Se passar esta ronda, o Benfica irá medir forças com o vencedor da eliminatória entre Liverpool e Atalanta. Os italianos venceram os ingleses por 3-0 em Anfield no 1.º jogo.
O Benfica está em vantagem nos quartos de final da Liga Europa. Os encarnados receberam e venceram o Marselha por 2-1 na Luz esta quinta-feira, na primeira-mão da prova. Di Maria e Rafa fizeram os tentos do Benfica, Aubameyang marcou para o Marselha.
Se passar esta ronda, o Benfica irá medir forças com o vencedor da eliminatória entre Liverpool e Atalanta. Os italianos venceram os ingleses por 3-0 em Anfield no 1.º jogo.
FOTOS: As melhores imagens do Benfica-Marselha
Em equipa que perde... também não se mexe
Com o título da Primeira Liga mais difícil, após a derrota com o Sporting na última jornada, o Benfica tem de olhar para esta Liga Europa como uma prova que pode aspirar a ganhar. Os encarnados estão a quatro pontos do líder Sporting, que podem ser sete se os leões vencerem o jogo que têm em atraso diante do Famalicão.
A separar o Benfica das meias-finais está um Marselha em crise, como mostra o 8.º posto na Ligue 1 e a sequência de quatro derrotas seguidas antes desta viagem à Lisboa (três na liga francesa e uma na Liga Europa).
A Luz engalanou-se, com adeptos das duas equipas nas bancadas a fazerem a festa, depois de muitos avanços e recuos na possibilidade de o Marselha não ter adeptos na Luz e o Benfica no Vélodrome. Tudo se resolveu, a bem do futebol e do espetáculo, porque o futebol é dos jogadores para os adeptos.
O primeiro lance de golo é do Benfica. Um canto de Di Maria foi ter com Bah na pequena área, mas o lateral direito atrapalhou-se na hora do desvio e falhou de forma incrível, aos seis minutos.
Responderam os franceses, também de bola parada: canto largo ao segundo poste, Aubameyang meteu na área onde Tengstedt antecipou-se e cortou para canto quando tinha dois contrários nas contas, prontos para marcar.
O Benfica tinha mais bola, o Marselha tentava sair em contra-ataque, mas faltava-lhe homens na frente e também definir melhor as jogadas no último terço.
Já o Benfica carregava os ataques pela direita. E é de lá que vai sair o 1-0, aos 16 minutos, numa jogada envolvendo David Neres, Tengstedt e Rafa. O extremo português apareceu na cara de Pau Lopez, recebeu e, ao segundo toque, colocou a bola no fundo das redes. Na tribuna VIP da Luz um adepto especial. Sven Göran Eriksson, antigo treinador dos encarnados que luta contra um cancro, esperava para ser homenageado, ao intervalo. Mas as atenções estavam todas centradas no técnico sueco.
As dificuldades ofensivas do Marselha eram bem visíveis na estatística ao intervalo: quatro remates, nenhum enquadrado com a baliza. Antes do intervalo, Jean-Louis Gasset, técnico do Marselha, teve de mexer na equipa para lançar Iliman Ndiaye no lugar do lesionado Quentin Merlin.
O Benfica ainda ameaçou por Tengstedt numa jogada onde Balerdi roubou-lhe o pão da boca na hora de rematar, aos 24, num remate de João Neves à figura de Pau Lopez aos 32, num tiro de David Neres aos 39.
Sven Göran Eriksson homenageado, Di Maria inspirado
Depois da fantástica e merecida homenagem a Sven Göran Eriksson ao intervalo, o Benfica voltou para o segundo tempo ainda mais determinado. Aos 52 minutos, os encarnados aproveitaram uma perda de bola dos franceses na frente, saíram em contra-ataque conduzido por Di Maria. O argentino soltou na hora certa para David Neres que lhe devolveu a bola para o 2-0. Simples, eficaz e tudo feito no timing certo. Grande jogada!
Aproveitou Jean-Louis Gasset para lançar o marroquino Azzedine Ounahi no posto de Faris Moumbagna, adiantando Aubameyang na frente.
Cinco minutos depois do 2-0, o Benfica podia ter feito o terceiro, num lance muito semelhante ao do segundo golo. Di Maria na condução, Rafa aberto na direita, mas desta vez o argentino preferiu Tengstedt aberto na direita. O avançado definiu mal e perdeu-se uma grande oportunidade.
Aubameyang reduz e Marselha acredita
Ter Aubameyang entre os centrais encarnados era mais perigoso para o Benfica. Isso ficou patente aos 67 minutos, quando um passe em profunidade deixou o gabonês na cara de Trubin. António Silva errou na abordagem à bola, Aubameyang correu para a baliza e atirou a contar. A festa agora era marselhesa na Luz.
A Luz ficava silenciada, apenas abafada pelos cânticos das claques do Benfica que só entraram para a segunda parte. Mas ainda a tempo de acender tochas nas bancadas, o que não passará em claro para a UEFA.
Do banco, Schmidt não gostava do que via. Trocou Tengstedt e David Neres por Marcos Leonardo e João Mário para tentar ter mais bola refrescar o ataque, aos 71 minutos.
O Marselha ia tentando como podia, o Benfica ia controlando, sendo à procura do terceiro golo. Harit assustou a Luz aos 73, Florentino teve de esticar para evitar que uma bola chegasse à área aos 74. Os franceses iam acreditando no empate.
A terminar, destaque para um remate de Marcos Leonardo que foi bloqueado e para dois lances de perigo criados por Aubameyang, o mais perigoso dos franceses.
A segunda-mão joga-se dentro de sete dias, a 18 de abril, no Vélodrome. O Marselha vai ter uma semana para preparar o jogo, uma vez que o seu jogo na Ligue 1 foi adiado, exatamente para dar tempo aos marselheses de estar nas melhores condições possíveis. Já o Benfica joga no domingo, na Luz, diante do Moreirense, na 29.ª jornada da I Liga.
Se o Benfica passar, é bem provável que defronte a Atalanta, carrasco do Sporting nos oitavos de final. Os italianos venceram os ingleses do Liverpool, o principal favorito a vencer a Liga Europa, por 3-0 em Anfield.
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