O Benfica somou o quatro triunfo seguido na Primeira Liga 2023/24, ao vencer este sábado em Vizela por 2-1, em partida da 5.ª jornada da prova. Os encarnados foram para o intervalo a vencer, com golos de Petar Musa e Di Maria, mas no segundo tempo o Vizela reduziu, por Samu, de penálti, o que deixou alguma incerteza no resultado até ao final.

Os campeões nacionais estão provisoriamente no 2.º posto com 12 pontos, menos um que o líder FC Porto. O Vizela é 13.º com quatro pontos.

Um bom ensaio para o Benfica antes do duelo com o Salzburgo na Luz, na 1.ª jornada da Liga dos Campeões.

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Musa às três tabelas e classe de Di Maria

A estreia e titularidade de Trubin na baliza do Benfica foi a única novidade nos campeões nacionais, em relação à vitória na ronda anterior na Luz diante do Vitória de Guimarães. No Vizela, também uma mexida, com o técnico espanhol Pablo Villar Ferreiro a dar a titularidade ao sérvio Busnic no posto de Diogo Nascimento.

Depois de uns primeiros minutos onde o Vizela parecia que ia dar luta, o Benfica marcou no primeiro remate enquadrado, aos nove minutos. Kokçu arranjou espaço no meio, deixou em Rafa na esquerda que, perante a saída de Buntic, meteu atrasado em Musa que atirou para a baliza. A bola ainda sofreu um desvio e traiu o guardião do Vizela.

Em grande maioria, os muitos adeptos encarnados iam fazendo a festa nas bancadas do Estádio do Vizela, em noite com 5584 espectadores. E foi em clima de festa que viram o Benfica quase marcar o 2-0, aos 12 minutos. Di Maria centrou, Bah e João Mário chocaram-se um contra o outro (o lateral saiu a sangrar) mas a bola foi ao ferro porque o central Anderson, ao tentar fazer o corte, quase fazia autogolo.

Só aos 20 minutos se viu o ataque do Vizela, pelo avançado Essende, num cabeceamento que ainda bateu em António Silva.

O Benfica mandava e dominava, perante um Vizela sem argumentos para travar o futebol rendilhado da equipa de Roger Schmidt.

Aos 27, Kokçu tirou tinta da barra de Buntic, num livre direto. Dez minutos antes, podia ter assistido Bah na pequena área, após grande jogada com Di Maria mas preferiu rematar, para fora. O dinamarquês ficou desesperado.

O 2-0 do Benfica saiu dos pés de veludo de Di Maria, num livre direto marcado de forma exemplar. Rafa foi derrubado à entrada da grande área, o argentino pegou na bola e rematou por cima da barreira, no lado do guarda-redes. Com tanta gente à sua frente, Buntic nem viu a bola. Ficou pregado no relvado.

O segundo tempo trouxe um Vizela a querer reagir, à procurar um golo que os metesse novamente na discussão do resultado. Aos 58 minutos, o técnico Pablo Villar lançou Dylan e Soro nos lugares de Nuno Moreira e Lacava, para tentar algo diferente, principalmente a meio-campo.

Ingenuidade de Aursnes e Vizela relança o jogo

Cinco minutos depois das mexidas do Vizela, o Benfica podia ter matado o jogo. Aos 63 minutos, Musa teve nos pés o 3-0, mas perdeu no duelo com Buntic. Rafa foi mais rápido que Anderson, meteu para o avançado croata, que atirou para enorme defesa do guarda-redes do Vizela.

Num lance quase controlado, o Vizela ganhou uma grande penalidade, aos 70 minutos. Aursnes empurrou Essende na área do Benfica, Luís Godinho marcou grande penalidade, que depois confirmou após consultar as imagens do VAR. Samu não tremeu e reduziu, com um remate para um lado e o guarda-redes Trubin par outro.

Schmidt entendeu que era hora de mexer e lançou Chiquinho no posto de Kokçu, aos 71 minutos. No mesmo minuto Diogo Nascimento rendeu Bustamante no Vizela. A equipa da casa ganhava um agitador, como se viu nos primeiros minutos assim que entrou.


Mas era o Benfica quem dominava o jogo, com bola, sempre a fazer circulação no meio-campo contrário, perante um Vizela que dava mostras de não poder mais. Nos minutos finais, Schmidt refrescou o ataque com os brasileiros Arthur Cabral e David Neres nos lugares de Di Maria e  Petar Musa.

Antes dos oito minutos de desconto dados pelo árbitro Luís Godinho, o Vizela arriscou uma expulsão. Rafa apareceu isolado perante Buntic, o guardião do Vizela defendeu com o pé mas também com a mão fora da área. O árbitro nada assinalou mas, alertado pelo VAR, foi rever a jogada mas assinalar... fora de jogo de Arthur Cabral no início da jogada. O Benfica pedia vermelho para o guarda-redes do Vizela.

Nos 12 minutos que se jogou no tempo extra, destaque para mais uma defesa de Buntic, a negar o golo a Rafa aos 90+4, e para um cabeceamento por cima de Essende, que fez Schmidt suspirar de alívio, aos 90-10.

Quatro triunfo seguido do Benfica, que chega aos 12 pontos (2.º lugar, provisoriamente). O Vizela é 13.º com quatro pontos.

Os encarnados jogam na próxima quarta-feira na Luz, na primeira ronda da fase de grupos da Liga dos Campeões, diante do Salzburgo, da Áustria.

Veja o resumo do Vizela-Benfica