O Benfica está na fase de grupos da Liga dos Campeões. Os Encarnados empataram 0-0 em Eindhoven com o PSV, depois de terem vencido por 2-1 na Luz. A equipa lisboeta jogou uma hora com menos um, após a expulsão de Lucas Veríssimo. Num jogo de muito sofrimento, valeu Vlachodimos, o melhor em campo, a manter a baliza a zeros.

Os Encarnados juntam-se assim ao campeão Sporting e ao vice-campeão FC Porto na fase de grupos da Liga Milionária.

O 2-1 conseguido na primeira-mão dava alguma vantagem mas o Benfica sabia que teria de sofrer no Philips Stadion para entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões. Na Luz os Encarnados tiveram dificuldades em controlar as bolas nas costas da defesa e na proteção da profundidade, mas também com a mais valia técnica dos holandeses, liderados por Mario Goetze.

Benfica: meio-campo a três num 3-5-2

Já a antecipar as dificuldades sem bola, Jorge Jesus montou a equipa num 3-5-2, com Rafa e Yaremchuk na frente e um meio-campo povoado com Weigl, João Mário e Taarabt. O marroquino dava segurança na saída com bola e nas suas arrancadas típicas que permitem a equipa ganhar metros.

Nos primeiros 15 mninutos só deu PSV, embora a equipa de Roger Schmidt não tenha feito qualquer remate enquadrado. Gakpo dava trabalho a Lucas Veríssimo (amarelo aos oito minutos a derrubar Cody Gakpo), Zahavi saía da zona dos centrais e tentava ligar com Goetze, Madueke fazia estragos na esquerda, direita da defesa benfiquista.

O Benfica conseguiu equilibrar o jogo, tirando partido também de alguma precipitação dos holandeses.

O primeiro remate enquadrado apareceu aos 23 minutos por Max, numa bola que Vlachodimos defendeu sem dificuldades.

O expoente máximo do crescimento Encarnado apareceu aos 30 minutos. Combinação entre João Mário, Rafa e Yaremchuk, a bola foi ter com o extremo português que rematou contra um contrário, quando estava em posição de fazer golo.

Lucas Veríssimo expulso, uma hora a sofrer

Logo a seguir, grande contrariedade para os Encarnados: o árbitro Slavko Vincic considerou que Lucas Veríssimo atingiu Gapko com o cotovelo e mostrou o segundo amarelo, e consequente vermelho ao internacional brasileiro, aos 33 minutos.

O Benfica aguentou bem a defender, até ao intervalo, excepto um remate de Madueke de fora da área, aos 36, que por pouco não dava golo e para uma defesa de Vlachodimos a remate do mesmo Madueke, com este isolado. Grande defesa do grego!


Jorge Jesus não mexeu na equipa nos minutos iniciais do segundo tempo mas, pouco tempo depois, trocou Taarabt por Verthongen, Yaremchuk por Gonçalo Ramos e Gilberto por André Almeida. O Benfica volta a ter a linha de cinco na defesa, com três centrais.

Com o passar dos minutos e com mais, o PSV intensificou a pressão para marcar, embora nem sempre com o melhor discernimento. A equipa tinha dificuldades em entrar na muralha Encarnada e ia precipitando-se nalguns lances. Aos 63 minutos, Morato perdeu a bola, esta foi ter com Gakpo que meteu em Zahavi. O israelita de 34 anos atirou à barra, quando tinha a baliza aberta. No mesmo minuto, Vlachodimos teve de defender com os punhos uma bomba de Sangaré.

Aos 64, novamente Sangará e estoirar, contra as pernas de Otamendi. O PSV começava a desesperar e a rematar de todo o lado, ao ver o tempo a passar.

Roger Schmidt colocou Obispo, o português Bruma e Vertessen, Jorge Jesus respondeu com Meïté e Éverton, nos postos de Rafa Silva e João Mário, refrescando assim a sua equipa.

Mas só dava PSV. Aos 74, Odysseas Vlachodimos voltou a brilhar, a negar o golo a Sangaré. Nova defesa do grego aos 78, após 'bomba' de André Ramalho, e dupla intervenção aos 86, a negar o golo a Vertessen. Os holandeses tentavam de tudo mas o Benfica tinha na baliza um grego inspirado.

Os minutos finais foi defender com tudo, com todos os jogadores atrás da linha da bola, a afastar tudo o que o PSV colocava na área.

O 0-0 coloca o Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões, onde já estão o campeão Sporting e o vice-campeão FC Porto. Portugal volta a ter três equipas na fase de grupos da liga milionária.