O Benfica alcançou a terceira vitória seguida na I Liga, num jogo em que jogou mais de 80 minutos contra dez e em que o jovem lateral português e o avançado suíço estiveram em evidência.
O Benfica somou a terceira vitória consecutiva na I Liga e colocou pressão sobre os restantes candidato ao título ao receber e vencer por 2-0 o Boavista, num encontro em que jogou mais de 80 minutos em superioridade numérica.
Chidozie, defesa dos axadrezados, foi expulso logo aos oito minutos e a partir daí o Benfica chegou, com tranquilidade, a um triunfo logrado com dois golos construídos pela mesma dupla: Diogo Gonçalves a cruzar, Seferovic a marcar.
Penálti 'anulado' e expulsão logo a abrir
Frente ao adversário responsável pelo primeiro desaire nesta I Liga 2020/21, Jorge Jesus apostou em Pedrinho para o onze inicial das 'águias', mas até foi o Boavista a deixar um primeiro aviso. Logo aos dois minutos, Angel Gomes entrou na área 'encarnada' pela esquerda e tentou o remate em jeito, mas a bola saiu ligeiramente por cima.
Só que, logo depois, na resposta, Luca Waldschmidt, com um gesto técnico fantástico, isolou-se e acabou derrubado por Chidozie. Manuel Mota, árbitro do encontro, começou por assinalar grande penalidade e mostrar o cartão amarelo ao nigeriano. Porém, alertado pelo VAR, foi visualisar as imagens e concluiu que, afinal, a falta tinha ocorrido fora da grande área: a grande penalidade transformou-se em livre direto e o cartão amarelo em cartão vermelho.
Benfica domina, mas perigo escasseia
Na conversão do livre Diogo Gonçalves rematou contra a barreira e a partir daí o Benfica instalou-se por completo no meio campo contrário. A bola ia rondando regularmente a grande área axadrezada, mas os lances de real perigo iam rareando.
A exceção, durante a primeira meia hora, foram dois cabeceamentos de Seferovic que erraram o alvo por pouco e outro cabeceamento de Lucas Veríssimo, no seguimento de um pontapé de canto, à figura de Léo Jardim. Além disso, pouco mais, tirando dois centros-remate em que ninguém apareceu para encostar.
Léo Jardim adia o primeiro das 'águias', mas Seferovic marca mesmo
À medida que o intervalo se foi aproximando, o domínio foi-se intensificando e as verdadeiras oportunidades de golo começaram a surgir, com Seferovic a travar um interessante duelo com o guarda-redes do Boavista. O guardião brasileiro foi levando a melhor sobre o helvético, negando-lhe o golo aos 33 e aos 38 minutos.
Mas aos 42 o avançado suíço marcou mesmo, já depois de Taarabat ter colocado a bola no fundo das redes, num lance invalidado por Manuel Mota por falta do marroquino sobre um defesa contrário. Diogo Gonçalves, numa fantástica arrancada pela direita, deixou um adversário para trás e, da linha de fundo, cruzou tenso e rasteiro. Seferovic só teve de encostar.
Dupla luso-helvética volta a funcionar a abrir o segundo tempo
O Benfica saiu, assim, para o intervalo em vantagem no marcador e em superioridade numérica no que toca a jogadores e o segundo tempo arrancou na mesma toada, com as 'águias' instaladas no meio-campo adversário.
E o segundo golo não tardou, fabricado pelos mesmos homens. Diogo Gonçalves cruzou na perfeição e Seferovic, desta vez de cabeça, não deu hipóteses a Léo Jardim. Estava feito o 2-0.
Com dois golos à maior, Jorge Jesus começou a pensar no próximo jogo - deslocação ao terreno do Sp.Braga - e mexeu pela primeira vez na equipa. Pizzi, Gabriel e Darwin (vindo de lesão) entraram para os lugares do já amarelado Taarabt, Weigl e Waldschmidt.
VAR tira 'hat-trick' a Seferovic por sete centímetros
O ritmo do encontro decresceu com as subsituições. O Boavista tentava responder como podia, mas em inferioridade numérica não conseguiu importunar Helton Leite uma única vez e o Benfica trocava a bola agora em ritmo menos acelerado, à espera que o tempo fosse passando e que a defesa contrária abrissse mais alguma brecha para chegar ao terceiro golo.
Um terceiro golo que as 'águias' chegaram a festejar, com Seferovic a voltar a colocar a bola no fundo das redes na recarga a um cabeceamento de Darwin Nuñez ao poste. Contudo, por indicação do VAR, Manuel Mota anulou o golo. O avançado suíço estava em posição irregular por sete centímetros e viu assim fugir-lhe o 'hat-trick'.
O resultado não sofreria mesmo mais alterações, com o Benfica a somar, sem grandes dificuldades, a terceira vitória nos últimos três jogos da I Liga e a igualar, à condição, o FC Porto no terceiro lugar, com 48 pontos. Quanto ao Boavista, mantém os 21 pontos e é 14.º classificado.
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