quarta-feira, 29 de outubro de 2014

BELENENSES - 2 A.VISEU-0 -ELIMINADO

CF Belenenses 2-0 Ac. Viseu FC (4-1 gp)

Estádio do Restelo, 29 de outubro de 2014
2ª Mão da 2ª Fase da Taça da Liga
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)

Belenenses: Filipe Mendes; Palmeira, João Meira (c), João Afonso e Nélson; Pelé, Tiago Silva, Fábio Nunes (Fredy, 83) e Abel Camará; Tiago Caeiro (Bruno China, 72) e Deyverson. Treinador: Lito Vidigal.

Ac. Viseu: Ivo Gonçalves; Tomé (c), Eridson, Clodoaldo e Dalbert; Renan, João Coimbra e Clayton (Alphonse, 59); João Carneiro, Tiago Almeida (Luisinho, 73) e Sandro Lima (Tiago Borges, 73). Treinador: Alex Costa.

Golos: Renan 47 pb (1-0), Tiago Caieiro 69 (2-0).

Grandes penalidades: João Afonso marca (1-0); João Coimbra marca (1-1); Tiago Silva marca (2-1); João Carneiro falha, defesa de Filipe Mendes (2-1); Fredy marca (3-1); Tiago Borges, falha, defesa de Filipe Mendes (3-1); Nélson marca (4-1).

Alex Costa, tal como na Taça de Portugal, voltou a mexer imenso na equipa, com cinco alterações, e voltou a não correr bem. Pode o treinador academista dizer que optou pela melhor equipa, custa a crer, mas algumas das alterações roçam o inexplicável.

Entrou a todo o gás o Belenenses e logo aos 4 minutos teve uma boa oportunidade. Livre lateral, bola ao segundo poste, com Tiago Caieiro a não conseguir empurrar para o fundo da baliza hoje defendida por Ivo Gonçalves. Aos 6 minutos novo livre lateral, desta vez com Tiago Caeiro a desviar de cabeça, mas Ivo, de forma segura, segurou. Aos 11 minutos cruzamento vindo da direita, Deyverson a rodar sobre si mesmo e a atirar para nova defesa de Ivo Gonçalves.

A partir daí o Académico equilibrou a contenda e o Belenenses não voltou a rondar com perigo a nossa baliza. Foi mesmo o Académico a ter as melhores oportunidades. Aos 29 minutos foi João Carneiro que com um remate de fora da área, fez a bola passar bem junto ao poste da baliza da equipa lisboeta. Aos 36 minutos um bom trabalho de João Carneiro, sobre a esquerda, com um passe atrasado para Clayton rematar com força, mas Filipe Mendes defendeu com categoria.

Aos dois minutos da segunda parte o Belenenses acabou mesmo por marcar. Um cruzamento vindo da esquerda, depois de muita cerimónia academista para tirar a bola, com Renan a desviar para a nossa baliza. Na instalação sonora do Estádio do Restelo o golo foi atribuído a Tiago Caieiro, mas a sensação com que fiquei é que foi o atleta brasileiro que desviou para a nossa própria baliza. Ao minuto 69 chegou o empate na eliminatória. Pontapé de canto para o Belenenses e Tiago Caeiro a elevar-se e, sem grande oposição, fez o 2-0.

O Belenenses continuou a carregar com perigo sobre a baliza academista mas sem grandes oportunidades. Com as entradas de Tiago Borges e Luisinho, à entrada para o último quarto de hora, o Académico conseguiu esticar o seu jogo. Teve nos descontos a melhor oportunidade – Luisinho surgiu isolado sobre a esquerda mas, com todo o tempo do mundo para se aproximar da baliza, acabou por tentar fazer um chapéu que saiu ... passe.Não se podem falhar oportunidades destas.

E assim se foi para as grandes penalidades. Costuma dizer-se que é uma lotaria, mas não é. É preciso concentração no que se está a fazer. João Carneiro e Tiago Borges atiraram de forma denunciada e permitiram que Filipe Mendes fosse elevado à categoria de herói dos “pastéis” de Belém.

Uma palavra para os academistas que estiveram no Restelo. Foi uma honra sofrer ao vosso lado. Uma vez Académico, sempre Académico!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

BRAGA - 2 BENFICA - 1 -PERDEU

Braga impõe primeira derrota do Benfica na I Liga

O líder Benfica fica agora apenas com um ponto de vantagem sobre o FC Porto, que é segundo classificado.
Braga celebra golo diante do Benfica
Foto: EPA/JOSÉ COELHO
Éder marcou o golo do empate do SC Braga contra o Benfica
Por João Agre sapodesporto@sapo.pt
O Benfica perdeu, este domingo, com o SC Braga por 2-1, em jogo da oitava jornada do campeonato português, que se disputou no Estádio Axa, na capital minhota. Talisca (2') marcou primeiro para o Benfica, mas os golos de Éder (28') e Salvador Agra (81') ditaram a primeira derrota dos encarnados esta época na I Liga, num excelente jogo de futebol.

O brasileiro Jonas (entrou na segunda parte aos 62 minutos) foi a grande ausência no 'onze' do Benfica para o jogo desta noite. Depois do hat-trick na Taça de Portugal, o avançado de 30 anos era apontado à titularidade, mas o técnico Jorge Jesus voltou a apostar em Lima, tendo a companhia de Talisca no ataque. Na equipa de Jorge Jesus assinalou-se ainda o regresso de Samaris aos titulares. Já no SC Braga, Sérgio Conceição apostou num ataque com Pardo, Zé Luís e Rafa.

O Benfica entrou praticamente a ganhar em SC Braga, com um golo de Talisca logo aos dois minutos de jogo. Os encarnados desdobraram-se num ataque rápido criado por Gaitán e ao qual Eliseu deu a melhor sequência, assistindo o jovem médio brasileiro para o seu sétimo golo no campeonato.

Num começo de encontro frenético, Éder fez o empate para o SC Braga aos 28 minutos. O internacional português concluiu da melhor maneira um contra-ataque perfeito da equipa de Sérgio Conceição, na sequência de uma oportunidade de perigo desperdiçada por Lima na área contrária. O avançado só teve de encostar após uma assistência exemplar de Pardo.

Ao intervalo, e por tudo o que as duas equipas exibiram, o empate era mais que justo.

Os primeiros minutos da segunda parte foram mais ríspidos, com mais tensão no meio-campo e muitas faltas. O SC Braga entrou mais forte na etapa complementar.

Aos 54 minutos, Lisandro tocou em Pardo num duelo na grande área encarnada, parecendo grande penalidade, mas o árbitro Marco Ferreira nada assinalou.

A meio da segunda parte, o SC Braga estava por cima do jogo mas, quando faltavam apenas 15 minutos para o final da partida, o Benfica acompanhou o ritmo dos bracarenses.

Aos 81 minutos, Salvador Agra marcou o golo da vitória bracarense nove minutos depois de ter entrado em ação, numa bela jogada de insistência do avançado português.

Já perto do final do encontro, e depois de uma confusão fora das quatro linhas, que envolveu jogadores e equipa técnica das duas equipas, o árbitro mostrou o cartão amarelo a Enzo Pérez e Danilo. O jogador do SC Braga já tinha uma advertência e foi expulso. O treinador Sérgio Conceição também foi para a rua por protestos.

Com este derrota, o líder Benfica fica agora apenas com um ponto de vantagem sobre o FC Porto, que é segundo classificado.

domingo, 26 de outubro de 2014

SPORTING COVILHÃ - 1 A. VISEU - 1 - PONTINHO

SC Covilhã 1 - 1 Ac. Viseu FC

Estádio José Santos Pinto, 26 de outubro de 2014
12ª Jornada da Segunda Liga
Árbitro: Manuel Mota (Braga)

Sp. Covilhã: Taborda (c); Tiago Moreira, Victor Massaia, Joel e Soares; Nana K (Zé Tiago, 62), Gilberto e Tatui (Yannick, 76); Kizito, Elenilson (Adriano, int) e Erivelto. Treinador:Francisco Chaló.

Ac. Viseu: Ricardo Ribeiro; Tomé, Pedro Santos (c) e Dalbert (João Carneiro, 55); Alphonse, Alex Porto e João Coimbra (Renan, 86); Luisinho, Tiago Almeida e Sandro Lima (Tiago Borges, 72). Treinador: Alex Costa.

Golos: Sandro Lima 23 (0-1), Kizito 69 (1-1)

Começando pelo fim, na nossa opinião o resultado final, o empate, foi inteiramente justo. Na primeira parte esteve melhor o Académico, na segunda houve mais Covilhã, pelo que o resultado tem que se aceitar.

Os primeiros minutos foram de estudo mútuo – como é usual dizer-se – mas foi o Académico que perto do minuto 15 podia ter incomodado a defensiva serrana, mas Sandro Lima, a passe de Tomé, não se enquandrou de forma adequada com a baliza e o seu remate de cabeça, quando estava em boa situação, saiu por cima.

Ao minuto 18 a primeira e grande sensação de perigo. Livre de Luisinho, bola junto ao ângulo direito da baliza covilhanense, com Taborda a brilhar a grande altura. Grande defesa do 99 da casa, que o árbitro não viu, já que não marcou o respectivo pontapé de canto. Minutos depois, aos 21, Luisinho quase aproveitava o adiantamento de Taborda mas a bola saiu ao lado, bem rente ao poste esquerdo.

Adivinhava-se o golo academista e ele aconteceu ao minuto 23. Livre de Alex Porto, bola para o segundo poste, Eridson desvia para o outro poste e Sandro Lima, livre de marcação, a marcar o golo academista. Trabalho de casa bem feito!

Pouco depois, aos 27, Luisinho fica na cara do guarda redes, embora descaído para a direita, picou a bola sobre Taborda, mas a bola não entra. Sandro Lima demorou a reagir e não conseguiu encostar para o fundo das redes.

No minuto 39 e 40 o Covilhã esteve muito perto de marcar. Aí brilhou, e de que maneira, o guardião academista com 3 brilhantes defesas, uma delas é mesmo assombrosa. Brilhou o guardião, não ficaram bem na fotografia os centrais academistas.

Aos 44 minutos excelente contra ataque academista, Sandro Lima - o melhor jogo que lhe vi fazer – abre em Luisinho que ganha em velocidade à defesa serrano mas, à saída de Taborda, e acossado pela defesa caseira, o nosso mágico atirou à rede lateral. Fosse o Luisinho um finalizador nato, não é, e outro galo cantaria.

Na segunda parte o Sporting da Covilhã tomou conta do jogo, fez por merecer o empate, e só não venceu porque Ricardo Ribeiro voltou a ser enorme num lance ao minuto 78.

O golo serrano surgiu ao minuto 69, apontado por Kizito, com a bola a entrar no lado direito da defesa academista, Ricardo Ribeiro, ao tentar sair da baliza, escorregou e quando a bola foi metida no meio não foi capaz de desfazer o cruzamento e o ugandês, atleta do SCC, empurrou para o 1-1 final.

Aos 78 minutos aquele que é, para mim, o momento do jogo, Elenilson surgiu isolado perante Ricardo Ribeiro que fez uma mancha impressionante e retirou o pão da boca do brasileiro.

Foi pena que na segunda parte o Académico não conseguisse  matar o jogo em contra ataque, mérito da equipa da casa, e só por uma vez esteve com perigo na área academista, mas Luisinho e João Coimbra estorvaram-se um ao outro.


Um ponto é um ponto e certamente que ninguém, do nosso lado, ficou triste com o resultado, e a prova disso é o amarelo a Ricardo Ribeiro por ter demorado a colocar a bola em jogo. Que não é bonito, não é.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MONACO - BENFICA - 0 - ZEROS

Nulo

Resultado nulo no Mónaco, que pouco serve aos nossos interesses. Num jogo sem muita qualidade e claramente prejudicado pelo péssimo relvado (se calhar ainda pior do que o da Covilhã no último jogo) acabamos com a sensação de que poderíamos ter conseguido algo mais, mas o resultado aceita-se.


Lisandro no centro da defesa e André Almeida na posição seis foram as duas alterações ao onze mais habitual. Mantendo a tendência desta época, o início de jogo do Benfica foi mau, com bastante dificuldade em lidar com a pressão bastante alta e agressiva exercida pelos jogadores do Mónaco e incapazes de ligar passes para sair de forma organizada para o ataque. Apesar da tal agressividade do Mónaco, cedo começámos a ver os amarelos a cair com alguma facilidade apenas para o nosso lado, e portanto com vinte minutos decorridos já dava para adivinhar que a probabilidade de não chegarmos ao fim com onze jogadores em campo era alta - cedo ficámos com a 'metade' esquerda da nossa defesa amarelada, já que o nosso lado esquerdo foi particularmente massacrado durante estes minutos iniciais e o Eliseu e o Lisandro revelaram dificuldades. Só após o primeiro quarto de hora, e já depois do Mónaco ter desperdiçado uma ocasião incrível para marcar por causa do mau estado do relvado, é que o Benfica conseguiu acalmar e começou a reequilibrar o jogo. Uma boa ocasião do Lima, a centro do Talisca, assustou o Mónaco e deu confiança à equipa, que começou a ser capaz de manter a posse de bola por períodos mais prolongados. O jogo no entanto era quase sempre extremamente desinteressante, com pouquíssimas oportunidades de golo e relativamente mal jogado, se bem que disputado, de parte a parte. No nosso ataque eram sobretudo as arrancadas do Gaitán que iam dando para animar um pouco, mas o nulo ao intervalo era o espelho mais fiel do mau jogo a que assistimos.


Mudaram as coisas um pouco para melhor na segunda parte. O Mónaco ainda deu o primeiro sinal de perigo, num remate cruzado que passou perto do poste, mas começou a ser visível a incapacidade para manter um bloco coeso como tinham feito durante quase toda a primeira parte: quando atacavam, os seus jogadores já demoravam mais tempo a recuperar, o que nos deu tempo e  espaços para explorar transições rápidas para o ataque. O Benfica foi crescendo no jogo e criámos algumas oportunidades de golo promissoras. Uma delas pelo génio do Gaitán, que infelizmente viu o seu remate ser defendido, mas a que mais custou ver desperdiçar esteve nos pés do Salvio, que optou por um remate cruzado (que o guarda-redes defendeu com o pé) quando tinha o Lima e o Gaitán em posição frontal completamente soltos. À medida que caminhávamos para o final do jogo o Benfica parecia estar claramente por cima, e era legítimo ter esperança que o golo surgisse, mas a quinze minutos do fim o Lisandro atingiu o Verme numa bola dividida e viu o vermelho directo. Na repetição é visível que tenta jogar a bola, mas pisa-a e o pé acaba por ressaltar para a perna do Verme. O árbitro não tem acesso a repetições e a entrada é dura, por isso parece-me que a expulsão é justificada. A expulsão mudou completamente o jogo, até porque o Benfica trocou o Gaitán (que estava a ser o nosso jogador mais perigoso no ataque) pelo César e nunca mais voltou a aparecer no ataque. O Mónaco ficou motivado e cresceu no jogo, mas não houve qualquer sufoco, e apenas no período de compensação teve uma oportunidade clara de golo, no seguimento de um canto.


O Gaitán foi para mim o melhor jogador do Benfica, criando desequilíbrios sempre que conseguia arrancar com a bola controlada. Foi pena que a jogada em que fez um túnel ao defesa não tenha resultado em golo. Bom jogo do Enzo, apesar de nos minutos finais me ter parecido que estoirou fisicamente. Gostei também do jogo do André Almeida, que neste momento parece ser o jogador do plantel que melhor entende a posição seis e as suas exigências tácticas.

O resultado não é o que nos interessava, de deixa-nos em sérias dificuldades para conseguirmos sequer o apuramento para a Liga Europa. Não vencermos o Mónaco (que, honestamente, me pareceu uma equipa perfeitamente ao nosso alcance) no próximo jogo em casa poderá significar praticamente o adeus à Europa esta época.

domingo, 19 de outubro de 2014

TAÇA PORTUGAL - SPORTING COVILHÃ - 2 BENFICA - 3 - COMPLICADO

Difícil

Vitória difícil e suada de uma equipa de segundas escolhas no horrível relvado da Covilhã, que nos permitiu carimbar a passagem à eliminatória seguinte da Taça de Portugal. O cenário chegou a complicar-se, mas alguns toques de classe do Jonas acabaram por evitar males maiores.


O nosso treinador não foi nada meigo no que diz respeito a poupanças: foram dez os habituais titulares que ficaram de fora, nem tendo sequer feito a viagem até à Covilhã. Apenas o Artur manteve a titularidade, e daí para a frente tudo novo, com vários jogadores a estrearem-se como titulares e alguns deles a fazerem os primeiros minutos da época. A coisa até nem começou mal, pois logo na primeira jogada o Ola John entrou na área pela esquerda, foi puxado, e do respectivo penálti resultou o primeiro golo, marcado pelo Jonas. Poderíamos ter uma oportunidade para um jogo descansado, em que os menos utilizados pudessem jogar com pouca pressão a aproveitar para mostrar algum serviço ao mesmo tempo que acumulavam alguns minutos nas pernas. Mas a nossa defesa 100% renovada de hoje (André Almeida, César, Lisandro e Benito), seja por falta de ritmo ou de jeito, resolveu fazer um 'best of' daquilo que tínhamos visto durante a pré-época, e meteu água por todos os lados. Particular destaque para o Benito, autor de uma exibição desastrada e cujo erro grotesco teve como consequência directa o golo do empate do Covilhã, obtido aos nove minutos de jogo. O golo motivou o adversário e a partir daí vimos um jogo feio, em que os jogadores pareciam ter dificuldades em lidar com o relvado (ou escorregavam, ou controlavam mal a bola), quase não conseguimos ligar dois ou três passes seguidos, e em que o mau futebol parecia beneficiar sobretudo o Covilhã, certamente mais habituado a lidar com cenários destes. De positivo, uma jogada em que o Pizzi vê o Taborda negar-lhe o golo quase por acaso, depois de um centro do Bebé, e a estreia do Gonçalo Guedes na equipa principal. De negativo, a lesão do Ola John que permitiu essa mesma estreia, e o segundo golo do Covilhã já quase sobre o intervalo, no seguimento de um livre em que a bola foi cair no espaço entre os dois centrais, onde estava um adversário completamente livre de marcação.


A segunda parte não foi muito melhor no que diz respeito à qualidade do futebol apresentado. O Covilhã pareceu recuar um pouco mais no terreno e o Benfica teve (ainda) mais posse de bola. Foi bom que o empate tenha chegado ainda com poucos minutos decorridos, porque acalmou a equipa e evitou que entrássemos demasiado cedo em ansiedade, com o consequente chuveirinho sem critério para a área que se adivinhava que pudesse acontecer. Um passe magnífico do Cristante, longo e por alto para a desmarcação do Jonas nas costas da defesa, acabou com a finalização do brasileiro de primeira, sem deixar a bola cair no chão para um bonito golo. Depois do empate o domínio do Benfica acentuou-se ainda mais e o jogo passou a disputar-se quase exclusivamente no meio campo do Covilha, ainda que não assistíssemos propriamente a um sufoco, já que ocasiões de golo eram poucas. O golo decisivo acabou por surgir a vinte minutos do final, e curiosamente numa jogada de contra-ataque. Após uma subida do Covilhã à nossa área, o Artur teve um raro momento em que soltou a bola rapidamente para o contra-ataque. A bola foi conduzida pelo Gonçalo Guedes pela direita, foi entregue ao Pizzi na zona frontal da área, e depois uma tabela com o Jonas deixou o brasileiro novamente em posição privilegiada para marcar, assinando assim um hat trick na estreia como titular. Nos minutos finais o Covilhã ainda tentou pressionar para chegar novamente ao empate, mas sem conseguir causar grandes calafrios. A melhor ocasião de golo foi mesmo para o Benfica, já a fechar o jogo, quando o Gonçalo Guedes se isolou pela esquerda mas falhou por pouco a oportunidade de assinalar a estreia com um - provavelmente por ter sido pouco egoísta e ter perdido algum tempo a pensar se seria possível servir um colega no meio.


Homem do jogo, sem qualquer discussão, o Jonas. Marcou os três golos e dá para perceber simplesmente pelo toque de bola que é um jogador com qualidade. Para já leva quatro golos em um jogo e meio, o que é um óptimo cartão de visita. Gostei de ver o Gonçalo Guedes estrear-se na equipa principal. Não se pode dizer que tenha brilhado, mas não pareceu acusar qualquer nervosismo e cumpriu. Não gostei da exibição dos dois laterais da equipa, demasiado faltosos e desastrados. O Benito, em particular durante a primeira parte, foi um desastre e o erro que resultou no primeiro golo adversário foi muito mau (provavelmente também foi consequência do mau relvado, mas mais um motivo para não abordar o lance de forma tão descontraída). O Bebé não aproveitou a oportunidade, e estragou diversas jogadas na altura de centrar, depois de ter feito tudo bem para ganhar a linha de fundo. Apesar da assistência para o terceiro golo, não gostei particularmente de ver o Pizzi a fazer de Enzo. Pode ser que com o tempo se adapte melhor e evolua. O Derley também teve um jogo pouco conseguido.

Passou-se a eliminatória e pouparam-se quase todos os jogadores para o decisivo encontro com o Mónaco - para mim é decisivo no que diz respeito à continuidade nas competições europeias, porque uma derrota deverá com quase toda a certeza significar que nem para a Liga Europa iremos. Portanto podemos considerar que a missão foi cumprida, apesar dos sobressaltos.

A.VISEU - 0 SPORTING B - 3 - DESASTRE

Ac. Viseu FC 0-3 Sporting CP B

O Académico de Viseu continua "alérgico" a transmissões televisivas e perdeu por 0-3 com a equipa B do Sporting. 

O Académico alinhou com: Ricardo, Tomé, Tiago Gonçalves, Eridson e Dalbert, Alphonse, João Coimbra, Alex Porto, Tiago Almeida, Sandro Lima e Tiago Borges.

Suplentes: Ivo, Luisinho, Clodoaldo, Renan, Paulo Roberto, João Carneiro e Clayton


O Académico entrou em campo com muita vontade de ganhar o jogo, encostando durante quase toda a 1ª parte a equipa Sportinguista, para o seu meio campo defensivo.

O meio campo academista, e o seu tridente, Alphonse, Alex e João Coimbra, iam criando os espaços necessários, para chegar á baliza contrária.

Houve 2 oportunidades flagrantes, para a equipa viseense chegar ao intervalo a ganhar, que seria o resultado mais justo, uma através de Sandro Lima, que de fora da área remata ao poste, e outra de Tiago Almeida, que na cara do guarda redes, isolado, não conseguiu finalizar.

Na segunda parte João de Deus, lançou Iuri Medeiros, e o Sporting, acabou por equilibrar o desafio, e foi aqui que esteve o segredo do jogo.

Sabemos que a equipa leonina, está recheada de bons valores individuais, a maior parte jogadores internacionais pelos seus países de origem. Podem estar "adormecidos", podem cometer muitos erros, mas de um momento para o outro, convertem 3 oportunidades, em 3 golos e foi o que aconteceu. 

O treinador academista, lança em campo Luisinho, e a equipa viseense finalmente tentou chegar ao golo. Fica a duvida, se Luisinho, estará em baixo de forma ou lesionado, porque doutra forma não se percebe como pode ter começado o jogo no banco.

Mas hoje faltou um ponta de lança ao académico, um finalizador. Os adeptos academistas recordaram-se muitas vezes do "nosso" Cafu.

O Académico ainda sofreu o 3º golo, com a equipa adversária reduzida a 10 jogadores, sintomático.

Quem não marca, sofre, e pareceu-nos que o resultado mais justo seria a partilha de pontos entre as 2 equipas.

Algumas observações:

Falta um ponta de lança e um central de inegável valor, no plantel.

Alex não pode falar apenas nos treinos, e entrar em blackout, durante o jogo, houve tanto para emendar neste jogo, e nem uma palavra ouvimos sair da sua boca.

Sandro Lima e Roberto, não parecem ser soluções para o nosso ataque.

Um jogo transmitido na televisão, deixou uma pálida imagem do valor real da nossa equipa, perdeu-se uma grande oportunidade de cativar novos espetadores.

Parabéns, á direção pela organização do jogo, hoje não vi filas na bilheteira, pois a maior parte foi comprando os bilhetes durante a semana. 

Parece-me por aquilo que ouvi, que os adeptos foram muito castigados, no preço a pagar pelo bilhete extra. Os não sócios puderam assistir ao jogo pagando em alguns casos apenas mais um euro, que os portadores de cativos, também eles muito castigados pelo sorteio adverso, e as malditas jornadas á quarta-feira.

Resta esperar melhores dias já que o campeonato é longo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

CARTOON

Um segundo dos zero aos cem

PRESSE

SÉRVIA-ALBÂNIA
15-10-2014 20:50

10 momentos de tensão política no desporto

O episódio no Sérvia-Albânia foi apenas o último exemplo de momentos em que a política dissolve a esfera do desporto.
Adeptos da Albânia
Foto: ARMANDO BABANI / EPA
Adeptos albaneses em Tirana depois do cancelamento do Sérvia-Albânia.
Por Gaspar Castro sapodesporto@sapo.pt
A "batalha campal" de Belgrado foi a última prova de que, contra o desejo de muitos, política e desporto continuam a ser indissociáveis. O episódio do drone munido de uma bandeira representativa de uma "Grande Albânia", que reivindica territórios kosovares, sérvios, montenegrinos, macedónios e até gregos, levou a um motim em pleno relvado e trouxe à memória outros momentos em que a política se intrometeu no desporto.
Durante os Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, uma partida de pólo aquático entre a União Soviética e a Hungria acabou conhecida como o jogo do "Sangue na Água". Tinham-se passado meras semanas desde os eventos da Revolução Húngara, que levaram à morte de mais de 2,500 soldados húngaros e cerca de 700 soviéticos, e todo o jogo estava envolto em tensão política. Os ânimos acenderam-se na água e um jogador húngaro abandonou a piscina a sangrar copiosamente da cara. Não fosse a intervenção da polícia e teria havido um motim em pleno jogo. Os eventos inspiraram até um documentário, "Freedom's Fury".
Tommie Smith e John Carlos, dois atletas negros norte-americanos, protagonizaram um momento de protesto contra o racismo durante os Jogos Olímpicos do México, em 1968. Smith e Carlos tinham acabado de conquistar o primeiro e terceiro lugares, respetivamente, na final dos 200 metros, e tiveram a "ousadia" de erguer os braços durante o hino dos Estados Unidos da América em apoio ao movimento do "Black Power" (poder negro). Na altura, o gesto foi duramente criticado pelo Comité Olímpico Norte-Americano mas defendido pela comunidade negra.
Um ano depois, uma série de manifestações contra o "apartheid" marcou a visita da equipa de râguebi da África do Sul a Londres. Num dos episódios mais conhecidos, o autocarro da formação sul-africana, composta inteiramente por jogadores brancos, foi sequestrado por um manifestante. Um dos jogadores conseguiu agarrar o condutor pelo pescoço e o veículo embateu numa série de carros estacionados. Em outros jogos da digressão em Inglaterra houve invasões de campo e jogos disputados em recintos rodeados por arame farpado.
O "massacre de Munique", durante os Jogos Olímpicos de 1972, é talvez o mais mediático de todos os eventos do género no mundo do desporto. O atentado da organização palestiniana Setembro Negro resultou na morte de onze membros da comitiva israelitas (cinco atletas e seis membros do corpo técnico). Um oficial da polícia alemã e cinco membros da Setembro Negro também morreram nos eventos, que deram origem a um filme realizado por Steven Spielberg em 2005.
Em 1980, 62 países boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscovo, incitados pelo presidente norte-americano Jimmy Carter. Na origem do protesto estava a entrada das forças soviéticas no Afeganistão, em 1979, que originou uma guerra que durou nove anos. Apenas 80 países participaram nos Jogos de 1980. Quatro anos depois, 14 países do bloco soviético recusaram-se a participar nos Jogos de Los Angeles.
Em 2004, Carlos Delgado, jogador porto-riquenho de basebol, recusou-se a levantar-se durante o "God Bless America", uma canção patriótica norte-americana. O conhecido pacifista fê-lo em protesto contra a utilização da ilha de Vieques, em Porto Rico, como zona de teste de bombardeamentos por parte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Delgado opunha-se ainda às intervenções norte-americanas no Afeganistão e no Iraque.
Ao longo de toda a sua carreira como futebolista, Paolo di Canio ficou conhecido pelo apoio demonstrado a ideologias fascistas. O antigo jogador italiano, que passou por Juventus, Milan e Lazio, fez por diversas ocasiões a saudação fascista associada ao regime de Mussolini durante partidas, em particular em jogos contra o Livorno, clube conotado com a política de esquerda. Na sua auto-biografia, di Canio descreveu Benito Mussolini como um "indivíduo de princípios" que era "mal compreendido". A afiliação política do antigo avançado continua a ser contestada até hoje.
A 3 de março de 2009, homens armados dispararam sobre um autocarro da equipa de críquete do Sri Lanka, que se deslocava para o Estádio Kadhafi em Lahore, Paquistão. Seis membros da equipa ficaram feridos, enquanto seis oficiais da polícia paquistanesa e dois civis perderam a vida. A culpa do atentado recaiu sobre militantes do Lashkar-e-Jhangvi, grupo que até se envolve frequentemente em atentados contra muçulmanos xiitas.
Menos violento foi o protesto dos Phoenix Suns, em 2010, contra a lei de imigração do estado norte-americano do Arizona. O ato legislativo que foi apresentado pelo Senado do Arizona como "Safe Neighborhood Act" ("Ato para um Bairro Seguro") gerou controvérsia e os Phoenix Suns tiveram uma palavra a dizer. A equipa norte-americana envergou camisolas com as palavras "Los Suns" como forma de homenagear os seus adeptos das comunidades latinas.
Já no atual ano, o Campeonato do Mundo de futebol, realizado no Brasil, motivou inúmeros protestos da população brasileira contra a realização do evento. As manifestações contra a realização da prova foram particularmente frequentes nos meses que a precederam e resultaram em dezenas de feridos nas principais cidades brasileiras, em confrontos entre a população e a polícia. Romário, antigo jogador e atual senador do estado do Rio de Janeiro, apelidou o evento de "maior roubo da história" e alegou que os gastos públicos terão atingido os 36 mil milhões de euros.

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terça-feira, 7 de outubro de 2014

BENFICA - 4 AROUCA - 0 - LÓGICA

Enxurrada

Demorámos setenta e cinco minutos até conseguirmos furar a organização do Arouca (a dificuldade potenciada ainda por uma primeira parte jogada a um nível muito pouco aceitável da nossa parte), mas depois de conseguirmos marcar o primeiro golo tudo se tornou mais fácil, e a enxurrada de golos que se seguiu permitiu-nos acabar com uma goleada que nem espelha bem as dificuldades por que passámos neste jogo.


A nota de maior destaque no onze foi a ausência do Enzo. Jogou então o Derley de início, ficando o meio campo composto pelo Talisca e o Samaris. Na defesa, a já anunciada ausência do Jardel resultou na titularidade do Lisandro. A primeira parte foi muito complicada. Muito mérito do Arouca, que não veio estacionar o autocarro à frente da baliza, não fez antijogo, e soube manter-se muito bem organizado, ocupando bem os espaços todos, exercendo uma pressão muito forte sobre o portador da bola, e depois conseguindo sair rapidamente para o ataque sempre que a recuperava. O nosso meio campo revelou naturais dificuldades perante a superioridade numérica do adversário nessa zona, até porque o Talisca não está propriamente talhado para grande trabalho defensivo e o Samaris não podia estar em todo o lado ao mesmo tempo. Para complicar ainda mais as coisas, o Gaitán não estava nos seus dias, e sabemos bem que a sua criatividade é fundamental para inventar espaços e ultrapassar a organização defensiva dos adversários. As dificuldades do Benfica ficam bem expressas no facto de só bem depois dos vinte minutos termos conseguido fazer o primeiro remate do jogo (um remate disparatado do Gaitán) e ainda foi necessário esperar mais para vermos uma oportunidade de golo, num remate do Derley. O Arouca, pelo contrário, foi a equipa mais perigosa em campo durante a primeira parte, e bem podemos agradecer ao Artur o facto de não termos ido para o intervalo em desvantagem. Foram pelo menos três as defesas de grau de dificuldade elevado que lhe contei, e que ajudaram a manter o adversário em branco. Só nos minutos finais da primeira parte é que o Benfica finalmente conseguiu ameaçar um pouco mais e quase sempre através do Talisca, que rematava à baliza assim que tinha oportunidade. Mesmo sobre o final, o Lima lesionou-se e de ao Jonas a oportunidade de se estrear com a nossa camisola.



A segunda parte confirmou que o Gaitán de facto não deveria estar nas melhores condições, já que cedeu o seu lugar ao Ola John. Entrámos um pouco melhor para o segundo tempo e embora as dificuldades continuassem, pelo menos já se via a equipa acercar-se com mais perigo da baliza adversária, tendo mesmo enviado uma bola ao poste nos primeiros minutos, seguida de uma grande defesa à recarga do Jonas. A nossa equipa foi no entanto revelando um crescente nervosismo à medida que os minutos iam passando sem que o golo surgisse - para mim um nervosismo exagerado para o tempo que ainda havia para jogar. Quando nos aproximámos do meio da segunda parte o Arouca, tal como tinha acontecido com o Moreirense no último jogo em casa, começou a pagar a factura do grande desgaste físico que a pressão quase constante que tentaram exercer causou, e o espaço para jogar no meio campo começou a aumentar. Outro factor que na minha opinião acabou por ser decisivo foi a saída do Bruno Amaro. Durante todo o jogo ele ocupou a zona em frente à sua defesa e tinha como missão travar o Talisca de qualquer forma. Quando as pernas começaram a faltar, o recurso às faltas começou a ser cada vez mais frequente, até que o lagartão Hugo Miguel foi mesmo forçado a amarelá-lo para aí à sexta falta cometida. O Pedro Emanuel acabou por ser forçado a substituí-lo, porque se tornou evidente que acabaria por ser expulso - quando foi substituído já deveria mesmo estar na rua, mas o árbitro conseguiu não lhe dar o segundo amarelo depois de um flagrante e intencional corte com a mão. Coincidência ou não, minutos depois da sua saída (a quinze minutos do final) o Talisca arrancou pelo meio, tabelou com o Derley, e de pé direito fuzilou a baliza. A partir daí foi a derrocada do Arouca, que sofreu mais três golos em menos de um quarto de hora. Primeiro foi o Salvio que entrou pela direita e ofereceu ao Derley um mais que merecido golo, e depois foi o Ola John a fazer o mesmo por duas vezes pela esquerda, oferecendo o terceiro ao Salvio e o quarto ao estreante Jonas.



Os melhores jogadores do Benfica foram para mim o Talisca e o Derley. Não faço distinção entre ambos, porque foram igualmente importantes nesta vitória. O Talisca marcou o importante primeiro golo, que desatou o nó complicado em que o jogo se estava a tornar, mas mesmo durante a má primeira parte foi o mais rematador da equipa. O Derley merece a distinção pelo empenho que teve em todo o jogo. Fez a tabela com o Talisca no primeiro golo e marcou o segundo, mas acima de tudo gostei da atitude dele. Não é nenhum portento técnico, mas deu tudo o que tinha, lutou por cada bola que lhe chegou, e com ele o Benfica teve alguma capacidade para segurar a bola na frente. Muito importante também o Artur na primeira parte, em que foi o principal responsável por manter o resultado em branco. Gostei de ver o Samaris hoje, sobretudo quando se libertou da posição mais defensiva e avançou no terreno, já que parece sentir-se mais à vontade em zonas mais adiantadas. O Ola John, tal como contra o Moreirense, voltou a entrar bem e a ser decisivo. E para terminar, se calhar até é um bocado embirração minha com o Jardel, mas gostava mesmo que o Lisandro tivesse oportunidade para jogar mais alguns jogos a titular - mesmo tendo hoje cometido um erro na primeira parte.

O resultado pode ser algo injusto para o Arouca, que pelo que fez na Luz talvez não merecesse uma derrota tão pesada. Mas acabou por pagar a factura do enorme esforço que despendeu a tentar travar o jogo do Benfica, que teve o mérito de insistir até final sem sequer abrandar depois de alcançada a vantagem. Temos o ataque mais concretizador do campeonato, o Talisca, com quem os nossos adversários tanto gozaram na pré-época, é o melhor marcador e continua a resolver jogos, e mantemos os quatro pontos de vantagem sobre o nosso adversário. No final, é isso o que interessa.

LEIXÕES - 1 A.VISEU - 1 - AZIADO

Leixões SC 1-0 Ac. Viseu FC

Estádio do Mar, 5 de outubro de 2014
10ª Jornada da Liga 2
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

Leixões: Chastre; Gonçalo Graça, Orlando, Pedro Pinto e João Pedro; Tiago Lenho, Moedas (Novais, 66) e Cadinha; Mendes (Chiquinho, 83), Valente e Alemão (Preciado, int). Treinador: Horácio Gonçalves.

Ac. Viseu: Ivo Gonçalves; Tomé, Pedro Santos, Eridson e Dalbert (Filipe Nascimento, 90+2); Alphonse, Alex Porto e João Coimbra (Renan, 80); Luisinho, Tiago Almeida (Sandro Lima, 61) e Tiago Borges. Treinador: Alex Costa.

Golo: Valente 90 (1-0)

“Um golo de Valente, mesmo ao cair do pano, permitiu ao Leixões somar três ponto na receção ao Ac. Viseu.
A primeira parte foi dominada pelos forasteiros, que pecaram na finalização, muito por culpa da boa exibição do guarda-redes Chastre. A equipa do “mar” só acordou nos 10 minutos finais, onde teve duas boas ocasiões de golo. Os segundos 45 minutos foram equilibrados, mas o Leixões acabou por merecer o golo do triunfo.”

In Record.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

LEVERKUSEN - 3 BENFICA - 1 - FRACA

Fraca

Exibição muito fraca esta noite na Alemanha e derrota mais do que justa perante um Leverkusen que foi melhor em todos os aspectos do jogo. Já disse diversas vezes qual é a importância que eu dou à Champions, mas independentemente disso não posso ficar indiferente a um desempenho muito abaixo de qualquer mínimo aceitável, que foi aquilo a que assistimos esta noite.


Foi visível desde o apito inicial que seria muito difícil conseguirmos o que quer que fosse deste jogo. Os alemães submeteram-nos a uma pressão intensíssima e nós fomos praticamente incapazes de sair do nosso meio campo, e nem sequer de armar uma jogada com dois ou três passes seguidos. O Leverkusen foi superior em tudo, colectivamente e individualmente. Foi como se nós estivessemos a jogar de bicicleta e eles de BMW. Qualquer bola dividida entre um dos nossos e um alemão acabava quase invariavelmente da mesma forma: com o nosso jogador no chão e a bola nos pés do adversário. No meio campo fomos completamente atropelados, e os alemães insistiram sobretudo pelo lado esquerdo da nossa defesa, que foi incapaz de dar conta do recado. A pressão alemã foi impiedosa até que chegou finalmente a um merecido golo, aos vinte e cinco minutos de jogo - nesta altura o Benfica tinha feito zero remates no jogo o que, convenhamos, até tinha toda a lógica porque provavelmente ainda não tínhamos passado do meio campo. O golo resultou da recarga a um remate largado pelo Júlio César, que já antes tinha largado a bola. Poucos minutos depois chegou o segundo golo, numa jogada que já tinha sido repetida várias vezes: entrada pelo lado esquerdo, centro atrasado e remate de um adversário vindo de trás sem o devido acompanhamento pelos médios.


Só depois do segundo golo é que o Benfica conseguiu finalmente respirar um pouco, mas claramente mais como consequência de algum abrandamento por parte dos alemães do que por subida de rendimento da nossa parte. A segunda parte foi jogada mais nesse ritmo, em que pelo menos não éramos pressionados logo à saída da nossa área e ainda conseguíamos trocar a bola mais ou menos à vontade na nossa defesa, mas a partir do meio campo a história era diferente: parecia que só se viam camisolas vermelhas do Leverkusen por toda a parte, e quase nenhum espaço para jogarmos, sendo a bola perdida muito rapidamente. A meia hora do final, praticamente na primeira vez que o Gaitán conseguiu ter uma bola controlada perto da área adversária, deixou três adversários para trás e entregou ao Salvio na direita, que evitou um adversário e de pé esquerdo fez um golo que, com toda a honestidade, nada tínhamos feito por merecer. Mas nem deu sequer para começar a alimentar qualquer esperança de entrarmos na discussão do resultado, porque a bola foi ao meio campo e na jogada seguinte, numa raríssima ocasião em que um árbitro de baliza se lembrou que está lá para fazer algo mais do que ser um mero espantalho, assinalou um penálti no mínimo manhoso do Jardel sobre o Kiessling, e o resultado voltou outra vez para os dois golos de diferença. E o jogo terminou efectivamente aí, porque durante o tempo que restou jogou-se a um ritmo muito reduzido. O Leverkusen estava satisfeito e não parecia disposto a esforçar-se muito mais, mantendo o jogo sempre perfeitamente sob controlo, e nós não mostrámos qualquer capacidade para alterar o rumo dos acontecimentos.
Seria fácil estar a desancar alguns dos suspeitos do costume depois de um jogo destes, mas francamente, o nosso jogo desta noite foi tão mau sob todos os aspectos que seria injusto fazê-lo. Foi tudo demasiado mau.

Não vou entrar pelo discurso do 'há que levantar a cabeça' porque para mim nunca a baixamos. Mas no domingo já terei posto este jogo para trás das costas e lá estarei a apoiar os nossos contra o Arouca. O campeonato é a nossa principal prioridade e eu concordo completamente com essa estratégia. Mas esta noite estivemos muito mal, e se eu não estou à espera que o Benfica aposte as fichas todas na Champions, pelo menos espero que consigamos deixar uma imagem minimamente condigna ao nome do Benfica. E não foi isso o que aconteceu hoje.

A.VISEU-3 MARITIMO B - 0 -EXEMPLAR

Ac. Viseu-Marítimo B, 3-0: São já seis jogos sem perder
PUPILOS DE ALEX COSTA EM GRANDE

 
Treinador Alex Costa continua a dar-se bem em Viseu.
 
O Ac. Viseu venceu esta quarta-feira em casa o Marítimo B, por 3-0, em jogo da nona jornada da 2.ª Liga, e somou o sexto jogo consecutivo sem perder na prova.

Ainda os poucos espectadores presentes nas bancadas do Fontelo se acomodavam nas cadeiras e já Tiago Borges marcava um grande golo. Aos três minutos, o avançado viseense rematou, fortíssimo, à entrada da área, sem hipóteses de defesa para José Sá.

Os comandados de Alex Costa sacudiam assim alguma pressão sobre a equipa, depois do inesperado afastamento da Taça de Portugal, no domingo passado, frente ao Famalicão. A perder, o Marítimo B começou a procurar a baliza academista, com Filipe Oliveira a comandar as ações ofensivas da equipa, conseguindo criar algumas situações perigosas para a baliza de Ivo Gonçalves, mas o resultado não se alterou, com o Académico a desperdiçar, também, boas oportunidades para dilatar a vantagem.

Na segunda parte, logo aos 52 minutos, Alex Porto serviu Tiago Borges, que, em plena área, desperdiçou o que seria o segundo do Académico. Kukula, aos 65 minutos, enviou a bola à barra da baliza de Ivo Gonçalves, naquela que foi a melhor oportunidade dos madeirenses em todo o jogo. E foi numa altura em que o Marítimo B era mais perigoso que Tiago Almeida, aos 69 minutos, fez o segundo para os viseenses. O mesmo jogador viria a bisar aos 81 e fechou o resultado no 3-0 final para o Ac. Viseu.

Jogo do Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu.

Ac. Viseu - Marítimo B, 3-0.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores: 1-0, Tiago Borges, 3 minutos. 2-0, Tiago Almeida, 69'. 3-0, Tiago Almeida, 81'.

Equipas:

Ac. Viseu: Ivo, Tiago Costa, Pedro Santos, Eridson, Dalbert, João Coimbra (Renan, 73'), Alex Porto, Alphonse, Tiago Almeida (Sandro Lima, 82'), Luisinho e Tiago Borges.

Suplentes: Ricardo Ribeiro, Sandro Lima, Clodoaldo, Renan, Tomé, Paulo Roberto, Clayton.

Treinador: Alex Costa.

Marítimo B: José Sá, Luís Olim, Bernardo Lopes, Carlos Daniel (Amaro Neto, 62'), Kaj, Tiago (Panin, 73'), Pana, Filipe Oliveira, Kukula, Kevyn (Ibrahim, 73'), Xavier.

Suplentes: Rui Vieira, Ibrahim, Cristiano, Amaro Neto, Jake, Marco Barbeiro, Panin.

Treinador: João Carvalho.

Árbitro: João Pinheiro (Braga).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Pedro Santos (14'), Kaj (44'), Tiago Costa (53'), Panin (78'), Ibrahim (90'+1).