Águias não conseguem pressionar o líder e podem distanciar-se da frente.
O Benfica recebeu e empatou frente ao Nacional (1-1) em partida a contar para a 15.ª jornada da I Liga. Com este deslize, em caso de vitória do Sporting, as águias podem ficar a seis pontos do primeiro lugar.
Com a águia 'adoentada', com 10 ausências devido à COVID-19 e ainda a indisponibilidade de André Almeida por lesão, a equipa Jorge Jesus procurava recolher os cacos da eliminação da Taça da Liga frente ao SC Braga e encontrar o caminho da vitória depois do empate no clássico frente ao FC Porto para o campeonato.
Em relação ao encontro frente aos bracarenses, nota para as entradas de Ferro, Chiquinho e do guardião Svilar e para estreia de João Ferreira na Liga. Saíram Helton Leite, Todibo e Taarabt.
Não se exigia nota artística, - também face às ausências- mas sim os três pontos, de forma a manter a equipa ligada à corrente na perseguição ao primeiro classificado Sporting.
O Nacional parecia o adversário ideal para que o Benfica pudesse regressar aos triunfos, já que contava com apenas 13 pontos ao cabo de 14 jornadas (14.º lugar na classificação). Os insulares nunca tinham triunfado no estádio da Luz, em 19 embates.
Ainda assim o encontro não vinha no melhor momento para as águias, que na véspera tinham tentado adiar o encontro devido aos vários casos de COVID-19.
O jogo até começou por se proporcionar auspicioso para o conjunto encarnado. Chiquinho abriu o marcador logo ao minuto 8´, depois de um combinação entre Rafa e João Ferreira que terminou com a finalização do médio de 25 anos. O golo acabou por ser invalidado pelo VAR, por fora de jogo. Mas à passagem do minuto 14´, Chiquinho acabou mesmo por marcar a valer. Jogada de Pizzi, a furar pelo lado direito e a cruzar com conta, peso e medida para o cabeceamento de Chiquinho.
Estava feito o aparentemente mais fácil, mas enquanto não aparecesse o segundo a intranquilidade poderia apoderar-se da equipa de Jorge Jesus, que tantas fragilidades defensivas tem demonstrado ao longo do campeonato. Mesmo em vantagem, o Benfica perdeu chama e deixou que o Nacional crescesse no jogo. Witi, ao minuto 29´, ainda teve chance de visar a baliza de Svilar mas dominou mal o esférico e perdeu-se a oportunidade.
Num jogo demasiado morno, escasseavam as oportunidades e a emoção. A primeira parte não deixou saudades e a segunda iniciou-se com a mesma toada. Contudo, logo a abrir a etapa complementar o Benfica levou com um autêntico 'balde de água fria'. B. Róchez fez o empate, num cabeceamento sem oposição, depois de um remate de Gorro, após um canto curto.
Jesus tentou refrescar, com as várias alterações, lançando Pedrinho e Gonçalo Ramos para os lugares de Darwin e Rafa e mais tarde Taarabt (para o lugar de Pedrinho) mas sem os efeitos desejados. Mal entrou, Gonçalo Ramos esteve perto do golo, com um remate para a defesa de Daniel Guimarães.
Ao minuto 83´, Seferovic teve a oportunidade para fazer o golo do empate, mas falhou uma oportunidade clamorosa. O dianteiro suíço dominou mal o esférico, perdeu demasiado tempo e finalizou já quando estava pressionado por dois adversários.
Na última ofensiva dos donos da casa acabou por faltar inspiração aos comandados de Jorge Jesus. A equipa encarnada teve muitas dificuldades em definir e em criar oportunidades ao longo do jogo, numa exibição muito cinzenta à semelhança do tempo que se sentiu na capital.condicionado pela ausência de 10 jogadores, o que naturalmente teve influência no rendimento da equipa. Veremos agora o que vão fazer FC Porto e Sporting nos jogos da 15.ª jornada.
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