. A decisão do juiz de Vila Real só pode entender-se por palavras dirigidas pelo médio academista, que ao intervalo terá negado ter dito o que quer que fosse ao árbitro do encontro.Esta decisão acabou por condicionar a estratégia de José Miguel Borges. O golo e a expulsão abalaram a equipa, que demorou algum tempo a recompor-se. À passagem da meia hora, o jogo estava equilibrado, mas, até ao intervalo, não mais os academistas conseguiram levar perigo à baliza contrária.O segundo tempo começou com um lance polémico na área visitante, com Rui Santos a envolver-se com um adversário e a cair na área. Reclamou-se grande penalidade, mas o juiz de Vila Real mandou prosseguir o encontro.Decorridos os primeiros dez minutos da etapa complementar, a partida estava equilibrada, com os viseenses a tentarem chegar à área contrária. Por sua vez o Fiães apresentava uma estratégia de contenção para, por um lado, travar as investidas dos viseenses, mas também a procurar saídas rápidas em contra--ataque para dilatar a vantagem.Aos 62 minutos, o técnico viseense trocou Zé Bastos por Filipe Figueiredo, uma alteração que mereceu alguns "reparos" da bancada, tendo em conta a prestação de Everson, claramente desposicionado e com grandes dificuldades na recepção da bola. Com esta substituição, esperava-se que o número 25 academista se colocasse no eixo do ataque, mas tal não se verificou.A três minutos da meia hora, numa fase do encontro muito pouco interessante, José Miguel Borges trocou Lage por Álvaro, numa tentativa de dar mais força ao meio campo, para cinco minutos depois tirar Everson e colocar Lopes em campo. Sérgio surgiu, nos últimos 10 minutos, a ponta de lança, numa aposta de risco, mas que também nada trouxe de novo, no que toca ao resultado.Todavia, é bom referir que os viseenses estiveram próximos do empate, nomeadamente aos 33 minutos, quando Calico viu um defesa desviar para canto o remate que ia para a baliza, no lance mais perigoso dos donos da casa, na etapa complementar.Em resumo, diríamos que a expulsão de Fernando Ferreira condicionou a prestação academista, num jogo em que os visitantes marcaram na única ocasião que criaram.O actuação do trio de arbitragem, liderado por João Cabral, fez lembrar a de um outro seu conterrâneo, Pedro Mesquita, no encontro da época passada frente ao Arouca no mesmo estádio. Um trabalho "estranho", pela atitude exibicionista, pelas opções tomadas, (na dúvida quase sempre em prejuízo dos viseenses), mas, também, pela forma agressiva como se dirigiu aos jogadores academistas.l
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