segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A..VISEU - 0 MARINHENSE - 1 - ESTIVE LÁ FOI FRUSTANTE



Sem 'armas' não se ganha a 'guerra'
O Académico de Viseu não merecia, de longe, perder este jogo mas, valha a verdade, também não conseguiu fazer o suficiente para merecer o triunfo. O resultado, esse, premiou o 'anti-jogo', um futebol defensivo e a equipa que pior futebol jogou e a que menos qualidade apresentou em campo. Por outro lado, pode entender-se o mesmo como mais um 'castigo' para um Académico que, apesar de não contar com muitos dos habituais titulares, teve mais uma exibição desgarrada, sem 'alma', e que só muito a espaços penetrou com sucesso a defesa contrária.
António Borges não contava com o capitão Rui Santos, com o ponta-de-lança Guima (que falta fez!), Álvaro, Marco Almeida, Zé Bastos e Augusto.
Não espantam, por isso, as adaptações realizadas. Paulo Gomes repetiu a titularidade de Touriz e Calico subiu no terreno. Hugo Seco foi o extremo de serviço (o único), enquanto Tomé andou perdido algures entre um médio criativo e um extremo esquerdo. Everson, completamente longe da forma a que nos habituou, começou 'colado' à posição habitual de Guima mas depressa se percebeu que aquele não é o seu lugar.
Na baliza, uma estreia. Paulo Freitas, apesar da boa exibição no domingo passado, foi para o banco e cedeu o lugar a Rui Marcos. Deste pouco se pode dizer. Na 1.ª parte, por exemplo, só teve 1 intervenção, ao sair bem a punhos a um livre. Foi o espectador mais atento da partida.

Ataque desequilibrado
Cedo se percebeu que a tarde não seria fácil para o Académico de Viseu. António Borges já o havia previsto na quinta-feira e aconteceu mesmo o que o técnico academista temia. Os viseenses começaram bem, com boa troca de bola, e explorando a rapidez de Hugo Seco pela direita (Académico quase nunca subiu pelo flanco esquerdo) mas teve pouco sucesso a táctica dos locais, passando a ser mais evidentes as dificuldades do Académico em ultrapassar a última barreira do Marinhense.
Aos 26', o 'central' Tiago aproveitou um erro dos contrários para se isolar mas faltou-lhe perícia na altura do remate e, antes, Fernando apareceu sozinho na área mas o lance foi anulado por fora-de-jogo que deixou dúvidas.
Aos 28', Hugo Seco centrou para a cabeça de Tomé mas este atirou fraco e à figura de Pedro Duarte e aos 43', Seco tentou uma espécie de cruzamento que quase enganava o guardião visitante.
Perto do intervalo Rui Marcos fez a 1.ª e única intervenção de realce em todo o jogo. Num livre cobrado pelo lado esquerdo, o novo guarda-redes dos viseenses saiu a punho para tirar com sucesso o esférico da sua área.
A 2.ª parte em pouco foi diferente. Diferente só mesmo a atitude do Marinhense… para pior. Os jogadores de José Petana fizeram o 'seu jogo' e só nos primeiros 10 minutos foram 3 os jogadores a perderem mais de 1 minuto no relvado por 'lesão'. Tal teve o efeito desejado, ou seja, enervar o Académico e espreitar o contra-ataque para surpreender. Só que aí o Marinhense também mostrou ser muito fraco e Rui Marcos continuava tranquilo.
As oportunidades de golo foram poucas ou nenhumas já que a maior parte do tempo o jogo esteve interrompido com sucessivas 'lesões' dos homens da Marinha Grande.
Apenas aos 88 minutos haveria perigo, só que, para variar, do lado contrário. Dárcio tentava entrar na grande área e é derrubado por um academista. O lance parece ocorrer fora da grande área mas o árbitro Luís Ferreira não teve dúvidas em assinalar grande penalidade. Lance discutível que deixaria o Marinhense na frente do marcador. O mesmo Dárcio converteu com sucesso ainda que Rui Marcos chegasse a desviar com a ponta dos dedos.
Com o jogo a terminar, já não havia 'cabeça' para os academistas chegarem, sequer, à igualdade e tal provou-se aos 90' com Fernando a ser expulso por agressão a Moita. Por esta altura, António Borges adaptava Cabido a extremo direito, numa demonstração clara da falta de 'banco' no Ac.Viseu.
Derrota trágica que "afunda" o Académico nos lugares de descida. O resultado é injusto para a equipa que teve mais posse de bola mas que foi incapaz de "comandar" o jogo, mostrando enormes dificuldades para chegar à área contrária, tal como preconizava António Borges. Faltou também, nalguns momentos, a paciência que o técnico pedia, talvez pela exigência dos adeptos que não admitiam ver a equipa trocar a bola a meio-campo.
Arbitragem irregular.

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