Equipa das quinas vence em Tirana com golo nos descontos
Um golo de Bruno Alves, já em período de descontos, permite a Portugal continuar a sonhar com a presença no Mundial 2010. O central fez de ponta de lança na recta final do encontro com a Albânia e acreditou até ao fim, acabando por fazer o golo da vitória (1-2).
Para quem sabia que só a vitória interessava, a equipa das quinas fez uma exibição muito fraca, mas conseguiu «in extremis» conquistar três pontos que permitem continuar a sonhar. Mas fica o aviso: para chegar à África do Sul é preciso mostrar muito mais.
Aposta furada
Carlos Queiroz apostou em Boa Morte para o «onze», mas nem assim Portugal soube explorar os flancos. O jogador do West Ham não conseguiu desequilibrar no flanco esquerdo e não estranhou que tivesse sido substituído ao intervalo. Do lado direito também não se tiraram grandes lucros, já que Ronaldo procurou outras zonas do terreno, mais nas costas de Hugo Almeida.
Ainda assim se diga que Ronaldo foi o principal animador dos primeiros minutos. Logo aos 18 minutos o capitão da equipa das quinas «furou» a barreira albanesa e entrou na área, mas foi travado em falta. O árbitro nada assinalou.
Ao ataque português faltava criatividade, pelo que os desequilíbrios eram raros. A excepção surgiu aos 27 minutos. Bosingwa apareceu junto à linha de fundo e tirou um cruzamento traiçoeiro para a área, enganando a defesa albanesa e permitindo a Hugo Almeida inaugurar o marcador.
Portugal tinha conseguido o mais difícil, que era regressar aos golos, mas dois minutos depois voltou tudo à estaca zero. Uma distracção da defesa lusa permitiu a Skela aparecer no lado esquerdo e cruzar na perfeição para Bogdani, que saltou mais alto que Duda e fez o empate.
A salvação veio da rectaguarda
Na segunda parte, e mesmo com Simão no lugar de Boa Morte, Portugal continuou a evidenciar os mesmos problemas. A equipa das quinas tinha mais posse de bola, é certo, mas não havia qualquer dinâmica ou criatividade na construção dos ataques. Sem colectivo, o «onze» de Queiroz parecia esperar por um rasgo individual para chegar à vitória.
Aos 60 minutos a Albânia até podia ter chegado à vantagem. Ricardo Carvalho entregou a bola ao adversário e depois parece ter cometido grande penalidade, que o árbitro não assinalou. O empate estendia-se também ao número de penalidades «perdoadas».
Queiroz decidiu depois lançar Edinho e Nani, para jogar em 4x4x2, mas nos últimos minutos o ataque foi alargado com a subida no terreno de Bruno Alves. E se Portugal ainda alimenta a esperança de chegar ao Mundial, ao central o deve. Bruno Alves acreditou até ao fim, e aproveitou um cruzamento largo de Raúl Meireles para saltar mais alto do que o guarda-redes Hidi e fazer o golo salvador.
Poucos dias depois de saber que tinha sido eleito o melhor jogador da Liga portuguesa, o defesa volta a ser a figura maior.
Carlos Queiroz respira de alívio, mas o cenário continua a ser muito negro. Para quem tem de ganhar todos os jogos até ao final de apuramento, a equipa das quinas precisa jogar muito mais.
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