quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

HERTHA -1 BENFICA -1 - FRAQUITO


Benfica continua sem vencer na Alemanha

E ainda não foi desta que o Benfica inverteu a história em solo germânico. Sem nunca ter ganho na Alemanha, o Benfica contentou-se com um empate que em Lisboa até pode dar sabor… a vitória.

Jogada a primeira parte da eliminatória e quando a segunda metade vai ser discutida na Luz, não pode dizer-se que o empate a 1 seja um mau resultado. Pelo contrário, é até positivo e abre boas perspectivas à equipa encarnada para a passagem à fase seguinte da Liga Europa.

Mas terá sido a entrada afortunada em jogo que mais prejudicou os encarnados. Logo aos 3’, Di Maria furou a defesa do Hertha e atirou a contar, depois de Carlos Martins ter acertado com um passe a mais de 30 metros.

Dificilmente a equipa de Jorge Jesus esperaria uma entrada mais feliz no jogo da capital alemã. Mais improvável do que marcar logo aos 3’ só o pé com que Di Maria colocou os encarnados em vantagem: recebeu com o esquerdo, flectiu para o meio e rematou com o direito.

O Benfica entrava a ganhar no Olímpico de Berlim e o avanço inesperado no marcador podia ter servido de embalo para uma noite que se queria histórica.

Mas não, o Hertha soube recompor-se e o Benfica não carregou e resolveu como se previa. Depois de uma entrada praticamente a ganhar, o Benfica abrandou.

Com o passar dos minutos, o Hertha (bem melhor do que aquele que há dois meses defrontou o Sporting) foi-se refazendo do abalo inicial e passou a responder de igual para igual ao domínio encarnado.

O Benfica tinha mais posse de bola, mas chegava à baliza de Drobny invariavelmente sem grande perigo. O equilíbrio acentuava-se e foi nesta toada morna que o Hertha chegou ao empate, num lance caricato em que Javi Garcia, infeliz, traiu Júlio César e fez auto-golo, quando estavam decorridos 33’

O Hertha iniciou jogada pelo flanco direito e depois de um cruzamento sem grande perigo Javi decidiu pôr, também ele, o pé direito à bola e oferecer o empate ao Hertha.

O intervalo chegou com o 1-1 a ajustar-se aos acontecimentos e à entrada da segunda parte o Hertha cedo mostrou que, ao contrário do que se dissera na antevisão do jogo, vinha para discutir o jogo e tentar a vitória, tomando a iniciativa de jogo e contando com um Benfica de baixa rotação.

Mas até foram os encarnados que podiam ter “mexido” no marcador. Aos 52’ Ramires é derrubado na grande área, mas nem o árbitro nem os seus dois assistentes mais perto do lance viram que o brasileiro tinha sido derrubado.

O jogo seguiu e para perto da baliza de Júlio César, com Nicu a deslumbrar-se perante o guardião e a atirar ao poste.

Dois minutos volvidos e Cícero proporcionou ao guarda-redes brasileiro a defesa da noite, num voo em que desviou o remate para canto. O Hertha apertava então o cerco à baliza encarnada.

Os encarnados responderam com um remate desastrado de Cardozo, depois de Aimar já ter entrado em campo, mas nem o argentino deu maior clarividência às ideias da equipa portuguesa.

Até ao fim, equilíbrio como nota dominante e destaque para um cabeceamento de Cardozo que podia ter dado a vitória ao Benfica, mas que Drobny deteve com segurança.

O Benfica recebe na próxima terça-feira o Hertha no Estádio da Luz, na segunda mão destes 16 avos-de-final, e o empate a 1 registado esta noite em Berlim confere, em teoria, vantagem aos encarnados na decisão da eliminatória.

Mas os encarnados terão de suar e contar com mais inspiração do que aquela que hoje evidenciaram no Olímpico de Berlim.

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