Encarnados aproveitam da melhor forma as escorregadelas dos adversários
Em final de tarde na Luz, o Benfica não podia ter aproveitado de melhor forma os deslizes dos adversários. Na receção ao Marítimo, os encarnados golearam por 5-0 com destaque para o bis de Ramos e a estreia a marcar de Draxler.
Com este resultado, os encarnados mantém-se na onda de vitórias com 13 vitórias em 13 jogos.
Schmidt aposta em Aursnes, João Henrique coloca dois novos elementos
Num encontro com extrema importância para ambas as equipas, a mensagem começou a ser dada desde cedo pelo comando técnico. Roger Schmidt, depois de uma semana europeia, deu um refresco ao miolo do terreno e promoveu a titularidade de Aursnes ao invés de Florentino - dono da posição até ao momento.
Ainda assim, o sistema dos encarnados não sofreu grandes alterações. As habituais rotinas mantiveram-se e o objetivo passava por desmontar uma defesa bem compacta e organizada com dos laterais bastante ofensivos.
Do lado de João Henriques, surgiram duas alterações desde o último encontro frente ao Gil Vicente (a estreia no comando técnico). João Afonso e André Vidigal entraram para os lugares de Joel Soñora e Edgar Costa.
Ainda assim, o habitual 4-4-2 manteve-se com nuances defensivas muito mais cuidadosas. O Marítimo raramente conseguia sair em transições defensivas e, sempre que possível, André Vidigal juntava-se por entre os centrais para reforçar a linha de defesas.
Primeira parte: Valeu Rafa a 'abrir o Ketchup'
O primeiro tempo mostrou logo desde cedo uma supremacia dos encarnados, mas que tinha de lidar face a uma defesa bastante compacta. O primeiro aviso surgiu logo aos dois minutos naquele que se perspetivava como um auto-golo de Winck a cortar um cruzamento de Neres.
O Benfica tentava furar a linha defensiva insular quer por investidas no jogo exterior e interior, mas eram poucas as oportunidades. Do outro lado, a timidez ofensiva era notória.
A partir dos 24 minutos, o ensaio para o primeiro golo. João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos testavam a mira mas ou aparecia o guardião Miguel Silva ou a ineficácia tomava conta dos jogadores.
O primeiro golo acabou mesmo por surgir aos 28 minutos, numa grande combinação de Gonçalo Ramos com Rafa que, na cara de Miguel Silva atirou sem hipóteses.
A partir daí, uma avalanche ofensiva ainda maior para a equipa da casa. Aos 33 minutos, João Mário tentou o 'bonito' com a trivela e aos 41 minutos foi a vez de Rafa voltar a testar a atenção de Miguel Silva.
Ainda antes do cair do intervalo, foi Gonçalo Ramos a dar o primeiro ensaio de golo naquela que - futuramente - seria uma noite de sonho.
Segunda parte: Saber gerir, mas com golos
O Segundo tempo permitiu ao Benfica gerir o encontro, mas sem colocar o travão no acelerador. João Henriques fez entrar Lucho e China, mas as coisas não estavam fáceis para este Marítimo e o instinto goleador da Águia só tinha tendência a crescer.
Logo aos 47 minutos, Gonçalo Ramos apontou o 2-0 com nota artística. Depois de um cruzamento de Bah, eis que o ponta de lança atira de calcanhar para o 2-0.
Tudo estava nas mãos dos encarnados e só a barra negou o 3-0 a António Silva aos 60 minutos. Quatro minutos depois chegou o bis por Gonçalo Ramos, que, ao isolar-se frente a Miguel Silva só fez a bola parar no fundo das redes.
A Luz fazia a onda de saudação aos jogadores e ligavam-se as luzes dos telemóveis, mas isto não ficava por aqui. Florentino e Draxler foram chamados ao encontro e a única amostra de perigo dos visitantes foi... anulado. Aos 76 minutos, Chuchu Ramírez atirou para o fundo das redes, mas o VAR negou aquele que seria o golo de honra.
Mas a tecnologia de golo não negou o 4-0 a Neres. Com Gilberto e Ristic em campo, eis que apareceu mais um e o xequemate final ficou entregue a Draxler que corou a vitória por 5-0 já nos instantes finais, aos 88 minutos. Uma estreia de sonho.