domingo, 21 de outubro de 2018

TAÇA -ESPINHO - 3 A.VISEU - 3 - ACABOU

SC Espinho 3-3 Ac. Viseu FC, 11-10 gp


Este jogo entre dois "históricos" de Portugal foi dos mais emocionantes dos últimos anos, no que toca ao nosso clube. Infelizmente para o Académico, saímos da prova de forma dramática, mesmo na ponta final do desempate.
Tentando descrever o mais possível o filme do jogo, para quem não assistiu, segue uma pequena crónica.

Estádio recheado de adeptos do Espinho, com uma claque ativa do início do ao fim, a apoiar, a cantar, divertida, um excelente exemplo. Falta ao Académico uma claque assim. Do lado do Académico, talvez 30 adeptos.

Em relação ao jogo, o onze do Académico foi : Jonas - Tomé - Lucas - Kevin Medina - Pica - Fábio Santos - Latyr Fall - Paná - Luisinho - Barry - Kwame NSor. 
Ou seja, um claro 3-5-2, com Luisinho a nº10.
Desde cedo se notou duas características do jogo: O Académico apostava em demasia nas bolas longas para NSor , que alem do desgaste que causou, não dava mais do que isso porque não gerava combinações nem jogadas de ataque. A 2ª bola era sistemática do Espinho.
A outra característica era que o lado esquerdo do Ataque do Espinho aproveitou alguns buracos e chegavam à área facilmente.
Foi assim que nasceu o 1º golo. Uma arrancada do lado esquerdo, centro e golo do Espinho. 1-0, grande festa local. 
O Académico continuava igual, sem fio de jogo, sem ideias, sem ligação entre setores e dificuldades visíveis no ataque. Oportunidades zero. Faltava profundidade ao jogo e com Luisinho a 10 e bolas constantemente aéreas pior ainda.
O primeiro remate foi de Paná, aos 15 minutos, ao lado.
A única forma de criar algum frissom foi com cantos e livres mas que eram afastados pela defesa do Espinho 
Manuel Cajuda percebeu isso e mexeu na equipa antes do intervalo.
Saiu Pica e entrou Gabriel. Não demorou muito a dar golo. Jogada de Lucas do lado esquerdo, mete para dentro, fora da área cruza e na pequena área NSor desvia subtilmente a bola para o fundo das redes. Um golo com eficácia porque foi de facto o único remate à baliza. 

2ª parte 

Na 2a parte, não houve alterações. O Académico tentou o jogo mais pelo pé, não apostou tanto nas bolas aéreas mas não criou perigo. Não havia passes de rutura, profundidade e a pressão do Espinho era forte também.
Entretanto, Jaime Poulson tira um coelho da cartola do lado esquerdo, entra na área , centra ao 2º poste e um avançado do Espinho cabeceia para o outro poste, sem hipótese para Jonas. 2-1 e a festa do Espinho aos 72 minutos.

Entram de imediato Gasilin e João Mário no jogo para ainda abrir mais o ataque. A partir daí, sim, o Académico mostrou algo mais. João Mário e Gabriel combinaram bem na direita centram e Gasilin recebe a bola à meia volta e dispara para golo. 2-2, festa dos viseenses no estádio.
Até final nada mais de registo e tínhamos prolongamento.

PROLONGAMENTO


Ao contrário do esperado, o prolongamento não foi um arrastar das duas equipas. O jogo ficou mais partido e houve mais ocasiões para ambos. O Espinho sempre mais por cima, mais perigoso e  com 2 remates perigosos anunciava-se o 3-2. Pois foi do lado esquerdo que Carlitos , experiente jogador da II Liga, faz um golaço, com um remate  de fora da área do lado esquerdo, a entrar no ângulo da baliza de Jonas que ainda tocou  mas não evitou. Pensou-se que o jogo estava acabado.

Só que Manuel Cajuda faz uma substituição que mudou bastante o rumo do prolongamento e dos últimos 15 minutos. Tira Barry e põe Rui Miguel.
A partir daí o nosso 10 pegou no jogo, aproveitou os espaços e em combinações com Gabriel e Luisinho foi criando ocasiões. Foi assim que surgiu o 3-3. Jogada do lado direito, centro e aparece Rui Miguel à boca da baliza a fazer o 3-3. Golooooooooooooooooooo do Académico!! Grande festa, grande festejo do Rui. É bom ter jogadores assim no plantel, com verdadeiro amor à camisola.
Perto do final, jogada com Gasilin bem a antecipar-se ao redes numa atraso do jogador espinhense, a baliza fica desguarnecida, Gasilin centra e NSor com a baliza em frente… manda para a bancada. Foi o desespero dos academistas, porque teria sido uma reviravolta épica e passaríamos de eliminatória.

Eis então que surge um lance polémico no final do prolongamento. Um avançado do Espinho entra na área, Medina faz carrinho, parece-nos que toca na bola e depois é que se dá o contacto, mas o árbitro (que sofreu muita pressão dos adeptos durante todo o jogo, marca penalty. O jogador do Espinho parte para a bola, mas Jonas fez uma grande defesa e evita o 4-3 a sentença final no jogo. Foi uma boa defesa e que augurava uma motivação extra para o guardião nos penalties

PENALTIES

Muito sofrimento em todos os adeptos. Rui Miguel marca o primeiro (ver vídeo abaixo, Latyr Fall falha o segundo. A partir daí nunca mais houve falhas dos jogadores do Académico e do Espinho. Foram 11 penaltys seguidos, incluindo os guarda redes. Por isso voltou ao início da rodada e aí Rui Miguel atirou por cima e o Espinho marcou. Vitória para o Espinho, uma passagem merecida.

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