quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

BENFICA - 2 RIOA VE - 0 - LIDER

Gestão

Um jogo que o Benfica começou a resolver cedo e depois se limitou a manter controlado no ritmo que mais lhe convinha, fazendo uma gestão bastante sóbria do esforço sem que alguma vez tivesse deixado a ideia de que a conquista dos três pontos pudesse estar em causa.


O Rio Ave entrava neste jogo apresentando as credenciais de estar 100% vitorioso desde que o Luís Castro assumiu o comando da equipa. Quatro vitórias noutros tantos jogos eram um sinal bastante claro que este jogo teria que ser encarado com toda a seriedade pelo Benfica. E foi isso mesmo que fizemos, desde o apito inicial. Com o Mitroglou a ser desta vez o escolhido para ocupar a posição mais avançada da equipa, o Benfica tomou imediatamente conta do jogo e remeteu o Rio Ave para a defesa, procurando chegar ao golo o mais cedo possível. Tirando partido sobretudo da grande mobilidade e constantes trocas de posição do Gonçalo Guedes, Rafa e Cervi, sempre com o apoio do Pizzi, o cerco à baliza adversária foi-se apertando e o golo chegou, com toda a naturalidade, com catorze minutos decorridos. O Mitroglou, que no início da jogada tinha demorado um pouco mais a concluir e acabou por tentar finalizar de calcanhar, acabou por ficar com a bola nos pés bem no centro da área depois de um remate enrolado do Gonçalo Guedes, e enquanto os defesas do Rio Ave pediam um fora de jogo inexistente finalizou com toda a calma. Conseguido o golo, o Benfica imediatamente levantou um pouco o pé. Não passou a defender o resultado, simplesmente começou a querer sair de forma mais organizada e estruturada para o ataque, privilegiando a posse de bola, e recuou também a linha de pressão. O Rio Ave aproveitou então para ter mais alguma bola, mas foi incapaz de construir qualquer lance de perigo, e pelo menos de memória digo que nem sequer um remate conseguiu fazer. O melhor que conseguiu foram alguns cruzamentos para a nossa área, que morreram quase todos nas mãos do Ederson. O Benfica, mesmo neste ritmo mais pausado, dava ideia de poder marcar um segundo golo sem precisar de forçar muito mais, pois as iniciativas individuais dos nossos jogadores eram suficientes para semear a atrapalhação na defesa adversária. Já quase sobre o intervalo veio a confirmação disto, quando o Pizzi arrancou com a bola, tabelou com o Rafa à entrada da área, e depois picou a bola sobre o guarda-redes à saída deste. Tudo aparentemente simples, a resultar num golo muito bonito.


Sobre a segunda parte, não tenho praticamente nada a dizer. Se com um golo de vantagem o Benfica já parecia estar tranquilo e sem grande vontade de forçar muito, então com dois isso foi ainda mais notório. Acho que as notas de maior destaque foram a entrada do Jonas, para somar mais alguns minutos à tarefa de ganhar ritmo de jogo, e uma grande defesa do Ederson, lá para o meio desta segunda parte, naquele que terá sido o primeiro (ou na melhor das hipóteses o segundo) remate do Rio Ave no jogo. Mais uma vez o Ederson a confirmar a sua qualidade e aptidão para guarda-redes de equipa grande: quase todo um jogo sem ter que fazer uma defesa, tendo tido mais acção a jogar com os pés para os colegas do que a tocar na bola com as mãos, e quando finalmente foi chamado, correspondeu de forma brilhante. O outro facto a realçar é a expulsão do Pizzi, forçada pelo próprio. O amarelo que tinha visto a meio da segunda parte (não percebi bem qual o motivo, só se foi por palavras e foi o único amarelo mostrado pelo árbitro em todo um jogo no qual teve um critério disciplinar larguíssimo, optando por deixar jogar sempre que era possível - e às vezes até quando isso não parecia ser a opção correcta) deixava-o suspenso para o próximo jogo do campeonato, em Guimarães. Por isso nos instantes finais ele retardou a marcação de um livre até ser admoestado com o segundo amarelo e consequente expulsão, o que faz com que se mantenha à beira da suspensão por amarelos, mas cumpra o jogo de castigo no próximo compromisso do Benfica, contra o Paços de Ferreira para a taça da liga. Parece estúpido, mas os regulamentos estão redigidos assim, e recordo-me perfeitamente de há uns anos o Fucile, então no Porto, ter feito a mesma coisa num jogo contra o Belenenses, de forma a estar disponível para jogar contra nós. Quanto ao jogo jogado, o Rio Ave ainda tentou durante alguns minutos chegar a um golo que relançasse o resultado, mas mostrou demasiada incapacidade para o fazer, e na fase final do jogo já nem sequer conseguia ter bola para tentar o que quer que fosse.


Destaques no Benfica, para mim, o Fejsa por mais uma exibição sólida e sóbria, a dobrar sempre bem os colegas da defesa e a cobrir com eficácia a sua zona, o Cervi e, a espaços, o Pizzi. Não foi jogo para grandes destaques individuais mesmo.

Gosto destes jogos. Não é necessária grande nota artística nem números de circo. Temos uma tarefa a cumprir, e fazemo-la de forma eficaz e segura. Quem tiver assistido ao jogo viu que em nenhuma altura do mesmo a vitória do Benfica pareceu ser algo menos do que uma certeza. E é assim que se somam três pontos em cima de três pontos, e que no final se conseguem somar mais pontos do que todos os outros adversários. É esta competência que nos permite passar o ano confortavelmente instalados no topo.

CARTOON


A.VISEU - 1 FAMALIÇÃO - 1 - EMPATAS

Estádio do Fontelo, 21 de dezembro de 2016
20ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

Ac. Viseu: Rodolfo; Tomé (c), Bruno Miguel, Bura e Stephane; Capela, Bruno Loureiro e Carlos Eduardo; Luisinho (Tiago Borges, 69), Moses (Zé Paulo, 58) e Sandro Lima (Zé Pedro, 86). Treinador: Francisco Chaló.

Famalicão: Víctor Braga, Joel Monteiro, Vilaça, Nuno Diogo, Jorge Miguel, Fred Lopes, Mércio (Perre, 64), Diogo Cunha (Nailson, 80), Kisley (Mendes, 72), Feliz e Carlão. Treinador: Nandinho.


Golos: Bura 23 (1-0), Feliz 26 (1-1)
Foto retirada da página oficial do Famalicão no Facebook

Terminou hoje um dos piores anos civis da história centenária do Académico de Viseu. E terminou com um empate que mantém o clube abaixo da linha de água. O Académico volta a jogar a 7/8 de janeiro do próximo ano com a visita ao terreno do Cova da Piedade.

domingo, 18 de dezembro de 2016

ESTORIL - 0 BENFICA - 1 - SUADO

Complicado

Uma vitória sofrida num jogo que se foi tornando complicado pelo mau aproveitamento das ocasiões criadas, em particular na fase inicial do jogo. Depois aconteceu o cenário habitual em que se vê o final do jogo aproximar-se com uma margem mínima no marcador e a equipa que está em vantagem tem tendência para se encolher, enquanto que a outra começa a acreditar ser possível chegar ao empate. Muitas vezes acontecem dissabores nestas ocasiões, e ontem isto esteve perto de acontecer.


Com o Salvio no estaleiro, o Cervi regressou ao onze e o Rafa manteve a titularidade conquistada no encontro frente ao Sporting. O Benfica teve uma entrada muito forte no jogo, e nos minutos iniciais teve três ocasiões soberanas para inaugurar o marcador. Foi particularmente gritante a sequência de duas ocasiões, primeiro um grande remate do Jiménez ao qual o Moreira correspondeu com uma grande defesa para canto, e na sequência do mesmo um falhanço inacreditável do Luisão, que apareceu completamente sozinho junto à baliza e acabou por cabecear por cima. Continuámos sempre por cima na primeira parte - apenas um susto, numa situação em que o Estoril acertou no poste - mas o Estoril conseguiu reajustar-se, movendo uma marcação cerrada ao Pizzi, e nós mostrámos menor capacidade para criar situações de golo. Na segunda parte o Benfica continuou por cima no jogo, mantendo o Estoril remetido à sua área, e acabámos por chegar ao golo à passagem da hora de jogo, num penálti convertido pelo Jiménez. O penálti foi para mim mais do que evidente, após uma mão claríssima de um jogador do Estoril, que em carrinho tentou desarmar o Cervi - só mesmo num país pejado de antis raivosos é que se conseguiria questionar o acerto da decisão. Logo a seguir ao golo o Benfica tentou acalmar um pouco o ritmo de jogo, isto apesar de termos reforçado a presença na área com a entrada do Mitroglou para o lugar do Cervi. Mas a vinte minutos do final o Estoril pregou-nos um enorme susto, após um escorregão do Luisão (isto anda a acontecer demasiadas vezes ultimamente) e o empate só não aconteceu porque o Ederson fez uma enorme defesa quando tinha o adversário sozinho à sua frente. 


O Benfica pareceu assustar-se com este lance e o Estoril começou a ser mais perigosos. No ataque, o Pizzi conseguiu uma sequência atroz de maus passes e bolas perdidas, que o Estoril aproveitava quase sempre para sair rapidamente no contra-ataque. Mais uma escorregadela do Luisão voltou a dar uma situação de perigo para o Estoril, desta vez salva pela intervenção do André Almeida. E logo a seguir, o Ederson teve que se mostrar atento a mais um remate perigoso, de fora da área. O Benfica só voltou a estabilizar um pouco mais o seu jogo quando a dez minutos do final Assistimos ao regresso do Jonas. Apesar da longa ausência, foi evidente que o Benfica continua a ser uma equipa completamente com a presença dele em campo, devido à inteligência e classe com que joga. E o regresso do Jonas esteve muito perto de ser perfeito, pois em dois cabeceamentos esteve muito perto de marcar. O primeiro fez a bola passar a centímetros do poste, e segundo obrigou o Moreira a uma defesa apertada. Tivemos nova oportunidade para matar o jogo ao minuto noventa, quando o Moreira evitou no limite que a bola chegasse aos pés do Mitroglou e depois, com o Moreira ainda no chão, o Pizzi fez a recarga directamente para as mãos dele. E como um resultado tão magro é sempre perigosíssimo, apanhámos um enorme susto já no período de descontos, quando na sequência de um canto e posterior desvio de cabeça na zona do primeiro poste (não pode acontecer...) vimos um adversário aparecer completamente sozinho ao segundo, mas felizmente um centésimo de segundo atrasado em relação ao lance, o que fez com que não conseguisse cabecear a bola na direcção da baliza.


Para mim o maior destaque do jogo é mesmo o regresso do Jonas à competição. Tudo o resto acabou por ficar mais ou menos ofuscado pela alegria que senti com isto, alegria que foi reforçada ao ver um efeito imediato da entrada dele no nosso jogo, mesmo depois de todo este tempo de ausência. Vou também elogiar o Ederson. Que ele é um enorme guarda-redes, isso já estamos fartos de saber. Mas ele é também um guarda-redes de equipa grande. Pode passar um jogo quase todo sem ter nada que fazer, e depois fazer uma enorme intervenção quando finalmente é chamado, como aconteceu neste jogo a vinte minutos do fim. Abrindo uma excepção, uma menção para um jogador do adversário. Tenho um respeito muito especial pelo Moreira, pelo seu benfiquismo e pelo percurso que tem no nosso clube, e fico satisfeito com o regresso dele à primeira liga. Neste jogo esteve a um nível muito bom, e confesso que já por várias vezes pensei que seria uma escolha perfeita para ocupar a vaga que eventualmente acabaremos por ter no plantel quando o Paulo Lopes terminar a carreira.

Já não há jogos fáceis, e os três pontos trazidos da Amoreira sabem-me tão bem quanto os três conquistados contra o Sporting na última jornada. E valem exactamente o mesmo, garantindo-nos desde já a passagem de ano no topo da tabela. Agora é começar já a trabalhar na recepção ao Rio Ave, para encerrarmos o ano, no que ao campeonato diz respeito, em beleza.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

REAL - O BENFICA - 3 - TAÇA

Tranquila

O apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal foi garantido com uma vitória tranquila contra o Real, que resistiu de forma honesta e empenhada aquilo que lhe foi possível mas acabou por não conseguir oferecer grande réplica e foi derrotado por uma margem de três golos. O prémio para o esforço do nosso adversário acabou por ser a saída para o intervalo com o resultado ainda em branco.


Apenas dois jogadores do onze que iniciou o jogo do passado domingo mantiveram a titularidade: Ederson e André Almeida, desta vez a jogar na direita. As nove novidades foram: Yuri Ribeiro (estreia oficial na equipa principal do Benfica), Lisandro, Jardel, Samaris, Danilo, Carrillo, Zivkovic, Cervi e Mitroglou. O nulo com que se chegou ao intervalo reflecte o pouco interesse que a primeira parte teve. O Real fechava-se todo atrás da bola, concentrando jogadores no corredor central, e depois tentava sair o mais rapidamente possível para o ataque através de lançamentos para os jogadores mais avançados. O Benfica revelava dificuldades para ultrapassar a floresta de adversários que se lhe opunha, muito por culpa de um ritmo talvez exageradamente lento que impunha ao jogo. Não me parece que a isso fosse alheio o facto do nosso meio campo ser constituído pelo Samaris e o Danilo, dois jogadores que não são especialmente rápidos a executar ou têm grande criatividade. O Cervi actuava preferencialmente nas costas do Mitroglou, e apesar de ser dos mais empenhados não conseguia render tanto como quando joga na ala. Para a segunda parte regressou o Gonçalo Guedes para ocupar essa posição, passando o Cervi para o seu lugar e o Zivkovic para a direita (o Carrillo já não voltou) e a diferença foi notória. O Benfica, sobretudo pelas acções do Gonçalo e do Cervi, imprimiu muito mais velocidade no jogo e o Real passou a sentir muito maiores dificuldades, potenciadas por um golo madrugador do Benfica. Canto marcado pelo Zivkovic e cabeceamento do Mitroglou ao primeiro poste. Depois continuámos a assistir a um domínio completo do Benfica no jogo, embora teimássemos em adiar a marcação do segundo golo, com demasiada parcimónia no remate - os nossos jogadores tentavam muitas vezes passar a um colega quando podiam rematar, ou demoravam demasiado tempo e depois o remate quando saía embatia num adversário. Só nos últimos minutos ampliámos finalmente a vantagem, numa altura em que em termos físicos os jogadores do Real já pagavam a factura do esforço de terem andado a correr atrás da bola a maior parte do jogo. O segundo golo surgiu num penálti marcado pelo Mitroglou, a castigar uma falta sobre o Gonçalo Guedes, e o terceiro pelo Jiménez (tinha entrado um pouco antes para o lugar do Cervi), num bom trabalho individual em que tirou um defesa da frente antes de rematar, depois de receber um passe do mesmo Gonçalo Guedes.

 
Os jogadores em maior destaque foram o Cervi e o Gonçalo Guedes, cuja entrada foi decisiva para desequilibrar por completo o jogo na segunda parte. Bom jogo também do Zivkovic e, sinceramente, creio que hoje ficou reforçada a ideia que cada vez menos se justifica que o Carrillo tenha tantas mais oportunidades do que o sérvio. Se eu embirro com o Carrillo não é por achar que ele é mau jogador. O meu problema é com a atitude dele. Ninguém joga tão mal como ele jogou hoje, frente a um adversário muito mais fraco, se não for por uma questão de mera vontade. Se é esta a vontade que ele tem de jogar futebol, então não merece um lugar entre os convocados. Foi bom ver o Jardel de regresso, e quanto ao estreante Yuri, cumpriu perfeitamente. Não complicou, tentou jogar de forma simples e apoiar o ataque sempre que possível, e ainda teve um corte providencial numa das raras ocasiões de perigo criadas pelo Real na segunda parte.

 
Confesso que hoje tinha alguma expectativa em ver alguns minutos do Jonas, mas já deu para perceber que é uma situação que tem que ser gerida com muito cuidado, sem apressar o que quer que seja. O mais importante é que mais uma etapa da Taça de Portugal foi ultrapassada. Agora tratemos de nos dedicar à perseguição do objectivo do tetra, que passará por trazermos os três pontos da Amoreira no próximo sábado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

BENFICA - 2 SPORTING - 1 - IMPORTANTE

Confirmada

Uma vitória importante no caminho para o título, que tem como principal consequência sermos à décima terceira jornada líderes isolados e a única equipa que depende apenas de si própria para ser campeã. Foi uma vitória difícil e sofrida, perante um adversário que mesmo com dois golos de desvantagem nunca desistiu e deu tudo o que tinha, obrigando-nos a suar e a trabalhar bastante para garantir os três pontos. Mas um estádio como o nosso, com um público como o nosso, não podia merecer menos do que uma vitória esta noite. Quem lá tiver estado de certeza que percebe porque motivo temos que ir à Luz sempre que possível. Que ambiente incrível.


Não esperava que o nosso treinador fizesse qualquer alteração no onze que alinhou nos últimos jogos, mas acabou por haver uma mudança: na esquerda foi o Rafa quem apareceu a titular, relegando o Cervi para o banco. Do outro lado, o Sporting apresentou o onze esperado. Sobre a primeira parte, acho que há pouco a dizer. Em termos tácticos as equipas encaixaram quase perfeitamente uma na outra e mostraram demasiado respeito (ou receio) mútuo, pelo que o jogo, apesar de sempre muito disputado, sobretudo na zona do meio campo, teve raras ocasiões de muito perigo. Desde cedo que foi evidente que a estratégia do Sporting passava muito por anular sistematicamente logo à partida com faltas as tentativas de saída rápida do Benfica para o ataque (acho que só mesmo um critério de arbitragem muito largo é que me permite compreender que o William tenha conseguido acabar o jogo sem um amarelo sequer, e que o Marvin tenha estado perto de conseguir o mesmo feito) mas acabou por ser mesmo numa transição rápida para o ataque que conseguimos inaugurar o marcador. Boa condução da bola do Gonçalo Guedes pelo centro do terreno, aproveitando a oferta do William e soltando-a na altura certa para a corrida do Rafa na esquerda, saindo depois um passe de trivela para o lado oposto, onde o Salvio conseguiu já com alguma dificuldade finalizar de primeira. Num jogo com este figurino era de capital importância marcar primeiro, e esse passo estava dado. O jogo não mudou muito com o golo, no entanto, e continuou com o equilíbrio a ser a nota dominante. Um ou outro lance de parte a parte a levar a bola mais perto das balizas, sobretudo a partir de bolas paradas, mas nada de muito emocionante. Só mesmo a fechar a primeira parte é que houve uma clara ocasião de golo, para nós, e surgida perfeitamente por acaso: o Bryan Ruiz teve uma péssima intervenção ao cortar um mau passe do Pizzi e colocou a bola nos pés do Jiménez, deixando-o sozinho em frente ao Rui Patrício. Mas o guarda-redes do Sporting respondeu com uma grande defesa e evitou aquilo que seria um duro golpe para a sua equipa mesmo antes do descanso.


Praticamente desde o apito inicial para a segunda parte que se viu que tudo seria diferente. No primeiro lance, o Gonçalo Guedes quase conseguia aproveitar um atraso arriscado do Coates para o Patrício; na resposta o Campbell (tinha entrado ao intervalo para o lugar do Bruno César) fugiu pela esquerda da nossa defesa e passou atrasado para o Bas Dost rematar com estrondo ao poste. E outra vez na resposta, foi o Rafa quem se isolou pela esquerda da área do Sporting, mas falhou o passe para o Gonçalo Guedes, que estava sozinho no meio. A bola seguiu no entanto até à direita, onde o Nélson Semedo ganhou a linha de fundo após passe do Salvio e centrou para o mergulho de cabeça do Jiménez, que se antecipou ao João Pereira e fez a bola entrar bem junto da base do poste. Num jogo tão equilibrado até então, uma margem de dois golos fazia supor que seria muito difícil ao Sporting reentrar na discussão do resultado. Só que com praticamente metade de um jogo por disputar, houve tempo para muitas alterações tácticas que acabaram por mudar completamente o jogo. Na minha opinião, o ponto de partida foi a substituição forçada do Salvio (que já não estava muito bem desde a primeira parte, em que depois de um choque ficou amgoado no ombro). A opção tomada pelo nosso treinador surpreendeu-me, decidindo lançar o Danilo para o jogo e deslocando o Pizzi para a direita. Não me pareceu que a opção tenha resultado, pois a partir desse momento o Sporting ganhou o controlo do meio campo e consequentemente do jogo. O Danilo foi posicionar-se praticamente a par do Fejsa numa posição bastante recuada, passando a haver muito menos pressão sobre os médios do Sporting, que assim tinham mais tempo e espaço para ler o jogo e fazer a bola circular - quando havia pressão era apenas esporádica e porque o Jiménez recuava para fazer esse trabalho. Apesar de, em teoria, o jogador mais perigoso deles ser o Gelson, este foi sendo relativamente controlado pelo André Almeida e era pelo outro lado que aparecia o perigo, até porque entretanto o Campbell se tinha encostado a esse lado (depois da substituição do Bryan Ruiz pelo Alan homónimo) e o Nélson Semedo parecia ter pouco apoio nas tarefas defensivas. O Ruiz que entrou teve uma influência quase nula no jogo e mal se deu por ele, mas o Campbell na esquerda estava constantemente desacompanhado e causava muitos problemas. Durante o quarto de hora que se seguiu o Sporting mandou no jogo e devemos ao Ederson o facto de não terem reduzido mais cedo a diferença. O Benfica ainda voltou a mexer na equipa, trocando o Guedes pelo Cervi, mas com o argentino a ir encostar-se à direita e o Pizzi a passar para as costas do avançado, sem grandes resultados. E o que parecia inevitável acabou por acontecer mesmo: o Campbell surgiu mais uma vez pela esquerda e conseguiu fazer o centro para uma finalização de cabeça bastante fácil do Bas Dost, que estava completamente sozinho na pequena área, junto ao poste do lado oposto (enorme falha de marcação da nossa defesa, em particular do Lindelöf). 


Havia mais de vinte minutos para jogar, o jogo estava agora relançado e antevia-se uma pressão ainda maior do Sporting na procura do golo do empate, até porque alguns dos nossos jogadores pareciam estar nos limites físicos. Mas de forma algo surpreendente não foi isso que aconteceu. O Benfica entretanto trocou os alas, a equipa ganhou alguma consistência, conseguindo acalmar o ritmo do jogo, e sobretudo voltou a conseguir sair com bola para o ataque, coisa que durante o nosso pior período não tinha acontecido. Foi também importante para estabilizar a equipa o fantástico ambiente que o Estádio da Luz quase lotado conseguiu criar no apoio à nossa equipa. Mesmo nos períodos mais complicados o público nunca deixou de estar com a equipa e isso ajudou-nos, e muito. O sufoco que se poderia antecipar por parte do Sporting acabou por nunca acontecer, e honestamente não me recordo do nosso adversário ter conseguido criar mais nenhuma ocasião de perigo até ao final do jogo, isto apesar de ter continuado a ter mais bola. As situações mais perigosas junto da baliza até foram nossas, ambas pelo Rafa. Numa, depois de servido pelo Cervi, tentou o remate de primeira quando estava completamente à vontade e enviou a bola para a bancada. Na outra, libertou-se do Rúben Semedo, ultrapassou ainda o Rui Patrício junto à linha final, mas acabou por fazer mal o passe atrasado para o Cervi, que estava em posição privilegiada. O JJ ainda deu uma pequena ajuda quando, nos minutos finais, surpreendeu ao retirar o Bas Dost do campo para colocar o André - acho que a única explicação que encontro para essa substituição é alguma 'fezada' dele no brasileiro. Resumindo, acabou por nem ser particularmente complicado para o Benfica segurar a vitória durante o tempo que decorreu entre o golo do Sporting e o final do jogo.


Começo por destacar na nossa equipa o Ederson. A vitória começou por ele, já que esteve sempre muito seguro e defendeu o que havia para defender. Não havia nada que pudesse fazer no golo sofrido, mas a ele devemos o facto deste não ter aparecido mais cedo. Se isso tivesse acontecido de certeza que a nossa tarefa teria sido muito mais complicada. Outro dos destaques foi o Rafa, que foi sempre um dos nossos jogadores mais perigosos no ataque, com uma grande assistência para o primeiro golo. E se tivesse conseguido ser um pouco mais certeiro no último passe, poderia ter feito ainda melhor. A entrada do Cervi foi muito importante, sobretudo a partir do momento em que se fixou na esquerda. E já que falo na esquerda, uma menção para o André Almeida. Na posição de lateral esquerdo, a participação no processo ofensivo é praticamente inexistente (a diferença, no processo ofensivo, deste Benfica para aquele que pode contar com o Grimaldo é abissal, e até poder contar com o Eliseu já faria uma enorme diferença) mas em termos defensivos fez um jogo bastante bom. Se hoje o Gelson não teve a influência que lhe é mais habitual no jogo do Sporting, isso deve-se em boa parte à forma eficaz como o André Almeida conseguiu controlá-lo na maior parte do jogo. O Jiménez correu até à exaustão e fez por merecer o golo. Pena ter falhado aquela oferta do Bryan Ruiz.

Os três pontos estão ganhos, a liderança está confirmada e cimentada, a motivação aumentada e este jogo já é passado. Agora é altura de pensar já no Real, com quem iremos disputar o acesso à próxima eliminatória da taça, e a seguir no jogo contra o Estoril. Os três pontos desse jogo valem exactamente o mesmo destes três ganhos esta noite, e é essa a mentalidade que já nos levou à conquista do tricampeonato e que pode manter o sonho do tetra vivo.

P.S.- Enquanto saía do estádio dizia que o melhor era aproveitar a caminhada até casa enquanto o Sporting procurava pelos penáltis não assinalados que seriam necessários para ganhar o jogo. Claro que isso se confirmou mal cheguei a casa. Não é que seja necessário ter algum poder mediúnico para adivinhar estas coisas, porque sempre que o Sporting joga contra o Benfica só há dois cenários possíveis: ou é um 'banho de bola', se ganharem nem que seja por meio a zero com um golo marcado com as nádegas depois de uma rajada de vento ter desviado a bola de um pontapé de baliza; ou então, se não tiverem ganho, é uma 'roubalheira'. Têm o presidente da Liga que escolheram, têm o presidente dos árbitros que escolheram, têm até os árbitros de que gostam. Mas a conspiração universal contra o Sporting continua.

A.VISEU - 1 FAFE - 0 - VITÓRIA

Estreia vitoriosa do treinador Francisco Chaló

O Académico regressou às vitórias, no estádio do Fontelo, 104 dias depois. 
Na estreia do novo treinador, a equipa obteve 3 pontos importantíssimos numa fase complicada da temporada.


O mister Francisco Chaló fez algumas alterações na sua estreia no banco academista, com destaque para a inclusão a titular de Bruno Madeira, que ainda não tinha realizado qualquer minuto com o manto sagrado. 

Estádio do Fontelo, 10 de dezembro de 2016
18ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: Miguel Libório (Lisboa)

Ac. Viseu: Rodolfo; Tomé (c), Bura, Bruno Miguel e Stephane; Bruno Madeira, Capela e Zé Paulo; Carlos Eduardo (Zé Pedro, 87), Luisinho (Bruno Loureiro, 58) e Sandro Lima (Yuri, 75). Treinador: Francisco Chaló.

Fafe: Ricardo Fernandes; Vasco Cruz (João Nogueira, 81), Lytvyn, Xavi (Marquinhos, 62) e João Carneiro; André (Leandro Borges, 10), Landinho e Silvestre; Pedro Pereira, Marco André e Alan Junior. Treinador: Agostinho Bento.

Expulsão: Bruno Madeira 41


Golo: Luisinho 7 (1-0)

O jogo começou com um caudal ofensivo academista assinalável, surpreendendo a equipa do Fafe. E foi aos 7 min. que Luisinho ofereceu a vitória a todos os academistas, aproveitando frente a GR Ricardo Fernandes, para finalizar da melhor forma. 1-0, que deixava um bom tónico para a partida, e que só não foi ampliado por Bura pouco depois, porque a barra não deixou, numa execução de cabeça digna de registo. A partir do meio da primeira parte, o Fafe começou a criar perigo e a tomar conta da partida, sem contudo, criar ocasiões flagrantes de golo. A 5min do descanso, Bruno Madeira, na estreia, foi expulso por acumulação de amarelos, onde mais uma vez, se verificou a facilidade com que se expulsa jogadores do Académico. 


No 2ºtempo, a toada de jogo não se alterou, e perante um Fafe muito ofensivo, opôs-se um Académico guerreiro, com um espirito de entreajuda tremendo entre os setores. E só assim foi possível levar vencida esta difícil formação fafense.
O resultado não se iria alterar mais, e o Fontelo voltava a festejar 104 dias depois.
Três pontos importantes, muito importantes, que ainda não permitem o Académico sair da zona de descida, mas que motiva e que pode catapultar na recuperação que todos desejamos.

No próximo sábado, dia 17/12, temos a GALA do nosso clube, onde todos estão convidados aparecer. O próximo jogo é novamente no Fontelo, dia 21/12 (4ªf), frente ao Famalicão.
Parabéns equipa!! Força Académico!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

BENFICA - 1 NAPOLI - 2 - APURADOS

Só uma goleada em Kiev atenuou a derrota na Luz. Benfica faz história e consegue apurar-se pelo segundo ano consecutivo para os oitavos de final da Liga dos Campeões.
Raul Jiménez em ação pelo Benfica frente ao Nápoles
Foto: Francisco Leong
Raul Jiménez marcou o único golo do Benfica
Por Eduardo Santiago sapodesporto@sapo.pt
O Nápoles venceu esta terça-feira o Benfica por 2-1 em jogo a contar para a última jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, mas a goleada do Dínamo de Kiev ao Besiktas por 6-0 garantiu o apuramento à equipa de Rui Vitória para os oitavos de final. Callejón abriu o marcador já no decorrer da segunda parte num jogo em que os 'encarnados' sentiram muitas dificuldades para travar a superioridade italiana. Mertens fez o 2-0 e Jiménez já perto do final reduziu para 2-1.
O treinador do Nápoles tinha avisado na antevisão do jogo que a sua equipa vinha a Lisboa para vencer e não não defraudou as expectativas. Com uma entrada muito pressionante, o Nápoles entrou na Luz com uma postura de domínio. O Benfica sentia algumas dificuldades para segurar os jogadores adversários no seu meio-campo defensivo, e durante largos períodos de jogo os jogadores napolitanos surgiam quase sempre em superioridade numérica na disputa de bola.
A jogar em casa, e perante uma entrada muito forte da equipa de Maurizio Sarri, a formação de Rui Vitória tentou assumir o jogo, mas com muitas dificuldades para segurar a posse de bola e partir para o ataque. Com muitos passes falhados, a equipa de Rui Vitória não conseguia encontrar caminhos alternativos para a baliza do Nápoles. Aos 20 minutos, o Nápoles conseguiu introduzir a bola no interior da baliza de Ederson, mas o árbitro anulou a jogada por fora de jogo do avançado napolitano Gabbiadini. Aos 21 minutos, Gonçalo Guedes teve uma oportunidade soberana para marcar golo, mas o avançado português não conseguiu dominar uma bola dentro da área do Nápoles e rematou ao lado da baliza de Pepe Reina. Aos 23 minutos, Jiménez numa boa iniciativa individual rematou com perigo para defesa apertada de Pep Reina, numa fase do jogo em que o Benfica tentou responder ao domínio dos visitantes.
Até ao final da primeira parte, o Benfica ainda viu Ederson negar o golo por diversas vezes ao Nápoles, mas a informação de que o Besiktas estava a perder por 3-0 contra o Dínamo de Kiev acalmou as bancadas e os próprios jogadores de Rui Vitória.
No segundo tempo, o domínio do Nápoles manteve-se, o que obrigou Rui Vitória a fazer alterações na equipa. Gabbiadini e Callejón continuavam a criar muitos lances de perigo junto à baliza de Ederson e o técnico do Benfica tirou Gonçalo Guedes aos 57 minutos para lançar no jogo Rafa Silva. Aos 58 minutos, Pizzi fez um excelente passe para o coração da área napolitana, mas Rafa e Jiménez atrapalharam-se mutuamente e o lance acabou por perder-se.
Quase na sequência do lance, o Nápoles abriu o marcador por intermédio de Callejón quando aos 60 minutos Mertens fez um passe a rasgar para o internacional espanhol que surgiu isolado frente a Ederson e com um toque subtil 'picou' o esférico por cima do guarda-redes brasileiro para o 1-0.
A perder por 1-0, Rui Vitória reagiu e lançou no jogo André Carrillo para o lugar de Cervi. O Nápoles continuou a dominar as operações a meio-campo e aos 79 minutos sentenciou praticamente a partida com o golo de Mertens depois de uma jogada individual de elevada qualidade por parte do belga, que depois de fintar Luisão rematou rasteiro para o interior da baliza de Ederson.
Já perto do final, o Benfica ainda reduziu para 2-1 por intermédio do avançado mexicano Raul Jiménez. Apesar do resultado, Nápoles e Benfica seguem para os oitavos de final da Liga dos Campeões uma vez que na Ucrânia, o Besiktas foi goleado pelo Dínamo de Kiev por estrondosos 6-0.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A.VISEU

OFICIAL | FRANCISCO CHALÓ É O NOVO TÉCNICO DO ACADÉMICO DE VISEU F.C.

É oficial, Francisco Chaló é o novo treinador do Académico de Viseu Futebol Clube. Francisco Chaló, é um técnico que tem uma larga experiência de I e II Liga e apresenta no seu currículo passagem por clubes como o Feirense, Naval, Penafiel e Sporting da Covilhã, equipa que orientou nas últimas quatro épocas desportivas. O novo técnico chega agora a Viseu acompanhado de uma nova equipa de trabalho contando com Miguel Martinho para ocupar a função de treinador adjunto e ainda com Márcio Rocha para desempenhar o cargo de preparador físico. Está ainda o clube apostado em encontrar uma solução para o técnico que se irá preocupar com os homens da baliza, prevendo-se que nas próximas horas, fique completa a equipa técnica com a entrada de um novo treinador de guarda-redes. A todos os elementos que irão compor este novo quadro técnico do Académico de Viseu Futebol Clube, deseja a direção academista votos dos maiores sucessos pessoais e desportivos.

domingo, 4 de dezembro de 2016

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PORTIMONENSE - 3 A.VISEU - O - DESAIRE

Portimonense SC 3-0 Ac. Viseu FC

Foto retirada da página oficial do Portimonense no Facebook

Octávio Moreira, o antigo adjunto de André David, promovido a treinador principal manteve-se fiel ao seu antigo líder de equipa, mantendo as apostas em Pedro Paulo a defesa esquerdo, e Zé Paulo a médio defensivo. Se as coisas correram mal com o Covilhã, porque é que haviam de correr bem com o líder Portimonense?

A verdade é que os primeiros minutos da partida foram equilibrados, o primeiro remate até foi do Académico por Capela, mas na primeira vez que o Portimonense foi à baliza academista marcou. O golo apareceu aos 10 minutos, com tudo a dormir na defensiva academista, quando Jadson de cabeça bateu Rodolfo pela primeira vez.

O jogo foi-se arrastando até ao intervalo com o Académico a não mostrar argumentos para incomodar a defensiva da casa, e foi Rodolfo com uma grande defesa a manter a desvantagem em números mínimos.

Foi a equipa orientada por Vítor Oliveira a iniciar a segunda parte da melhor forma, quase marcado no início da segunda parte, mas o Académico foi equilibrando a partida e ao minuto 64, após cruzamento da direita teve uma boa chance de poder empatar, mas o remate de cabeça de Zé Pedro saiu por cima.

Com uma ou outra chegada à baliza da equipa da casa, recordo-me de um remate fraco de Bruno Loureiro, e com Rodolfo a exibir-se em bom plano na nossa baliza, o Académico foi-se mantendo no jogo e criando a ilusão de poder chegar ao empate.

Mas foi só isso mesmo, ilusão. Ao minuto 76, com central e médio defensivo a marcarem com os olhos, Pires, o goleador da Ledman LigaPro, fez um grande golo rematando de fora da área.

Até ao fim do jogo registo para um grande remate de Pana, mas ao lado, e para mais um golo do Portimonense fazendo chegar o resultados a uns exagerados 3-0, que podia ter sido pior pois Ricardo Pessoa, o capitão do Portimonense, ainda atirou à barra de Rodolfo.

Agora vêm aí dois jogos em casa, Fafe e Famalicão, e depois teremos a reabertura do mercado com a direção academista a ter muito trabalho para equilibrar um plantel completamente desequilibrado. Mas antes há que escolher um novo treinador.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

MARITIMO - 2 BENFICA - 1 - MAU

Campeão caiu com estrondo no 'caldeirão' dos Barreiros

Equipa de Rui Vitória não conseguiu vencer na deslocação à Madeira e pode ver agora o Sporting a dois pontos no 'dérbi' da próxima jornada.
Maurício celebra o golo da vitória frente ao Benfica
Foto: Gregório Cunha
Maurício celebra o golo da vitória frente ao Benfica.
Por Eduardo Santiago sapodesporto@sapo.pt
O Marítimo venceu esta quarta-feira o Benfica por 2-1 em jogo a contar para a 12ª jornada do campeonato nacional e impôs a primeira derrota da época à equipa de Rui Vitória para o campeonato nacional. Ghazaryan abriu o marcador aos 5 minutos, mas antes do intervalo Nelson Semedo empatou. Na etapa complementar, Maurício marcou o golo da vitória na sequência de um pontapé de canto.
No regresso ao Estádio dos Barreiros, Rui Vitória não apresentou grandes surpresas no onze titular do Benfica. André Almeida entrou para o lado esquerdo da defesa para colmatar as ausências de Grimaldo e Eliseu enquanto que na frente de ataque do Benfica Mitroglou regressou à titularidade.
Já do lado do Marítimo, o técnico dos insulares apostou também em duas alterações em relação ao último jogo com a entrada de Fábio China e Xavier para os lugares de Deyvison e Brito.
A jogar em casa, e motivado pelo apoio dos adeptos, o Marítimo apresentou-se com uma postura bem diferente daquela que levou a uma goleada na Luz para a Taça de Portugal. A pressão maritimista fez-se sentir logo a partir do apito inicial e aos 5 minutos, Ghazaryan aproveitou um 'deslize' de Luisão para fazer o golo inaugural. O remate do avançado arménio 'ressaltou' em Nélson Semedo e acabou por trair Ederson para o 1-0.
A vencer por 1-0, o Marítimo ganhou 'moral' para intensificar o assédio à área defensiva do Benfica, que teve na segurança de Ederson uma mais valia para impedir um resultado mais dilatado nos primeiros vinte minutos de jogo. A equipa de Rui Vitória sentia bastantes dificuldades para impor o seu jogo, e só já perto da meia hora conseguiu equilibrar um pouco a pressão do Marítimo para aos 27 minutos igualar o jogo em 1-1.
No segundo tempo, o Benfica entrou mais determinado e logo nos instantes iniciais um cruzamente de André Almeida encontrou a cabeça de Salvio que atirou com estrondo à trave de Gottardi. O bom arranque dos 'encarnados' prometia golos, mas a falta de eficácia dos jogadores do Benfica e as intervenções de Gottardi mantinham a baliza do Marítimo fora de perigo na etapa complementar. Rui Vitória lançou no jogo Rafa Silva aos 64 minutos e o reforço contratado ao SC Braga ia marcado um golo de cabeça aos 66 minutos. No entanto, uma intervenção de Gottardi negou o golo ao Benfica.
Apesar do sufoco dos 'visitantes', o Marítimo aproveitou todas as oportunidades que teve para subir no terreno, e num pontapé de canto acabou por chegar ao golo por intermédio de Maurício.
Com 20 minutos para jogar, Rui Vitória lançou em jogo Raul Jiménez e André Carrillo para tentar dar a volta ao resultado, mas a pressão intensa produzida pela equipa do Benfica esbarrou na consistência defensiva maritimista.
Apesar das investidas do Benfica, o Marítimo acabou por conseguir segurar a vantagem até ao apito final e desta forma impor a primeira derrota ao 'tricampeão' no campeonato nacional.
Com este resultado, o Benfica somou a primeira derrota no campeonato nacional e pode ver o Sporting aproximar-se da liderança caso vença no sábado o Vitória de Setúbal. Já o Marítimo ascendeu provisoriamente aos lugares europeus.