Apesar dos erros defensivos, os encarnados deram luta, fizeram três golos (viram outros dois anulados) e saem com a honra intacta da Liga dos Campeões.
Não houve milagre em Anfield. Uma semana depois da derrota na Luz (1-3), o Benfica empatou a três golos em Liverpool, caindo nos quartos de final da competição. Apesar da superioridade dos 'reds', que beneficiaram de desatenções da defesa encarnada para marcar (chegaram a estar a vencer por 3-1), a equipa encarnada não se despediu sem dar luta e ainda conseguiu chegar ao empate – teve outros dois golos anulados.
Nas meias-finais, a formação de Jurgen Klopp terá pela frente o surpreendente Villarreal, que deixou o Bayern pelo caminho.
Em relação à equipa que venceu o Belenenses SAD, Nélson Veríssimo fez cinco alterações, com o regresso dos habituais titulares e com Diogo Gonçalves novamente a fazer de Rafa (lesionado), mas desta vez no lado esquerdo – Everton começou na direita.
Já Jurgen Klopp manteve apenas quatro elementos no seu onze inicial, comparativamente com o empate diante do Manchester City: Alisson, Joel Matip, Jordan Henderson e Diogo Jota.
Bem ao seu jeito, o Liverpool foi conseguindo encostar o Benfica à sua área, mas o primeiro remate do jogo até foi dos encarnados, com Everton (13’), de fora da área, a fazer a bola rasar a baliza de Alisson.
Teve mais eficácia o Liverpool, que no primeiro remate do jogo chegou ao golo: canto de Tsimikas para o coração da área, Konaté (21’) saltou mais alto entre Otamendi e Vertonghen e cabeceou de cima para baixo para o 1-0. O central francês, recorde-se, já tinha marcado na Luz.
Na resposta, Darwin conseguiu fugir nas costas da defesa adversária e finalizar com um excelente chapéu a Alisson, mas estava ligeiramente adiantado.
Os ‘reds’ continuavam a carregar, trocando muito bem a bola e aproveitando o um para um. Aos 26’ Luis Díaz deixou Weigl no relvado e disparou para defesa apertada de Vlachodimos. O 2-0 voltou a estar muito perto após novo pontapé de canto, mas o desvio de cabeça de Roberto Firmino esbarrou nas costas de Vertonghen.
Acabou por ser o Benfica a marcar – este sim, a valer. Aos 32 minutos, Diogo Gonçalves dividiu uma bola com James Milner, com esta a sobrar para Gonçalo Ramos. Só com Alisson pela frente, o avançado benfiquista não falhou, estreando-se a marcar na Liga dos Campeões.
As águias aguentaram a pressão do Liverpool até ao intervalo, mas ainda sofreram aos 38’, quando uma desatenção deixou Firmino com caminho livre para a baliza. Vlachodimos hesitou na saída e o brasileiro tentou servir Luis Díaz, mas Grimaldo surgiu, 'in extremis', a cortar de carrinho.
No descanso, Nélson Veríssimo tirou Diogo Gonçalves e lançou em campo Roman Yaremchuk – Darwin ficou na esquerda – mas os problemas na defesa encarnada mantiveram-se. E o Liverpool, já se sabe, não costuma desperdiçar ofertas dos adversários. Aos 58’ Vlachodimos largou a bola depois de intercetar Díaz, Vertonghen aliviou para os pés de Jota e o português, na esquerda, cruzou para oferecer o golo a Firmino.
Os ‘reds’ estavam lançados e, com a defesa encarnada novamente a ‘dormir’, chegaram ao 3-1 novamente por Firmino. Após livre batido por Tsimikas, Otamendi viu a bola passar-lhe por cima e Gilberto deixou-se antecipar pelo brasileiro, que apareceu à vontade para marcar de pé direito – quinto golo nesta edição da Champions.
Com o sonho praticamente arrumado, o Benfica aproveitou algum relaxamento do Liverpool e chegou mesmo ao empate, com o VAR a corrigir a equipa de arbitragem nos dois golos. Aos 73' Yaremchuk, desmarcado com um passe longo de Grimaldo, isolou-se e driblou Alisson antes de atirar para golo. E a seis minutos dos 90, Weigl lançou em profundidade João Mário, este falhou a receção, mas a bola sobrou para Darwin, que não desperdiçou na cara de Alisson e fez o 3-3 final. Caíram, mas caíram de pé.
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