Os leões receberam e venceram o rival Benfica por 2-1 em Alvalade, na 1.ª mão da meias-finais da prova. Gyokeres, Nuno Santos e Pedro Gonçalves marcaram para os de Amorim, Aursnes fez o tento do Benfica.
O Sporting está em vantagem rumo a final da Taça de Portugal. Os leões receberam e venceram o rival Benfica por 2-1 em Alvalade, esta quinta-feira, na 1.ª mão da meias-finais da prova. Gyokeres e Pedro Gonçalves marcaram para os de Amorim, Aursnes fez o tento do Benfica.
A segunda-mão está marcada para o dia 03 de abril, na Luz.
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Para o dérbi dos dérbis, Rúben Amorim trocou quatro jogadores em relação à equipa que empatou 3-3 com o Rio Ave no fim de semana. Adán, Gonçalo Inácio, Nuno Santos e Trincão deram o seu lugar a Israel, Eduardo Quaresma, Matheus Reis e Marcus Edwards. Já Roger Schmidt manteve o mesmo onze que goleou o Portimonense, na Luz. Uma equipa com uma frente móvel, sem avançado de referência.
Leão mandão e Gyokeres a fazer estragos
O primeiro tempo é quase todo do Sporting. A equipa de Rúben Amorim jogava em todo o campo, asfixiava o Benfica e não permitia grandes saídas aos encarnados. Num onze sem ponta de lança fixo com Rafa, David Neres e Di Maria como homens mais avançados, os ataques do Benfica passavam por passes longos para Rafa, facilmente parado pelos centrais leoninos.
A defender, o Benfica teve dificuldades em cortar a ligação dos médios e alas com Gyokeres e ainda em parar o possante sueco. Os laterais, principalmente Aursnes, passou um mau bocado com Geny Catamo e Marcus Edwards.
Alvalade pediu penálti aos oito minutos, após lance entre João Neves e Pedro Gonçalves. O árbitro Fábio Veríssimo entendeu que o toque do médio encarnado nas pernas do avançado leonino não era suficiente para grande penalidade.
Mas no minuto seguinte, o Sporting marcou. Após insistência, Morten Hjulmand centrou na direita para o segundo poste onde apareceu Pedro Gonçalves a bater Trubin, de cabeça. Alvalade quase que vinha abaixo!
Em jogo corrido o Sporting era melhor, na bola parada também levava vantagem. Aos 15 minutos, um canto de Pedro Gonçalves semeou o pânico na área encarnada. Gyokeres rematou contra António Silva, Kokcu acertou com a bola em cheio em Di Maria até João Mário afastar para longe. 15 minutos, novo lance perigoso junto da baliza de Trubin: Morita falhou o cabeceamento, a bola chegou a Hjulmand que não conseguiu apontar para a baliza.
A fechar o primeiro tempo, novo calafrio na baliza encarnada. Morita ganhou a bola a João Mário, centrou para a área, Otamendi afastou mal, a bola foi ter com Edwards que rematou prensado contra João Neves. Era uma bola de golo.
Ofensivamente, a primeira parte do Benfica resumia-se a um desvio de Otamendi aos 45, num canto, para as mãos de Franco Israel, e para um corte de Coates sobre João Neves na área leonina.
Gyokeres contra o Mundo até o acordar do Benfica
Roger Schmidt tentou emendar o problema da esquerda da sua defesa ao intervalo, tirando o lateral direito Bah e colocando na esquerda o central Morato, usado durante a época como lateral.
O segundo tempo começa com uma grande penalidade marcada a favor do Sporting, anulada depois pelo VAR. Marcus Edwards caiu na área em lance com Otamendi, Fábio Veríssimo apontou para a marca dos 11 metros de imediato mas, ouvido o video-árbitro, anulou a decisão por fora de jogo de Gyokeres no início da jogada.
Empurrado pelos adeptos leoninos que iam fazendo a festa nas bancadas, o Sporting não dava mostras de abrandar. Aos 53, Geny Catamo atirou por cima, num lance em que António Silva bloqueou o primeiro remate de Gyokeres. Mas no lance seguinte, o sueco fez estragos. Lançado em profundidade por Catamo, o possante avançado tirou Otamendi da jogada, entrou na área e rematou forte, a bola bateu no poste e entrou no fundo da baliza de Trubin.
Parecia ser a morte do Benfica. Parecia...
Com a troca de David Neres por Tengstedt, o Benfica passou a ter um avançado que pudesse fixar mais os centrais leoninos, dando mais liberdade aos alas. Aos 68 minutos, Di Maria centrou tenso para o segundo poste onde apareceu Aursnes, sozinho, a desviar para o fundo das redes. Os jogadores do Sporting ficaram a olhar uns para os outros, à procura do culpado.
VAR salva leão
Três minutos depois, novamente bola no fundo das redes defendidas esta noite por Franco Israel. Novamente o flanco esquerdo do ataque do Benfica a funcionar: combinação de Kokcu com Di Maria na esquerda, o neerlandês meteu na área para o argentino rematar de bico, a bola entrou junto ao poste esquerdo de Franco Israel.
Os adeptos do Benfica fizeram a festa, Alvalade ficou em silêncio até Fábio Veríssimo receber indicações do VAR. Foi rever a jogada e anulou o golo por posição irregular de Tengstedt, que estava em frente ao guardião leonino. O juiz entendeu que o avançado encarnado estava a tapar a visão do guarda-redes do Sporting. Os quase 46 mil presentes em Alvalade festejaram como se fosse um golo.
Na dança dos bancos, Rúben Amorim trocou Marcus Edwards por Ricardo Esgaio, aos 74, fazendo avançar Catamo no terreno. Aos 86 lançou Nuno Santos e tirou Geny Catamo. No Benfica, Schmidt respondeu com Tiago Gouveia no posto de Kokcu, aos 87.
Acabadinho de entrar, Nuno Santos quase que deixava o leão mais descansado mas o seu golo foi anulado aos 90+3, por fora de jogo de Paulinho.
O Sporting vai para a segunda-mão, marcado para 03 de abril na Luz, com uma magra vantagem. Esta foi a primeira derrota de Roger Schmidt nos clássicos e dérbis esta época a nível interno.
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*Artigo corrigido e atualizado. O resultado final foi 2-1 e não 3-1, como erradamente referido anteriormente. Pedimos desculpas aos nossos leitores pelo erro.
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