quarta-feira, 29 de setembro de 2021

LIGA CAMPEÕES - BENFICA - 3 BARCELONA - 0 - CATEGÓRICO

 Fez-se história na Luz depois do Benfica aplicar 'chapa 3' ao Barcelona em partida da segunda jornada da Champions. 60 anos depois, os encarnados voltaram a vencer os catalães.

A noite em que o Benfica abateu o gigante Barcelona com um bis de Darwin e um golo de Rafa
epa09496212 Benfica player Darwin Nunez (C) celebrates wit his team mates Roman Yaremchuk (R), Alex Grimaldo (2-R), Joao Mario (2-L) and Julian Weigl (L) after scoring his team's first goal during the UEFA Champions League group E soccer match Benfica vs FC Barcelona in Lisbon, Portugal, 29 September 2021. EPA/MANUEL DE ALMEIDA

O Benfica fez história da Luz, depois de aplicar 'chapa 3' ao Barcelona, com um bis de Darwin e um golo de Rafa. Encarnados estão na segunda posição ao cabo de duas jornadas no grupo E, com quatro pontos.

Era o jogo para colocar a invencibilidade à prova. O Barcelona sim, mas sem o génio Messi, em reconstrução, mas sempre o gigante europeu.

O momento era de confiança para os homens de Jesus, perante sete vitórias consecutivas na Liga. Perante um Barça sem a sua grande figura, num período complicado - Vinha de três vitórias e três empates em seis jogos no campeonato espanhol - era sim real a possibilidade dos encarnados poderem somar três pontos.

Que partida da equipa encarnada! Escrevam a data: 29/09/2021, o dia em que os encarnados bateram o Barcelona por 3-0. Só por uma vez o Benfica tinha vencido o Barcelona e em campo neutro, na década de 60, ano em que conquistou a Liga dos Campeões. Desta feita: Os encarnados não só venceram, mas aplicaram 'chapa 3'.

Onzes: Para a partida frente ao Barcelona, os encarnados colocaram o mesmo onze que tinha vencido o V. Guimarães. Por sua vez, num Barcelona que se apresentava desfalcado, sem homens por exemplos como Jordi Alba ou Braithwaite, Koeman mudou quatro pedras: Saíram Gavi, Mingueza, Nico González e Coutinho e entraram Pedri, Araújo, Sergi Roberto e Frenkie.

Se há entradas que fazem sonhar, arranques que impulsionam os adeptos, foi o exatamente o que o Benfica fez nos primeiros minutos da partida. E não houve melhor forma de começar do que marcar a um histórico...logo aos três minutos. A um histórico que se sentiu tão órfão, tão perdido, longe dos melhores dias, mas ainda assim o Barcelona.

O sonho iniciou-se ao minuto 3´. Weigl lançou Darwin. O uruguaio cheio de ginga, pedalou sobre um adversário e atirou rasteiro para o fundo das redes.

Inspirado pelo golo, o Benfica olhava desde logo para o segundo e Yaremchuk colocou Ter Stegen à prova.

Mas o Barcelona mesmo apagado, mesmo desacreditado, é sempre o Barcelona e tem ainda assim jogadores de classe, capazes de resolver os jogos. Se no ataque começou por aparecer Darwin, Lucas Veríssimo lá atrás era uma muralhava. Salvou aos 11´, num corte milagroso, ao tirar a bola que já se reencaminhava para a baliza de Luuk de Jon, numa jogada iniciada por Pedri. Pedri, um dos meninos e prodígios do Barcelona, tirou as medidas à baliza e atirar
à entrada da meia lua, com a bola a passar próximo da base do poste de Vlachodimos aos 18.

Aos 28´, foi novamente Lucas Veríssimo a brilhar, a fazer a vida difícil a Depay, que não conseguiu finalizar da melhor forma. Na primeira parte, o Barcelona ainda tentou mostrar as garras. Luuk de Jong teve a possibilidade de fazer o empate, mas de forma escandalosa, voltou a passar ao lado do empate.

Mesmo com o Barcelona a crescer após o golo do Benfica, os encarnados mantinham-se sólidos, confiantes com bola frente a uma grande equipa. Em cima do intervalo, Koeman viu-se obrigado a tirar Piqué de campo, percebendo que o defesa catalão podia ter sido expulso por entrada sobre Rafa, que seria o segundo cartão amarelo.

Depois de uma primeira parte dividida, o Benfic fez uma segunda parte taticamente perfeita. O Barcelona é de facto uma equipa com muitos jogadores jovens, sem a capacidade financeira do passado, mas o que é certo é que os encarnados aproveitaram. Na primeira parte, o Barcelona até teve mais oportunidades, mas na segunda parte os encarnados acabaram por ser letais no contra-ataque.


E quando os gigantes estão uns furos abaixo, as equipas em teoria mais fracas, podem fazer das suas. Acabou por não ser surpresa alguma a vitória do Benfica.

Com o Barcelona a precisar de chegar ao empate, com Koeman a precisar de mexer no jogo foi o Benfica que voltou a marcar. Aos 69´, João Mário tabelou com Yaremchuk que apareceu na cara de Ter Stegen. Depois de uma primeira defesa, a bola sobrou para Rafa que fez o 2-0.

Já com o Barcelona destroçado, os encarnados acabaram por coroar a vitória numa grande penalidade de Darwin ao minuto 79´.

O Barcelona teve mais posse, 58 contra 42, mas pouco criou para colocar em perigo a baliza de Vlachodimos. O Benfica numa vitória personalizada, acaba por garantir uma vitória para os anais da sua história.

sábado, 25 de setembro de 2021

TAÇA DE PORTUGAL - FERREIRA DE AVES - 0 A.VISEU - 1 - SUADO

 









V.GUIMARÃES - 1 BENFICA - 3 - CATEGÓRICO

 Os Encarnados voltam a ter quatro pontos de vantagem sobre FC Porto e Sporting e ganham embalo antes do duelo com o Barcelona. Yaremchuk (2) e João Mário fizeram os golos do Benfica, Bruno Duarte fez o tento do Vitória de Guimarães.

Benfica vence Vitória de Guimarães e mantém-se 100 por cento vitorioso na I Liga
Roman Yaremchuk festeja com os seus colegas um dos golos do Benfica  HUGO DELGADO/LUSA

O Benfica mantém-se 100 por cento vitorioso na Primeira Liga de futebol, após vencer o Vitória de Guimarães por 3-1, na 7.ª ronda da prova. Os Encarnados voltam a ter quatro pontos de vantagem sobre FC Porto e Sporting e ganham embalo antes do duelo com o Barcelona na próxima quarta-feira, para a 2.ª ronda da Liga dos Campeões.

Yaremchuk (2) e João Mário fizeram os golos do Benfica, Bruno Duarte fez o tento do Vitória de Guimarães, de grande penalidade. O Benfica ameaçou golear mas ficou-se pelos três golos.


Veja as melhores imagens do jogo!

Embalados pelos seis triunfos em outros tantos jogos esta época na I Liga, o Benfica poucas dificuldades teve para conquistar os três pontos frente a um adversário sempre muito complicado mas que, curiosamente, tem sido 'amigo' das Águias. É que o Vitória de Guimarães não vence o Benfica há 22 jogos e perdeu sempre nos últimos 18 duelos entre os dois. Para encontrar um último triunfo dos Conquistadores sobre as Águias, é preciso recuar até… 2013, quando o Vitória de… Rui Vitória venceu o Benfica, de Jesus, por 2-1, na final da Taça de Portugal.

Defender com muitos não é defender… bem

Pepa apenas manteve Alfa Semedo e Borevkovic no onze, em relação à equipa que venceu o SC Covilhã a meio da semana para a Taça da Liga. Já Jesus só trocou uma peça: Diogo Gonçalves por Valentino Lázaro após a vitória com o Boavista na derradeira ronda da I Liga.

A estratégia de Pepa foi um fracasso autêntico, tais foram as facilidades do Benfica no jogo, quer a defender, mas principalmente a atacar. O Vitória defendia numa espécie de 5-4-1, com Alfa Semedo entre os centrais e apenas Tiago Silva e André André no meio. Dois médios com pouca propensão defensiva e de pressão, o que dava liberdade a João Mário na construção e ainda aos centrais do Benfica nas subidas com bola nos pés.

Apesar de ter cinco defesas, o Vitória de Guimarães permitia que o Benfica entrasse de todas as formas na sua defensiva. Os erros de posicionamento dos centrais e a falta de pressão no portador da bola deixava a equipa exposta. O jogo entrelinhas do Benfica estava difícil de travar, as movimentações de Darwin a cair na direita e Rafa atrás dos dois avançados, baralhava a defensiva contrária.

Curiosamente até foram os minhotos a criar os primeiros lances de perigo, por Oscar Estupiñan, em dois momentos, a colocar a defensiva Encarnada em sentido. Depois, só deu Benfica.

Aos 23, Rafa meteu em Darwin que deu logo em Yaremchuk, o ucraniano rematou para fora, com a bola ainda a desviar em Mumin. Na sequência do canto, Rafa apareceu ao segundo poste, sozinho, para marcar, mas falhou o alvo.

Aos 30, Vertonghen meteu em Darwin (tanto espaço…), este simulou e deixou a bola ir ter com Yaremchuk que picou por cima de Trmal e abriu o marcador.

Tantas eram as facilidades que o 2-0 não demorou muito. Erro infantil de Borevkovic que perdeu a bola na defesa, esta chegou a Yaremchuk que correu e rematou para golo. Mumin ainda tentou tirar, mas a bola bateu-lhes nos pés e acabou no fundo das redes. O central também tem culpas no lance porque não saiu e colocou o ucraniano em jogo.

O hat-trick esteve nos pés de Roman Yaremchuk, mas desta vez Trmal conseguiu evitar o golo, com uma fantástica defesa, aos 44.

Antes do 2-0, o Vitória tinha assustado por Tiago Silva, num remate de longe, e por Estupiñan num falhanço incrível na área Encarnada, após centro de Rafa.

Do lado minhoto, só se salvava o guardião Trmal e o avançado Edwards, o homem que tentou levar a equipa para a frente.

Esperava-se melhorias no segundo tempo mas… foi mais do mesmo: erros gigantescos de posicionamento dos defensores do Vitória de Guimarães e o Benfica com muita à-vontade no jogo.

Benfica descansou, Vitória ainda acreditou

A segunda parte arranca com uma perdida incrível de Marcus Edwards que podia ter relançado o jogo: Rafa Soares centrou atrasado no seu corredor, o inglês apareceu na zona de penálti a rematar mas por cima, quando tinha tudo para marcar.

Aos 64 minutos, momento curioso: o Benfica saiu em contra-ataque, de três para um, Darwin conduziu a bola durante imenso tempo, não soltou quando era preciso e depois fez um mau passe. Jesus perdeu a cabeça com o seu pupilo, este respondeu e houve uma troca de palavras entre ambos. No lance seguinte Darwin já estava de cabeça em baixo e quando Jesus chamou Gedson para entrar, pensava que seria ele a sair: encaminhou-se para a zona lateral para deixar o campo mas voltou atrás quando Pizzi lhe disse que não era ele a sair. Um diálogo posterior entre Jesus e o uruguaio resolveu o assunto.

O 3-1 é de João Mário aos 73 minutos, num lance de contra-ataque. O remate do médio do Benfica desviou num defesa e enganou Trmal.

Jesus lançou Pizzi, Meité e Gedson, nos postos de Yaremchuk, Weigl e João Mário, poupando estes elementos para o jogo com o Barcelona, da próxima quarta-feira. Pepa fez entrar André Almeida, Rúben Lameiras, Rochinha e Bruno Duarte nos lugares de Quaresma, Estupiñan, André André e Marcus Edwards.

O Vitória reduziu por Bruno Duarte aos 78 minutos, na conversão de uma grande penalidade de Lucas Veríssimo sobre Rochinha.

Galvanizados pelo golo e apoiado pelos 14 mil vitorianos nas bancadas, a equipa de Pepa tentou reduzir ainda mais a diferença para tentar, pelo menos, um ponto mas não conseguiu. André Almeida assustou com um remate que ainda desviou num contrário.

O Benfica passa a ter 21 pontos em outros tantos possíveis e restabelece a vantagem de quatro pontos para os rivais FC Porto e Sporting. A equipa de Jorge Jesus só sabe vencer na I Liga e ganha moral para o jogo com o Barcelona, da próxima quarta-feira, na Liga dos Campeões.

O Vitória de Guimarães mantém os sete pontos que entrou para esta ronda e não vence há quatro jogos na I Liga. A equipa de Pepa soma uma vitória, quatro empates e duas derrotas.

Veja o resumo do Vitória de Guimarães-Benfica!