terça-feira, 19 de julho de 2016

ALGARVE CUP

Algarve Cup Conquistada


Algarve

Bem, finalmente regressou o futebol com algum interesse - que me desculpem os 'patriotas' e os fãs indefectíveis da equipa da FPF, mas campeões Europeus ou não, aquilo não me consegue mesmo entusiasmar. Se eu passo o ano inteiro a achar que certos jogadores são umas bestas, não é de um momento para o outro que vou conseguir começar a vibrar com os pontapés que eles dão numa bola, sobretudo quando não têm uma camisola com uma águia ao peito.

Serve o post apenas para isso mesmo, assinalar o regresso do futebol do Benfica, que é o que interessa. Uma pré-época que me parece bem mais sensata do que a anterior, e que começou com a conquista de um torneio triangular amigável no Algarve. Não vou estar já a avaliar os novos jogadores ao fim de dois jogos (aquele em quem eu deposito maiores esperanças, o Zivkovic, mal jogou) mas assinalo pelo menos o futebol bastante agradável que a equipa já conseguiu mostrar. Ao contrário da época passada, a continuidade ajuda. Dos jogadores que continuam, o Fejsa entra na nova época como se tivesse acabado de sair da última (espero sinceramente que não passe pela cabeça de ninguém deixá-lo sair) e o Nélson Semedo e o Salvio parecem estar a querer recuperar o tempo perdido. A goleada de 4-0 desta noite ao Derby County até peca por escassa (pena que um dos golos mais bonitos tenha sido mal anulado) mas acho que é fundamental assinalar o facto de que o André Almeida marcou um golo. Ainda continuamos à espera do primeiro golo oficial pela equipa principal do nosso 'tapa-buracos' preferido, mas marcar num amigável já é um feito assinalável.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

ALGARVE CUP


BENFICA 3-3 V. SETÚBAL
14-07-2016 22:23

Tricampeões com teste positivo, mesmo sem golos no tempo regulamentar

Golos só nas grandes penalidades, mas reforços de Rui Vitória deram boas indicações para a próxima época.

Pizzi em ação frente ao Vitória de Setúbal na Algarve Cup
Foto: Sport Lisboa e Benfica
Pizzi em ação frente ao Vitória de Setúbal na Algarve Cup.



Por SAPO Desporto sapodesporto@sapo.pt
O Benfica não conseguiu vencer o primeiro jogo de pré-época frente ao Vitória de Setúbal a contar para a Algarve Cup, e nem a decisão nas grandes penalidades (3-3) após um nulo no tempo regulamentar determinou um vencedor.
Com André Carrillo no primeiro onze titular da pré-temporada, o Benfica apresentou-se frente à equipa de José Couceiro com Paulo Lopes na baliza e um quarteto defensivo constituído por Grimaldo, Luisão, Jardel e Nélson Semedo. No meio campo, o técnico encarnado lançou Fejsa, João Teixeira, Carrillo e Pizzi no apoio aos avançados Gonçalo Guedes e Jovic.
Apesar da vontade em mostrar serviço de André Carrillo, os sadinos conseguiram anular as tentativas dos jogadores do Benfica na procura da profundidade ofensiva e ao intervalo o nulo manteve-se, com a grande ocasião de golo a pertencer ao Vitória de Setúbal num grande remate de Nuno Santos que Paulo Lopes defendeu.
No segundo tempo, Rui Vitória lançou em campo muitos dos reforços e o ritmo de jogo aumentou exponencialmente, nomeadamente por causa de André Horta, Franco Cervi e Benítez, mas também devido aos veteranos André Almeida e Eduardo Salvio, que lideraram o ataque à baliza de Bruno Varela.
Apesar das inúmeras ocasiões de golo no segundo tempo, o Vitória de Setúbal conseguiu levar o jogo para a decisão de grandes penalidades onde foram os guarda-redes a brilhar e a garantir um empate a 3-3.
No entanto, a velocidade de Franco 'Chuky' Cervi, e a irreverência de André Horta no meio campo do Benfica deram boas perspectivas aos adeptos para a próxima época.
Grandes penalidades:
Hassan X
Lisandro López X
Meyong 0
Salvio 0
Vasco Costa X
André Almeida 0
Ruca 0
Chuky 0
Arnold 0
Kalaica X

domingo, 10 de julho de 2016

PORTUGAL - 1 FRANÇA - 0 -CAMPEÕES


EURO2016
10-07-2016 22:31

Histórico! Portugal é campeão da Europa

Portugal conquistou esta noite o seu primeiro grande título internacional, ao vencer a França em pleno Stade de France, por 1-0, após prolongamento. O golo decisivo chegou dos pés do mal-amado Éder, que depois desta noite garantiu um lugar na imortalidade do futebol português.

Final Euro2016: Portugal - França
Foto: AFP
Evra e Renato Sanches em ação na final do Europeu



Por João Paulo Godinho, em Paris sapodesporto@sapo.pt
De ‘patinho feio’ a campeão da Europa. Assim é a história de Portugal e de Éder neste Euro2016. As críticas que o jogador e a seleção ouviram acabaram por ser caladas perante 60 mil franceses em pleno Stade de France, com um triunfo sofrido por 1-0, após prolongamento, num jogo onde nem pode praticamente jogar com o seu capitão, Cristiano Ronaldo, que saiu lesionado ainda na primeira parte.
O espírito de sobrevivência e a união entre os jogadores guiou Portugal até este feito, depois de um empate a zero no tempo regulamentar. A França dominou o jogo durante mais tempo, mas a Seleção Nacional demonstrou enorme resistência e coesão para suster o período de maior assédio dos gauleses.
Num Stade de France claramente a pender para a seleção anfitriã, o onze português contou com duas novidades face ao jogo com o País de Gales: as entradas de Pepe e William para os lugares de Bruno Alves e Danilo. Já do lado francês, o selecionador Didier Deschamps repetiu a equipa que bateu a Alemanha na meia-final.
E quem entrou melhor foram mesmo os anfitriões. Apesar de um aviso de Nani logo aos quatro minutos, os ‘bleus’ dominaram claramente o arranque do encontro e cedo ameaçaram a baliza de Rui Patrício. Aos 10’, Griezmann cabeceou para a primeira grande defesa do guardião português nesta noite. Mais se seguiriam…
Entretanto, Portugal sofreu um rude golpe. Uma falta de Payet sobre Ronaldo, que o árbitro Mark Clattenburg não assinalou, deixou o capitão KO. As dores no joelho esquerdo obrigaram a duas assistências, deixando Portugal diminuído durante quase um quarto de hora. As lágrimas do capitão foram inevitáveis e este teve mesmo de ser substituído por Ricardo Quaresma. Agora, fazer história seria ainda mais épico sem Cristiano Ronaldo. E se Deschamps não conhecia um plano para anular Ronaldo, a entrada dura de Payet deu boa conta do recado.
Sem Ronaldo e já com Quaresma em campo, Portugal acabou até por conseguir alguma estabilidade no meio-campo, mostrando-se cada vez menos permeável a nível defensivo. Porém, ficou com ainda menos peso no ataque para conseguir bater Lloris.
No segundo tempo, a França voltou a entrar melhor e mais assertiva em campo. Inspirada pelas arrancadas de Sissoko e pelas deambulações de Griezmann, os gauleses empurravam progressivamente a equipa das quinas para o seu reduto defensivo. E já depois de Griezmann ter voltado a ameaçar de cabeça, o selecionador Fernando Santos voltou a mexer na equipa, ao lançar João Moutinho para o lugar de Adrien.
Portugal conseguiu reorganizar-se e tentou passar a sair mais frequentemente em contra-ataque, muito graças às movimentações de João Mário e de Nani. Esse espírito quase era recompensado aos 80, quando Nani e Quaresma obrigaram Lloris a mostrar a sua qualidade para evitar o golo português.
O aviso de Portugal surtiu efeito entre os gauleses, que carregaram então para o assalto final, onde Portugal teve também a sua dose de ‘estrelinha’. Giroud e Sissoko obrigaram Rui Patrício a brilhar novamente, tendo depois o guardião português visto Gignac – que entrara para o lugar de Giroud – atirar ao poste já nos descontos. A sorte continuava a proteger Portugal.
No prolongamento, Portugal agigantou-se e não teve medo de ser feliz. Se Raphael Guerreiro atirou à trave aos 108 minutos, a justiça serviu-se logo de seguida. Éder ganhou espaço no meio, livrou-se da marcação francesa e atirou colocado a 30 metros da baliza de Lloris, que não teve hipóteses. Estava feito o golo que mudou a história do futebol português. Agora, a festa segue por todo esse mundo português. Em Paris, Lisboa e onde haja um português…

quarta-feira, 6 de julho de 2016

PORTUGAL - 2 P. GALES - O - FINAL

Paris é uma festa e Portugal é o primeiro convidado a chegar

A Seleção Nacional venceu esta noite o País de Gales, por 2-0, e apurou-se para a final do Euro2016, ficando à espera do vencedor do jogo França-Alemanha.
Semi final Portugal vs Wales
Foto: Lusa
Portugal vence e está na final
Por João Paulo Godinho, em Lyon sapodesporto@sapo.pt
E ao sexto jogo neste Euro2016, Portugal somou esta noite a primeira vitória nos 90 minutos. Um triunfo (2-0) com um sabor muito especial, pois valeu o apuramento para a final do Campeonato da Europa, doze anos depois do sonho perdido do Euro2004. Os golos de Ronaldo e Nani fizeram a diferença em Lyon e levam agora Portugal para o jogo do título no Stade de France.
No encontro da meia-final, o selecionador nacional Fernando Santos não pode contar com Pepe a cem por cento e apostou por isso em Bruno Alves, fazendo também regressar Raphael Guerreiro ao onze inicial. Sem fados ou dramas da pressão do momento, a Seleção entrou melhor no jogo: com mais personalidade, confiança e dinâmica.
Os galeses, de Chris Coleman, cumpriam a sua estreia numa meia-final e pareciam acusar o nervosismo nos primeiros minutos. Todavia, o ascendente de Portugal era insuficiente para se traduzir em ocasiões claras de golo. Por outro lado, o País de Gales queria continuar a sonhar e a sua estrela, Gareth Bale, começou então a brilhar. Com uma série de arrancadas, desmarcações e remates, o extremo galês colocou Portugal em sentido e reequilibrou o jogo.
O aviso serviu a Portugal, que recuperou de imediato o controlo da partida. Ao impor maior segurança na gestão da posse da bola, a equipa das quinas ‘matou’ esse ímpeto galês. Porém, faltava alguma velocidade no último terço do terreno para fazer a diferença na organização defensiva do País de Gales. Ronaldo estava bem marcado, Nani não se conseguia soltar e apenas Renato Sanches e João Mário conseguiam aparecer a espaços no ataque.
Assim, o nulo chegou ao intervalo sem surpresas e com uma perspetiva muito cinzenta sobre a capacidade das duas equipas em fazer golos.
No entanto, Portugal regressou para a segunda parte com a acutilância e a eficácia que faltavam. Aos 50’, Portugal fez o 1-0, através de golo de cabeça de Cristiano Ronaldo, na sequência de um cruzamento de Raphael Guerreiro após um canto. Foi o terceiro golo do capitão da Seleção no torneio e o seu nono na história da prova, igualando assim Michel Platini no trono dos melhores marcadores de sempre. Um feito histórico do capitão de Portugal.
O mote estava dado e logo de seguida Nani seguiu o exemplo. Três minutos depois, Ronaldo tenta o remate de longe mas este é desviado de forma intencional e feliz por Nani para o 2-0. Os adeptos de Portugal explodiam de alegria nas bancadas e de Lyon começava a avistar-se a final de Paris.
Chris Coleman ainda tentou inverter o filme do jogo e fez quase de rajada três alterações para tentar reagir à desvantagem. Contudo, Portugal mostrou nesta fase grande maturidade e astúcia, convidando Gales a subir para então explorar o contra-ataque. E a verdade é que o terceiro golo da Seleção esteve mais perto de surgir do que o eventual tento dos galeses.
Fernando Santos optou então por gerir os jogadores e lançou André Gomes, Moutinho e Quaresma para os lugares de Renato Sanches, Adrien e Nani. A Seleção não se desuniu, resistiu às investidas galesas e assegurou um triunfo tão justo quanto inequívoco. Sem vestir o fato de gala, mas aprumando-se para a final de Paris. E o sonho do título europeu está agora a noventa minutos de distância para Portugal. Para recuperar a inspiração da obra de Ernest Hemingway, só falta mesmo que Paris seja uma festa para os portugueses...