Encarnados somaram mais uma vitória, mas fizeram uma vez mais uma exibição pouco reluzente no estádio da Luz, desta feita no duelo frente ao Estrela da Amadora (1-0).
O Benfica somou a segunda vitória consecutiva na Luz, depois de bater o Estrela da Amadora por 1-0, em partida a contar para a 3.ª jornada da I Liga. Marcou Kokçu o único golo do encontro.
Luz repleta novamente, uma semana depois do triunfo frente ao Casa Pia, num encontro em que o caso esteve mal parado até ao minuto 70. No embate frente aos Gansos, foram a mexidas na segunda parte que acabaram por inverter o rumo do jogo, sobretudo com a entrada de Tiago Gouveia, que foi decisivo com um golo e uma assistência. Em conferência de imprensa, Schmidt já tinha passado a mensagem de que a equipa inicial seria para manter e assim foi.
O alemão fez apenas três alterações. Entraram Otamendi, Álvaro Carreras e Kokçu no onze. Saíram António Silva (foi para o banco) e ainda Beste (por lesão) e João Mário que nem sequer marcou presença nos convocados. Do lado dos estrelistas, Nani estreou-se como titular esta temporada.
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Na Luz, todos os holofotes estavam apontados para um homem, Roger Schmidt. Foi notória a assobiadela ensurdecedora no estádio, assim que o nome do alemão foi anunciado. Ao contrário do de Renato Sanches, que espreitava a estreia. A vida não anda fácil para o técnico. As exibições do Benfica não têm convencido os adeptos, e o futebol praticado está muito distante do apresentado do do primeiro ano de estreia do treinador das águias. Rui Costa deu-lhe um voto de confiança, mas para quem viu a 'avalanche' leonina em Faro, na noite anterior, a rotação dos dois candidatos ao título - sem falar do FC Porto - está em níveis completamente diferentes.
A intensidade está lá, mas falta criatividade, velocidade, capacidade de criação, e de fazer a diferença no último terço. Ainda assim, esta equipa com Kokçu, ainda por cima, na sua posição, tem logo outra capacidade de criação. Foi o jogador das águias das águias que mais tentou desbloquear o jogo. Caiu de produção, quando passou a jogar mais descaído na direita.
É certo que as equipas, por norma, fecham-se na Luz, mas tem faltado rasgo, e até arte aos jogadores, para conseguirem fazer algo de diferente quando o jogo está bloqueado.
O Benfica iniciou o jogo, como quase sempre acontece na Luz, com muita bola, mas o que tem faltado mesmo é clarividência. A primeira boa combinação da partida, surgiu numa jogada na direita, entre Ba e Aursnes. O norueguês, com classe deixou de calcanhar para o dinamarquês, mas o tiro saiu sem perigo.
Kokçu desbloqueou – Mas o Benfica conseguiu chegar mesmo à vantagem à passagem do minuto 19. Jogada bem construída por parte das águias, com a bola a passar por Aursnes e Pavlidis. Kokçu receber e atirou em arco, num remate com pouca potência e colocação, mas Bruno Brígido acabou por deixar escapar a bola entre as luvas. Podia ter feito muito melhor o guardião dos visitantes.
Mas os visitantes queriam mostrar que não vinham à Luz apenas para defender. Logo após o golo, o Estrela até podia ter empatado. Na sequência de um livre apontado por Nani, Miguel Lopes apareceu em boa posição, mas disparou ao lado.
Era pelo lado esquerdo que a equipa do Estrela apresentava mais dificuldades, com Danilo Veiga a ter que lidar com as incursões de Carreras e Kokçu. À passagem da meia hora, Roger Schmidt foi obrigado a mexer. Aursnes caiu com queixas no relvado, lesão muscular, e Tiago Gouveia foi chamado para render o norueguês.
O jogo não teve grande história até ao final dos primeiros 45 minutos, mas o Benfica ainda colocou uma bola dentro da baliza, mas o golo foi prontamente anulado. Pavlidis bateu Brígido depois de um canto de Kokçu, mas o avançado foi para cima do guardião do Estrela, e por isso foi marcada falta.
No segundo tempo, a mesma toada. As águias mantinham intensidade, mas tinham dificuldade em ultrapassar a ‘teia defensiva’ da equipa de Filipe Martins. Ainda assim, os encarnados apareceram para o segundo mais acutilantes, e com a mira apontada à baliza. Tiago Gouveia fez jus a essa maior objetividade da equipa da casa, com um pontapé de longe, para um grande defesa do Brígido.
As jogadas, as ditas de regra e esquadro e que empolgam os adeptos, também começavam a ser explanadas em campo. Desse esboço, ao minuto 63, Prestianni quase fez golo num belo pontapé, que saiu ligeiramente desviado.
Aos 71 minutos teve lugar um dos momentos do jogo. A ovação da noite, dos quase 60 mil na Luz, para a entrada de Renato Sanches, jogador, prata da casa, que regressava à Luz oito anos depois. A Sanches também se juntava Di María. Saíam Florentino e Prestianni.
Apesar do empolgamento pela entrada do pupilo, o Benfica conseguia ‘queimar’ as linhas do Estrela, mas continuava lento de processos. A hesitação imperava no momento do passe que se pedia letal para a finalização dos avançados.
Até final, momento complicado para Tiago Gouveia. O jogador do Benfica queixou-se do braço após um choque e teve que ser substituído por Rollheiser.
Arthur Cabral entrou para os minutos finais, e quase fez golo, ao minuto 90+4, mas não falhou a emenda por alguns centímetros. Ainda não foi desta que o Estrela da Amadora conseguiu vencer no estádio da Luz.
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