domingo, 29 de dezembro de 2019

MAFRA - 1 A.VISEU - 1 . EMPATE

Não foi a melhor despedida de 2019 em Mafra, onde a equipa da casa empatou (1x1) na receção ao Académico de Viseu. Num jogo sem grande espetáculo, Janota segurou um ponto que acaba por se justificar e que até satisfaz as duas equipas, que sobem na tabela classificativa. Laterais que desequilibram... para os dois lados A última imagem é a que fica e no último jogo do ano, Mafra e Académico Viseu procuravam despedir-se de 2019 da melhor forma. A temporada tem corrido bem às duas equipas e com o sol a aquecer a tarde de inverno em Mafra, esperava-se bom espetáculo, num jogo aberto entre duas equipas que gostam de jogar, embora de formas diferentes. O início do encontro não desiludiu, mas o seguimento não foi o esperado.



Ainda sem qualquer derrota em casa, o Mafra não demorou a mostrar em campo o porquê de estar a lutar, neste jogo, para chegar ao terceiro lugar isolado na tabela classificativa. Com os laterais a terem papel fundamental ao longo da época, Joel apareceu do lado esquerdo para voltar a fazer a diferença. O esquerdino aproveitou um erro enorme da defesa viseense, com Janota a comprometer na saída dos postes, e chegou-se à frente na lista dos marcadores em Mafra. O problema esteve no outro lateral às ordens de Vasco Seabra. Não há dúvidas que a reação do Académico ao golo sofrido foi imediata, mas só com auxílio caseiro foi possível chegar à igualdade. Nove minutos depois de festejarem o golo do lateral esquerdo, os jogadores do Mafra lamentavam o desvio infeliz de Rúben Freitas, que na tentativa de cortar de cabeça acabou por trair o seu guarda-redes. 1x1, apenas 13 minutos, boa casa e o sol ainda a brilhar. O futebol é que deixou de ser o mesmo. Jogou-se pouco e mal O Mafra não conseguiu fazer o mesmo que o Académico de Viseu e a reação ao autogolo de Rúben Freitas foi praticamente inexistente. Os viseenses passaram a dominar no meio-campo - que exibição de Zimbabwe! - e procuraram ferir a equipa da casa com bolas em profundidade. Faltou aos avançados às ordens de Rui Borges saírem no momento certo para o ataque. A diferença de velocidade para a defensiva do Mafra era enorme, mas a equipa de Vasco Seabra defendeu-se disso com uma leitura perfeita da linha de fora de jogo e com isso inviabilizou grande parte dos ataques da formação de Viseu. Houve pouco jogo em Mafra ©Bruno de Carvalho / Kapta+ Para desfazer a igualdade, faltava sempre alguma coisa às duas equipas. Ao Mafra faltou ligar a tal qualidade defensiva com a criatividade ofensiva (Medeiros apareceu pouco em jogo e sentiu-se a falta de Cuca no meio-campo), ao Académico de Viseu faltou conseguir perceber a armadilha montada pelo Mafra para criar verdadeiras situações de finalização. O desbloquear do impasse surgiria a favor da equipa que conseguisse encontrar mais rapidamente a solução para estes problemas. A equipa de Vasco Seabra ainda tentou resolvê-los de bola parada, mas Janota redimiu-se do erro no lance do 1x0 com duas intervenções tão espetaculares como fundamentais para segurar um ponto, o ponto suficiente para o Mafra subir ao terceiro lugar da Segunda Liga, em igualdade com Leixões e Varzim, e para o Académico de Viseu ascender ao nono lugar. O jogo não foi brilhante - teve menos de 45 minutos de tempo útil - , bem longe disso, mas o empate foi bem Janota para aquilo que as duas equipas fizeram. Para o ano há mais.

sábado, 21 de dezembro de 2019

V. SETUBAL - 2 BENFICA - 2 . FORA DA TAÇA DA LIGA

Encarnados ficam pelo caminho na Taça da Liga.
V. Setúbal 2-2 Benfica: Empate no Bonfim e Vitória de Guimarães deixam os encarnados a ver Braga 'por um canudo'
Carlinhos tenta ganhar a bola a Haris Seferovic © 2019 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
O Benfica empatou esta noite com o Vitória de Setúbal, por 2-2, no Estádio do Bonfim, em jogo a contar para a terceira jornada do grupo B da Taça da Liga. Raúl de Tomás e Jota marcaram os golos do Benfica, que não chegaram para os encarnados passarem à 'final-four' devido à vitória do Vitória de Guimarães frente ao Sporting da Covilhã.










Depois de uma entrada equilibrada em jogo, o Vitória de Setúbal foi a primeira equipa a criar real perigo. Aos 10 minutos de jogo, depois de uma excelente jogada individual, Hildeberto Pereira foi até à área rematar, mas a bola saiu à malha lateral.
Aos 19 minutos de jogo foi a vez do Benfica tentar a sua sorte. Na sequência de um livre favorável à equipa de Bruno Lage, Gedson bateu, mas a bola saiu a rasar o poste direito.
Menos de dez minuto depois o Benfica voltou a rematar à baliza dos sadinos, desta vez por intermédio de Haris Seferovic. O avançado suíço rematou rasteiro e, apesar de a bola ter ido fora, não passou longe da baliza de Makaridze.
Aos 36 minutos foi a equipa da casa que fez tremer o Estádio do Bonfim. Depois de um cruzamento-remate tenso de Mansilla, Zlobin ainda se fez à bola, mas esta acabou mesmo por sair ao lado do alvo. Ficou, mais uma vez, o aviso dos sadinos.
Aos 40 minutos, Hildeberto deixou o relvado do Bonfim para ser substituído por Zequinha, depois de se ter queixado do que parecia ser um problema muscular. O jogador sadino saía em velocidade, quando se agarrou à perna esquerda e caiu sozinho no relvado.

Sem mais oportunidades até ao final da primeira parte, Vitória de Setúbal e Benfica recolheram empatados ao intervalo.
De regresso ao relvado do Estádio do Bonfim, o Benfica não demorou até inaugurar o marcador. Aos 4 minutos da segunda parte. Carlinhos tentou meter atrasado, mas acabou por entregar a bola a Raúl de Tomás que, perante Makaridze, atirou para o fundo da baliza. Estava feito o primeiro golo em Setúbal, mas nem mesmo a vitória daria para já o apuramento ao Benfica.
Aos 70 minutos de jogo os encarnados estiveram muito perto de apontar o segundo golo. Seferovic levou a melhor sobre Pirri e rematou à baliza de Makaridze, mas acertou no poste. No mesmo minuto Raúl de Tomás ainda tentou novamente a sua sorte, mas sem sucesso.
Mas, como não há duas sem três, o Benfica regressou ao último terço do campo adversário e desta vez não vacilou. Chiquinho recuperou a bola e serviu Jota, este pressionado por Sílvio atirou forte e colocado para um espetacular golo.
Aos 83 minutos de jogo, o Vitória de Setúbal aproveitou uma má abordagem de Zlobin para fazer o primeiro golo e levar os adeptos sadinos à loucura. Depois de um cruzamento de Mansilla, o guarda-redes dos encarnados calculou mal a saída e permitiu a Guedes desviar de cabeça ao segundo poste e reduzir para a equipa sadina.
Quando a vitória do Benfica parecia encaminhada, o Vitória de Setúbal despejou um balde de água fria sobre os homens de Bruno Lage. Na sequência de um cruzamento de Zéquinha, Morato falhou o corte e Guedes fez um golo de belo efeito. Com um remate acrobático, a bola entrou junto ao ângulo e o avançado do Vitória FC bisou na partida.
Com este resultado, o Benfica não passa à 'final-four' da Taça da Liga. O Vitória de Guimarães é a equipa apurada no grupo B, depois da vitória sobre o Sporting da Covilhã. Os vimaranenses terminam a fase de grupos com sete pontos, enquanto o Benfica somou apenas três.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

BENFICA - 2 BRAGA - 1 - TAÇA

Nos últimos 14 jogos entre as duas equipas, o Benfica venceu 13 e empatou um. A última vitória minhota foi exatamente há cinco anos.
Natal é tempo de tradições. E a tradição de um Benfica-Braga é vitória 'encarnada'
Jogadores do Benfica festejam golo frente ao SC Braga Lusa
Um Benfica-Braga começa a ser tradição a vitória dos 'encarnados'. Pelo menos é assim há cinco anos, onde apenas por uma vez os minhotos não perderam. São 13 derrotas em 14 jogos e, esta quarta-feira, não foi exceção: a equipa de Sá Pinto até fez um bom jogo na Luz, marcou primeiro mas permitiu a 'cambalhota' no marcador e ficou pelo caminho na Taça de Portugal. A formação de Bruno Lage foi mais eficaz, marcou nos momentos decisivos e até podia ter construído um resultado mais volumoso.
Sá Pinto pode até estar a brilhar nas provas da UEFA mas começa a ficar sem espaço de manobras internamente: fora da Taça de Portugal e um 8.º lugar na I Liga deixa o técnico numa posição delicada. Já Bruno Lage vai batendo recordes: chegou à oitava vitória seguida na Luz em provas nacionais, lidera a Liga com quatro pontos de vantagem e pode carimbar o passaporte para a final-four da Taça da Liga no sábado, embora aí esteja dependente do que possa fazer o Vitória de Guimarães.

As melhores imagens do jogo










O Jogo: Eficácia 'encarnada' ditou leis

O tempo de rodagem já lá vai. A época caminha para a sua fase decisiva e já não há tempo para experiências de laboratório de última hora. Bruno Lage vai, aos poucos, consolidando o onze do Benfica, dando primazia aos jogadores mais experientes em detrimento dos jovens que lançou no início de época. Tomás Tavares é excepção, tal como Vinícius que vem provando ser ele o verdadeiro reforço deste Benfica 2019/2020.

Já o mesmo não se pode dizer de Sá Pinto. Lá fora o Braga tem sido 'guerreiro' contra os melhores mas em terras lusitanas baixa as defesas e mostra-se piedoso na hora de acabar com o 'inimigo'. E essa irregularidade tem custado muito aos minhotos: na Luz, sofreram a terceira derrota consecutiva em provas nacionais.
Mas deixemos os números e vamos ao que deu volume aos mesmos. Sá Pinto entrou na Luz com um ataque mais móvel, com um meio-campo que sabe trabalhar a bola e causou problemas ao Benfica. A forma com Ricardo Horta e Fransérgio conduziam, com apoio de Trincão e Wilson Eduardo nos flancos e ainda com a ajuda dos laterais, quase sempre projetados, deixava o Benfica com problemas de marcação e colocava a nu algumas fragilidades desde Benfica a defender. Foi por aí que, aos 12, uma combinação simples a esquerda, com envolvimento de três jogadores, levou a bola até a área onde Ferro fez autogolo.
Sol de pouca dura já que este Benfica tem feito da eficácia uma das suas armas. E com um Pizzi na forma que está, é muito difícil para qualquer treinador. Ao primeiro remate do médio, surgiu o seu 19.º golo da época, num tiro de fora da área, quatro minutos depois do golo minhoto. Sempre que o Benfica conseguia envolver os criativos nas jogadas, criava perigo. A mobilidade dos da frente baralhava as contas da marcação e criava espaço para entrar no último terço.
O futebol era bonito, o perigo rondava as duas balizas, sempre com ligeiro antecedente do Benfica, mais eficaz no último terço.
No segundo tempo, o Benfica regressou diferente e para melhor. Lage corrigiu os posicionamentos de Taarabt e Gabriel no meio, o Benfica tomou a baliza de Tiago Sá de assalto até fazer o 2-1. Aí reagrupou as 'tropas' mais atrás, obrigou o Braga a arriscar mais e tentou 'matar' o jogo em contra-golpe. Seferovic teve duas oportunidades, Chiquinho também, Vinícius falhou outra, numa altura em que o Benfica jogava com gosta: espaço para atacar e profundidade para explorar.
O melhor que Sá Pinto conseguiu foi colocar mais unidades de cariz ofensiva que pouco lhe valeram. Paulinho ainda teve o empate nos pés mas...a falta de eficácia fez a diferença.
Continua a ser difícil para o Braga ganhar um jogo ao Benfica. Este foi o 14.º encontro entre ambos nos últimos cinco anos e não há um único triunfo minhoto para amostra. O melhor foi um empate, registado apenas numa ocasião. São 13 vitórias em 14 jogos. Uma curiosidade: este jogo disputou-se no mesmo estádio, no mesmo dia e teve o mesmo árbitro que há cinco anos, quando se registou a última vitória do Braga frente ao Benfica, na altura por 2-1, nos quartos-de-final da Taça de Portugal.

Momento-chave: 'Vai que é tua, Sá! Ou então não'

Um lance que parecia inofensivo ditou o resultado final, aos 62 minutos. Taarabt lançou Carlos Vinícius, o brasileiro foi prosseguido, apertado por um defensor, perdeu ângulo e quase sobre a linha de fundo, arriscou de pé esquerdo. O lance seria fácil mas o guarda-redes Tiago Sá conseguiu deixar a bola passar-lhe por entre as luvas, bater-lhe no corpo e entrar na baliza. Um 'frango' do jovem guardião bracarense.

Melhores: Só Trincão tentou lutar contra Pizzi e Vinícius

Trincão começa a justificar mais minutos no SC Braga. Os principais lances de perigo viera dos seus pés, sempre a levar a equipa para a frnte em condução com aquele fantástico pé esquerdo. Teve ajuda de um Fransérgio em bom plano (ficou mal no golo de Pizzi) e de um Sequeira que fez um excelente jogo no corredor esquerdo.
Seferovic e Raul de Tomás terão de 'comer muita sopa' para tirarem Vinícius do onze do Benfica. A produção ofensiva do brasileiro tem sido tremenda (15 golos esta época) e, esta quarta-feira, juntou o seu habitual golo uma assistência para Pizzi, outro jogador em grande destaque no Benfica, pelo que joga e faz jogar, pelo que marca e dá a marcar.

Os Piores: Tiago Sá mal, ataque pouco paciente nos derradeiros momentos

O SC Braga continua a cometer os mesmos pecados esta épocas nas provas caseiras: define mal no último terço. É uma equipa que tem bons jogadores tecnicamente, consegue chegar ao último terceiro adversário com alguma facilidade mas falha na hora de definir. Na Luz voltou a ser assim, com precipitações nos últimos passes. E quando consegue definir bem, não tem a arte e o engenho para colocar a bola no fundo das redes. Tanto desperdício tem saído caro à Sá Pinto.
Tiago Sá defendeu a baliza dos minhotos, em vez do veterano Eduardo. Estava a ter uma prestação aceitável até 'borrar a pintura' no lance do 2-1 do Benfica. Aquela bola nunca pode passar por aí.

Reações: Sá Pinto pede tempo, Lage já pensa no Setúbal.