O FC Porto é campeão nacional de futebol pela 30.ª vez na sua história. Em pleno Estádio da Luz, frente ao Benfica, os dragões só precisavam de não perder para terminarem com as dúvidas em relação ao título, mas acabaram por ganhar com um golo mesmo ao cair do pano. Zaidu foi o herói improvável.
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Num encontro em que escassearam as verdadeiras situações de golo ao longo dos 90 minutos, o Benfica, ávido de evitar os festejos do rival no seu recinto, até chegou a festejar, por Darwin, aos 52 minutos, mas o lance foi invalidado por fora de jogo e o nulo - suficiente para os visitantes fazerem a festa - parecia destinado a persistir até ao fim, mas ainda houve tempo para o FC Porto coroar a conquista do título com uma vitória. assistiu, e Zaidu atirou para o fundo das redes, dando início à festa.
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Primeiro quarto de hora sem lances de perigo
Com o encontro a ter significados bem diferentes para uma e para outra, as duas equipas entraram para o encontro com disposições bem distintas. O FC Porto, a saber que um empate lhe chegava para selar a conquista do título, começou por ceder a iniciativa de jogo ao Benfica. E o Benfica, determinado a impedir a festa do adversário no eseu estado, assumiu essa iniciativa, mostrando muita vontade de chegar junto da baliza contrária nos minutos iniciais.
Os primeiros 15 minutos foram, então de domínio encarnado, territorial e em termos de posse de bola. Porém, e apesar de circular bem a bola entre os seus jogadores, de um lado para o outro do terreno, com Gil Dias e Lázaro (surpreendentemente titulares nas alas, no ataque), bastante em jogo, o Benfica não conseguia importunar Diogo Costa na baliza do FC Porto e o FC Porto, por seu lado, não conseguia transpor com perigo o meio campo.
Surgem os primeiros (poucos) lances de perigo, mas resultado não mexe na 1.ª parte
Ainda assim, a primeira oportunidade clara de golo pertenceu ao FC Porto, à passagem do minuto 15. Desmarcado por um grande passe de Otávio, Mehdi Taremi dominou bem e ultrapassou Vertonghen, ficando na cara de Vlachodimos, mas acabando por permitir a defesa ao guarda-redes da casa.
Logo a seguir, na resposta, foi o Benfica a ameaçar, com Zaidu, na tentativa de desarmar Darwin, a acabar por obrigar Diogo Costa a uma defesa apertada; o esférico sobrou para Lázaro, que na recarga, em excelente posição, atirou muito por cima.
Pensou-se que, a partir daí, as jogadas de perigo poderiam passar a surgir mais amiúde junto das duas áreas, mas não passou de uma ilusão. Os minutos da primeira parte foram prosseguindo com nota para poucos lances de destaque, a não ser algumas entradas mais duras de parte a parte e muitos protestos de ambos os lados no que toca ao critério disciplinar de Luís Godinho. Sem surpresa, o intervalo chegou com 0-0 no marcador.
Benfica festeja a abrir a 2.ª parte...mas não conta
A segunda parte arrancou com o FC Porto a entrar mais forte e a ameaçar o golo logo no primeiro lance dos segundos 45 minutos. O encontro pareceu mais aberto nos minutos iniciais do segundo tempo e a bola acabou por entrar mesmo no fundo de uma das balizas.
Aos 52 minutos, um grande passe de Otamendi desmarcou Darwin na frente de ataque, o uruguaio trabalhou bem, tirou Mbemba da frente e, de pé direito, com muita calma, atirou para o fundo da baliza de Diogo Costa. O uruguaio partiu para os festejos, o Estádio da Luz comemorou mas, depois de algum tempo de análise por parte do VAR, o lance foi anulado por fora de jogo. Darwin estava adiantado 2 centímetros...
Encontro volta à toda da primeira parte, picardias sucedem-se, oportunidades escasseiam...
Passada a euforia do golo que, afinal, não foi, o encontro perdeu, aos poucos, a velocidade que a segunda parte parecia trazer e depressa voltou à toada dos primeiros 45 minutos, com o Benfica mais tempo instalado no meio-campo do FC Porto, mas os lances de real perigo a escassearem junto de ambas as balizas, com os visitantes cientes de que o nulo lhes chegava para fazerem a festa.
Os minutos foram passando e foram surgindo mais e mais picardias entre os jogadores. Muitos protestos, muitos desentendimentos entre os jogadores, muitos assobios vindos da bancada, vários cartões amarelos e até um cartão vermelho para um elemento do banco de cada lado, com o minuto 90 a aproximar-se vertiginosamente sem que a nível de futebol jogado houvesse qualquer lance digno de registo.
...e Zaidu abre caminho à festa
Os dragões viam aproximar-se assim, cada vez mais, o momento da festa. Taarabt esteve perto de a evitar, mas Diogo Costa defendeu bem e a festa acabou mesmo por acontecer, despoletada em pleno período de descontos por um contra-ataque conduzido Pepê por e finalizado por Zaidu.
No seguimento de um pontapé de canto a favorecer o Benfica, a bola sobrou para os jogadores do FC Porto e, com o adversário totalmente balanceado para o ataque, Pepê arrancou a grande velocidade rumo à grande área do Benfica, antes de servir Zaidu, que acompanhou a sua cavalgada. O nigeriano finalizou em grande estilo e o banco de suplentes do FC Porto saltou de pronto para dentro do relvado: era a certeza definitiva de que o título já não iria fugir neste final de tarde na Luz. Pouco depois, Luís Godinho dava mesmo por concluída a partida, com os jogadores do FC Porto a permanecerem ainda por largos minutos no relvado a festejar com os seus adeptos.
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