Depois de uma primeira parte sem golos, mas de domínio encarnado, dois golos para cada lado no segundo tempo ditaram um empate a duas bolas que coloca os verdes e brancos na final da Taça de Portugal.
O Sporting está na final da Taça de Portugal 2023/24, depois de conseguir na Luz, frente ao rival Benfica, um empate a dois golos que, aliado ao triunfo por 2-1 na primeira mão, em Alvalade, lhe permitiu carimbar o passaporte para o Jamor.
O Benfica dominou por completo os primeiros 45 minutos, que contudo terminaram sem golos. Depois, abrir o segundo tempo, Hjulmand colocou o Sporting em vantagem e deu o mote para um segundo tempo de loucos: Otamendi empatou pouco depois, Paulinho recolocou os leões na frente e Rafa ainda empatou para as águias, que contudo não conseguiram voltar a marcar.
Benfica em crescendo nos primeiros minutos
O Benfica entrava em desvantagem na eliminatória, mas o primeiro a criar perigo foi o Sporting. Pontapé de canto cobrado por Nuno Santos para o segundo poste, Gyokeres devolveu para o meio e já na pequena área Hjulmand apareceu a cabecear em antecipação a Trubin, mas por cima da trave.
As águias, porém, responderam de imediato. Di María conduziu pelo centro do terreno e tocou para Rafa e este, de ângulo apertado optou por remate que saiu com força, mas ao lado.
O lance, contudo, espicaçou os da casa, que a partir daí tomou conta do jogo e à passagem do quarto de hora quase marcou, por Tengstedt. Passe de Di María, o dinamarquês picou a bola por cima de Franco Israel, mas acertou no ferro.
Águias voltam a ameaçar, leões resistem e adormecem jogo
O domínio era, por essa altura, totalmente do Benfica, que voltou a estar muito perto do golo pouco depois, valendo então ao Sporting o seu guarda-redes, Franco Israel. Cruzamento milimétrico de Aursnes e Di María, livre de marcação, remata de primeira para grande defesa do guardião leonino, a fazer a mancha e a negar o golo.
O Benfica continuou a mandar no jogo, com o Sporting a mostrar muitas dificuldades para ultrapassar a linha divisória face à forte pressão encarnada. Ainda assim, aos poucos, os leões, mesmo sem conseguirem atacar verdadeiramente, com exceção de uma ou outra arrancada de Gyokeres ou de iniciativas de Trincão a tentar furar por entre os médios adversários, conseguiram pelo menos impedir que o Benfica rondasse com tanto perigo a sua baliza e seguraram o nulo até ao intervalo.
Chuva de golos a abrir o segundo tempo
Mas se a primeira parte não teve golos, a segunda parte abriu com três no espaço de dez minutos. Amorim mexeu três peças ao intervalo e os leões marcaram praticamente na segunda jogada do segundo tempo. Acabado de vir do banco, St. Juste lançou Gyokeres na direita, o sueco fletiu para dentro e assistiu Hjulmand que, com um fantástico remate em jeito, pleno de colocação, à entrada da área, bateu Trubin.
O Benfica, contudo, não acusou o golo e, incentivado pelos seus adeptos, não tardou a restabelecer a igualdade na partida. No seguimento de um pontapé de canto, Neres, com um cruzamento perfeito, colocou a bola na cabeça de Otamendi e argentino atirou para o fundo das redes. Só que logo depois o Sporting voltou a marcar. Catamo, outro dos homens vindos do banco, entrou na área do Benfica pela direita, fez um cruzamento-remate que Trubin só conseguiu tocar para a frente e, na recarga, Paulinho não perdoou.
Se o Benfica não tinha acusado o primeiro golo do Sporting, acusou um pouco o segundo e foi o Sporting que quase voltou a marcar. Gyokeres, pleno de força, ganhou sobre vários adversários e, de fora da área, rematou fortíssimo, com a bola a roçar ainda na trave da baliza à guarda de Trubin. Não marcou Gyokeres, marcou Rafa, fazendo o 2-2. Excelente combinação entre Neres e Bah, com o lateral a cruzar para a área e Rafa a aparecer ao segundo poste para restabelecer a igualdade no encontro.
Guarda-redes brilham, empate persiste até ao fim e leão sorri
A cambalhota no marcador esteve à vista pouco depois, num grande remate em arco de Di María, ao qual Franco Israel respondeu com uma extraordinária defesa para canto.
O Benfica continuava a precisar de um golo para igualar a eliminatória e balanceou-se ainda mais no ataque. O Sporting aproveitou para, também ele, criar algum perigo. Numa excelente combinação com o colega de ataque, Gyokeres deixou Paulinho na cara do golo e o avançado português atirou rasteiro, mas Trubin, com uma grande defesa, negou-lhe o golo.
Até ao fim o Benfica tentou o tudo por tudo, com Roger Schmidt a lançar para o relvado todas as opções ofensivas que tinha no banco. As águias ainda ameaçaram, num lance de insistência de Di María, que com um fantástico cruzamento de letra colocou a bola na cabeça e um desses homens vindos do banco, Tiago Gouveia, que porém, em esforçou, atirou ao lado. O Sporting resistiu, depois, bem aos minutos finais e segurou o empate que lhe chegava para passar à final.
Os leões ficam, agora, à espera de FC Porto ou V.Guimarães. A primeira mão das meias-finais entre dragões e vimaranenses joga-se esta quarta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques.
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