Péssima
Obviamente que nunca há alturas boas para se perder pontos, mas esta foi uma ocasião particularmente má para o fazermos. Porque tendo o Porto um jogo difícil na próxima jornada, ao deixarmos que a nossa vantagem encurtasse para um mero ponto retirámos muita da pressão com que o nosso adversário poderia entrar em campo para esse mesmo jogo. Por outro lado aumentámos, e muito, a pressão do nosso lado. Foi uma derrota péssima que aumenta a motivação dos nossos adversários, ela que já estava em alta depois da magnífica conquista da Taça da Liga pelo Sporting ontem à noite.
Sobre o jogo, vou evitar escrever grande coisa sobre ele. Se eu já acho que quando ganhamos a maior parte das pessoas lê os meus posts na diagonal, quando isso não acontece então passam simplesmente por cima deles e vão directos para a caixa de comentários simplesmente para desabafar, desancar quem no seu entender tem responsabilidades na derrota, ou propor as suas soluções para o problema. Direi apenas que não foi um bom jogo da nossa equipa, isto apesar de o termos dominado do princípio ao fim mesmo jogando mal. Mas fomos derrotados sobretudo por dois problemas que têm apoquentado a nossa equipa nos últimos jogos: falta de eficácia e imaginação no ataque, e permeabilidade na defesa. Não é aceitável que não consigamos marcar nem um golo num jogo em que temos mais de 70% de posse de bola e rematamos vinte vezes. E ainda menos aceitável é que o adversário vá um par de vezes à nossa baliza e marque. Foi assim com o Boavista (nesse jogo ainda conseguimos ter um mínimo de eficácia no ataque para evitar a derrota), foi assim com o Moreirense, foi assim hoje, e já tinha sido assim com o Marítimo, contra o qual falhámos um número inacreditável de ocasiões de golo. Quando se conjugam estes dois factores, é muito complicado conseguir resultados positivos. E além disso parece-me que, devido à fase que a equipa atravessa, quando o adversário de repente marca um golo contra a corrente do jogo e se apanha em vantagem a ansiedade dos nossos jogadores aumenta e torna ainda mais difícil ter alguma clarividência na altura de finalizar as jogadas de ataque.
Estamos a passar por uma má fase, à qual claramente não estamos habituados. Mas isso não significa que possamos que baixar os braços. Pelo contrário, está na altura de cerrar fileiras e apoiar a nossa equipa como só nós o podemos fazer. Para que acordem e voltem a fazer aquilo que tão bem sabem fazer e a que nos habituaram: jogar bom futebol, marcar golos e ganhar jogos.
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