O Benfica garantiu um lugar na quarta eliminatória da Taça de Portugal, ao bater o Pevidém, do Campeonato de Portugal, por 2-0.
Sem sofrimentos, sem espinhas. O Benfica garantiu um lugar na quarta eliminatória da Taça de Portugal, ao bater o Pevidém, do Campeonato de Portugal, por 2-0, esta noite. No Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas não houve tempo para o David para derrubar o Golias, porque o alemão Jan-Niklas Beste mostrou faro de golo, marcando os dois tentos dos encarnados.
É o sexto triunfo em outros tantos jogos de Bruno Lage desde que pegou no Benfica, após a saída de Roger Schmidt.
Na próxima quarta-feira, os encarnados medem forças como o Feyenoord na Luz, na 3.ª ronda da Liga dos Campeões.
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Entrada a matar e depois 'dormir'
Os três escalões que separam os dois emblemas foram um dos pretextos para Bruno Lage fazer sete alterações no onze do Benfica, também já com um olho no duelo com o Feyenoord da próxima quarta-feira na Luz, para a Champions. O guarda-redes Samuel Soares, o lateral direito Kaboré, o central António Silva, o avançado Amdouni, o ala/extremo esquerdo Beste, o médio criativo Rollheiser e o avançado Arthur Cabral foram as novidades perante o 4.º colocado da Série A do Campeonato de Portugal, a quarta divisão do nosso futebol.
Nestes jogos a equipa dita pequena não tem nada a perder. E isso muitas vezes é um perigo porque jogando solto, sem preocupações com o resultado, pode ferir a formação favorita e causar escândalos.
O Benfica tratou de eliminar qualquer hipóteses de histórias de David contra Golias e logo aos três minutos disse ao que vinha: ganhar. Cruzamento de Kaboré na direita, bola a passar por todos na área até aparecer Beste a empurrar para o fundo das redes. Festa rija da esmagadoria dos adeptos nas bancadas do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, casa emprestada do emblema minhoto
Alcançado o primeiro objetivo, esperava-se um Benfica a carregar sobre os homens de João Pedro Coelho, em busca de uma possível goleada. Mas numa equipa menos oleada e com alguns elementos desligados do jogo, a tarefa tornou-se mais difícil.
Ainda assim, no primeiro tempo, destaque para um tiro de Arthur Cabral de longe que o guardião Rui Ribeiro defendeu para a frente aos 9, para um cabeceamento do brasileiro por cima, aos 30 e um disparo de Rollheiser aos 34. Muito pouco.
Sem nunca 'estacionar o autocarro' à frente da sua área, o Pevidém ia tentando o que o Benfica lhe permitia. O '10' Pedrinho, um homem da casa, tentava levar a equipa para a frente, mas era o japonês Daisuke Araki quem brilhava. O médio mostrava toques de craque, com boas iniciativas, ajudado pelas arrancadas do guineense João Marna e pela velocidade de João Mendes.
Aos 39 minutos, os da casa ficaram a centímetros de gritar golo. Araki lançou Danilson Mendes, o cruzamento do extremo encontrou Marna na área mas, na hora de bater Samuel Soares, o avançado escorregou e não chegou à bola.
Do banco, Bruno Lage ia esbracejando, dando indicações, gritando, corrigindo posicionamentos, pedindo mais. E como Amdouni pouco ou nada tinha dado, saiu ao intervalo para dar lugar a Schjelderup. O norueguês veio com fome e logo no segundo minuto disparou na área, mas sem sucesso.
Sucederam-se dois pedidos de penálti do Benfica: uma numa queda de Arthur Cabral na área após boa jogada individual que o árbitro David Silva mandou seguir, aos 54. O árbitro repetiu o gesto um minuto depois, agora a pedido de Tomas Araújo que pedia mão de Simão Melhôr, mas a bola cruzada por Schjelderup foi ao peito do jogador do Pevidém.
Era visível a pressa do Benfica em resolver a contenda, porque o 1-0 é sempre um resultado perigoso. Schjelderup viu Rui Ribeiro negar-lhe as intenções, Arthur Cabral acertou com o alvo pouco depois, mas o lance já estava interrompido pelo juiz do encontro.
Por esta altura já eram visíveis as dificuldades físicas dos jogadores do Pevidém, muitos deles a caírem no relvado com câimbras. A intensidade colocada pelos encarnados no segundo tempo fazia estragos, pelo que o 2-0 era uma questão de tempo.
Beste foi mesmo o melhor em campo
Já depois de Bruno Lage ter lançado Pavlidis (saiu Rollheiser) para fazer dupla com Arthur Cabral, os encarnados fizeram o 2-0, novamente por Beste, aos 75. Grande passe de Carreras a queimar linhas, para Arthur Cabral que recebeu e deu um toque subtil para a entrada do alemão, que fuzilou o desamparado Rui Ribeiro.
Leandro Barreiro o jovem extremo Gerson Sousa renderam de seguida Arthur Cabral e Kaboré, numa altura em que o Pevidém só tentava evitar uma goleada. Ainda houve tempo para Bruno Lage dar minutos ao jovem João Rego, que tem brilhado na equipa B dos encarnados.
O Benfica garante um lugar na quarta ronda da Taça de Portugal, num jogo onde Bruno Lage conseguiu a sexta vitória em outros tantos jogos pelos encarnados.
Na próxima quarta-feira, os encarnados recebem o Feyenoord na Luz, em encontro da 3.ª ronda da Liga dos Campeões.
Já o Pevidém, depois da proeza de ter afastado o Marítimo na ronda anterior, vai centrar atenções na Série A do Campeonato de Portugal, na sua luta rumo à Liga 3.
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