segunda-feira, 28 de outubro de 2019

TONDELA - 0 BENFICA - 1 - CURTO

Tangencial

Uma vitória tangencial em Tondela num jogo que para mim ficou marcado sobretudo por pouca ambição da parte do Benfica. Obtida a vantagem, a prioridade foi gerir o tempo e o resultado com talvez excessiva confiança em que o Tondela seria incapaz de marcar.


O regresso do André Almeida foi o principal destaque num onze onde o Cervi manteve a titularidade conquistada no jogo da Champions. Taarabt e Pizzi também regressaram à equipa, saindo o lesionado Rafa e o Gedson. O jogo praticamente começou com dois sustos para o Benfica, pois foi necessário o Vlachodimos intervir duas vezes para deter remates perigosos do Tondela que poderiam perfeitamente ter dado golo. Mas a verdade é que essas duas ocasiões iniciais acabaram por ser as únicas que o Tondela criou em todo o jogo, pois não conseguiu voltar a ameaçar seriamente a nossa baliza. O Benfica voltou a mostrar muita lentidão de processos nas saídas para o ataque e demasiada insistência no jogo interior, o que facilitou a tarefa à defesa do Tondela. Mas chegámos à vantagem relativamente cedo, quando estavam decorridos dezanove minutos: um canto na esquerda apontado pelo Grimaldo e o Ferro conseguiu cabecear para golo sem sequer ter que tirar os pés do chão. A partir do golo, sinceramente, não tenho muito mais a dizer. Nem sobre a primeira parte, nem sobre a segunda, porque não se passou quase nada de relevante. O Benfica limitou-se a gerir a vantagem e não pareceu ter qualquer vontade de forçar ou arriscar demasiado para chegar a um segundo golo que desse maior tranquilidade. Por outro lado, o Tondela não revelou ter capacidade para alterar o estado das coisas. Foi um jogo francamente aborrecido - nem tenho bem a certeza se não cheguei a adormecer durante alguns instantes na segunda parte. Basta dizer que nesse período o primeiro remate a qualquer uma das balizas foi feito a menos de quinze minutos do final. Não houve qualquer lance de perigo junto da nossa baliza e objectivamente a nossa vitória nunca esteve em risco. Mas um golo é sempre uma vantagem magra e dá para ficarmos nervosos até final com receio de algum lance fortuito que resulte no empate. Um ponto positivo acabou por ser o regresso do Chiquinho à competição após a lesão, tendo entrado durante a segunda parte mas sem grandes resultados práticos.

Talvez o Gabriel tenha sido dos melhores do Benfica neste jogo, e o Grimaldo também esteve bastante em jogo, mas não houve ninguém que se destacasse muito.

Foram três pontos sempre importantes e agora seguem-se dois jogos em casa num curto espaço de tempo, nos quais temos que somar a pontuação máxima. Apesar da nossa vitória não ter sido posta em causa, a exibição esteve longe de ser convincente. Continua a faltar-nos muita dinâmica nos processos ofensivos e nesse aspecto a equipa chega a lembrar os piores tempos sob o comando do Rui Vitória. É imperioso melhorar a qualidade do nosso jogo.

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