O Benfica venceu o PSV por 2-1 em partida a contar para a 1.º mão do playoff da Liga dos Campeões.

Frente ao PSV, o Benfica jogava uma cartada muito importante no que diz respeito ao futuro imediato. Os milhões fazem falta ao orçamento de qualquer equipa, sem eles a ambição é reduzida e a descrença pode contagiar um início de temporada que tem sido positivo para as bandas da Luz.

O adversário era de respeito, o histórico PSV, que até 'tirou' uma Taça dos Campeões em 1988 às águias. Os neerlandeses vinham de um ciclo muito positivo depois de seis vitórias consecutivas, quatro nas eliminatórias da Liga dos Campeões e mais duas, uma para o campeonato, mas sobretudo ficou na retina uma goleada imposta ao Ajax de Amesterdão no encontro da Supertaça. Os encarnados também tinham atrás de si uma sequência positiva depois de quatro vitórias em outros tantos jogos oficiais, depois dos triunfos frente ao Moreirense (1-2) e Arouca (2-0) a que se juntam também as duas vitórias frente ao Spartak Moscovo (2-0 e 0-2). A partida tinha por isso todos os ingredientes para ser um bom espetáculo.

Para o encontro, Jorge Jesus voltou a apostar no 3-4-3, com Lucas Veríssimo, Morato e Otamendi na defesa. Na frente, Pizzi e Rafa no apoio a Yarremchuk. Do lado do PSV, Bruma foi para o banco de suplentes, mas sobrava um trio atacante de respeito, com Madueke, Gakpo e Zahavi.

O encontro arrancou com uma toada viva, com o PSV muito pressionante nos primeiros minutos. Apesar de um período inicial algo incaracterístico, o Benfica chegou ao golo logo aos 10´e por intermédio de Rafa Silva. Jogada rápida do Benfica, com Yaremchuck a lançar Rafa e o avançado, em esforço, a desviar a bola de Drommel e a fazer o primeiro da partida.


Em vantagem no marcador, a posse caiu para lado da equipa visitante, que tentava furar através das incursões do endiabrado Madueke, que muitos problemas causou a Grimaldo. Com o PSV com maior tempo no que diz respeito ao ataque continuado, os encarnados tentavam ferir o adversário através de transições rápidas. Explorando para isso a velocidade de Rafa que foi um verdadeiro quebra-cabeças para os defensores da equipa visitante. Aos 28´, a parceria Rafa-Pizzi funcionou, com o extremo a tentar picar a bola, mas estava lá Drommel a impedir males maiores. Nos últimos 15 minutos da primeira parte, o PSV cresceu no jogo e chegou mesmo a introduzir a bola na baliza num golaço de Zahavi, que foi anulado por fora de jogo.

Aos 35´, foi Gakpo a colocar em sentido Vlachodimos num grande pontapé. A toada era de parada e resposta, a equipa do Benfica não metia gelo e o conjunto dos Países Baixos também não desistia de tentar chegar ao golo. Aos 36´, Rafa tentou oferecer o golo a Pizzi, mas o remate de primeira saiu defeituoso. Com o PSV algo perdulário e demonstrando alguma incapacidade para descobrir espaços na frente, o Benfica voltou a ser mais eficaz e chegou ao 2-0 por intermédio de Weigl. Depois de um pontapé de canto, Otamendi desviou de cabeça, a bola sobrou para o alemão que disparou para fundo da baliza.

O intervalo chegava, com o Benfica em vantagem, mas com o PSV a merecer também algo mais do jogo. A segunda parte arrancou com uma grande oportunidade para o Benfica, com Yaremchuk a atirar ao lado. O PSV não se fez rogado e respondeu com um grande cabeceamento do capitão Van Ginkel, mas Vlachodimos estirou-se para uma grande defesa.

Já a merecer mexer com o marcador, o PSV reduziu por Gapko, num excelente pontapé com a bola ainda a desviar em Otamendi e a enganar Vlachodimos. Remate à entrada da área do criativo, ao minuto 51´.

A partir daí o PSV pegou no jogo à procura do empate. O Benfica metia gelo, à procura de baixar o ritmo. os neerlandeses tentavam encontrar espaços, mas por vezes destapavam a sua zona defensiva. O marcador não evoluiu e os encarnados levam vantagem para o encontro da segunda mão em terras holandesas.