O Benfica recebeu e venceu, este domingo, o Estoril (3-1) em partida da 25.ª jornada da I Liga e regressou aos triunfos depois de três resultados negativos.

Em noite de eleições, o líder Sporting passou em Arouca (3-0), o que obrigava as águias a somarem um triunfo frente ao Estoril. Era também fundamental 'caçar fantasmas' depois de três resultados negativos consecutivos. Derrota frente ao Sporting e goleada sofrida ante o FC Porto, e o empate na Liga Europa frente ao Rangers (2-2).

Os tempos não têm sido de acalmia para os lados da Luz, e a contestação a Roger Schmidt tem crescido nos últimos jogos. O Benfica precisava assim de uma vitória contundente para acalmar a contestação.

Em relação aos onzes, nas águias Roger Schmidt promoveu várias mudanças. Tomás Araújo foi opção no centro da defesa, ocupando o lugar de Otamendi. João Neves ficou de fora. Tiago Gouveia e Marcos Leonardo foram apostas para o onze inicial, com o técnico alemão a deixar de fora Di María e Rafa.

O Benfica arrancou a partida no ataque, com vontade de deixar para trás a crise pós-traumática após a goleada no Dragão. Kokçu deu o primeiro aviso num pontapé livre, com a bola a passar por cima da baliza.

É quase sempre certo o que o sorriso não se recupera do pé para a mão. O Benfica iniciou assim o jogo de mansinho, dominador, mas com a circulação de bola lenta a tentar chamar o Estoril.

Foi o Kokçu a dar um pontapé no mediocridade, a marcar um golaço. Passe de David Neres, e o médio sem preparação, disparou um míssil à entrada da área e fez um golaço

O golo trouxe confiança à equipa de Roger Schmidt, que apenas quatro volvidos poderia ter dilatado a vantagem. Tabelinha de Aursnes e Gouveia, o norueguês fez o cruzamento atrasado e João Mário disparou para defesa de Dani Figueira.

O Estoril pouco se tinha aproximado da baliza das águias, mas o que é certo é que conseguiu empatar. Grande jogada de Heriberto, que deixou António Silva para trás, o extremo fez o cruzamento, Trubin defende para a frente e Rodrigo Gomes fuzilou para o empate.

O golo intranquilizou o Benfica. Vieram tochas e assobios das bancadas, a partida chegou a estar interrompida já próximo do intervalo. Das bancadas também se podiam recados de contestação contra Roger Schmidt. "Ninguém está acima do Benfica, Roger", lia-se numa tarja.

Só que acabou por ser Marcos Leonardo a acalmar as hostes ainda antes do intervalo. Cruzamento de David Neres, Tiago Gouveia cabeceou ao segundo poste, aparecendo Marcos Leonardo a finalizar para o 2-1.

O golo vinha na melhor altura, encarnados iam para o intervalo em vantagem. Com os treinadores a não promoverem trocas a abrir o segundo tempo, David Neres deu o primeiro aviso, num pontapé, querendo demonstrar que o Benfica queria dilatar a vantagem para descansar no marcador.

Só que logo ao minuto 49 Tiago Gouveia colocou os encarnados a vencer por 3-1. Passe de Kokçu, o dianteiro passou por Mangala e atirou cruzado para o fundo da baliza.

O dianteiro não festejou devido ao respeito à sua antiga equipa.

Com o 3-1, a equipa do Benfica relaxou um pouco o ritmo e foi o Estoril que cresceu. Com os visitantes mais estendidos em campo, os encarnados tentavam aproveitar os espaços deixados nas costas pela defensiva estorilista.

Ao minuto 65´ pediu-se penalti na Luz, depois de toque de Mangala no pé de Marcos Leonardo, antes do avançado ensair o remate. Por decisão do VAR não houve grande penalidade.


Trubin foi obrigado a aplicar-se em várias ocasiões, para evitar que o Estoril pudesse discutir o resultado. O guardião ucraninano opôs-se da melhor forma a um remate de Guitane, num grande momento do guardião ucraninano.

Para o último quarto de hora, Roger Shmidt lançou Rollheiser, Arthur Cabral, Morato e João Neves.

Em cima dos 90 minutos, o jovem médio atirou para o ferro já no coração da área.

Os encarnados regressam assim aos triunfos, respondem ao triunfo do Sporting e colocam 'água na fervura' na contestação.