Injusto
Incompetência em frente à baliza, um guarda-redes excepcionalmente inspirado (e, porque não dizê-lo, uma arbitragem nefasta) conjugaram-se para resultar num empate injusto e na perda de dois pontos.
No segundo tempo isto alterou-se com a entrada do Nélson Oliveira, saindo o Matic com o consequente recuo do Witsel e do Aimar no campo. O Nélson entrou de rompante e podia ter marcado logo vinte e cinco segundos depois do recomeço, mas o seu remate falhou o alvo. A sua entrada mexeu com o jogo, e o primeiro quarto de hora foi de pressão muito intensa por parte do Benfica, mas o desperdício (em particular do próprio Nélson Oliveira, a quem contei pelo menos três ocasiões claras de golo desperdiçadas) e a inspiração do Peiser continuaram a negar-nos o merecido golo. Não sei se teríamos conseguido marcá-lo ou não, mas fiquei com a sensação de que deitámos fora vinte e cinco minutos (os que faltavam para o final mais os descontos) quando fizemos a substituição do Aimar pelo Djaló. Perdemos lucidez (o Bruno César não foi nada feliz nas funções do Aimar), o Djaló nada trouxe ao jogo, a equipa ficou praticamente partida ao meio, com cinco jogadores que só atacavam, e começámos demasiado cedo a apostar no futebol directo. A Académica, que já tinha mostrado estar mais do que satisfeita com o empate e tentava queimar tempo sempre que possível, até conseguiu nessa fase esboçar alguns contra-ataques, embora sem grande perigo, e o injusto nulo persistiu teimosamente até final.
Garay, Maxi Pereira e Witsel foram aqueles que, na minha opinião, estiveram melhor hoje. Sem surpresa, nenhum dos jogadores mais ofensivos me impressionou, tendo em conta o desperdício a que assistimos. O Nélson Oliveira mexeu com o jogo, mas falhou em demasia.
Se em Guimarães fiquei preocupado com a exibição e até a atitude da equipa, hoje nada tenho a apontar à equipa nesse aspecto. Saí do estádio com a convicção de que não desistiram de lutar até ao último segundo pela vitória, mesmo que na fase final já o tenham feito muito mais com o coração do que com a cabeça. Estou obviamente desapontado com a perda destes dois pontos que, repito, me parece bastante injusta, mas a minha confiança na conquista deste campeonato mantém-se inabalada. Agora no próximo jogo as opções são simplesmente ganhar ou ganhar. Estamos num momento menos feliz, mas lá estarei para apoiar e ajudar o meu clube a reerguer-se.
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