
A segunda parte iniciou-se sob o mesma tendência do desperdício: depois de um canto do Aimar, o Luisão apareceu completamente sozinho junto da pequena área a cabecear (nem precisou de saltar) mas conseguiu o mais difícil, não acertando na baliza. Aos oito minuto, o Feirense teve uma rara subida ao ataque, beneficiou de um canto (tavez o primeiro do jogo) e, como não podia deixar de ser, marcou. O Benfica atá teve uma reacção positiva ao golo durante alguns minutos, voltou a criar perigo (teve um fora-de-jogo muito mal tirado ao Saviola, que o deixaria isolado), mas findo o primeiro quarto de hora o jogo ficou completamente aberto, atravessando-se um período em que o próprio Feirense parecia poder aspirar a vencer o jogo. Viu-se aquilo que costuma acontecer muitas vezes quando jogamos com esta táctica, ou seja, assim que a condição física começou a falhar um pouco a equipa ficou praticamente partida ao meio, com metade a defender, outra metade a atacar, e um vazio no meio, que ia sendo preenchido com esforço pelo Aimar. Após quinze minutos nesta indefinição, o Maxi decidiu ir por ali fora, ganhou a linha de fundo, entrou na área e centrou rasteiro para o Cardozo, em esforço, tocar para o golo. O mais difícil estava conseguido, mas o descanso só apareceu já em período de descontos com um grande golo do Bruno César, que tirou vários adversários do caminho, entrou na área pela esquerda, e com um remate cruzado fez um grande golo.
Num jogo em que não me pareceu haver grandes motivos de destaque, os melhores do Benfica acabaram por ser, para mim, o Nolito, pelo golo marcado e por estar envolvdo na maioria dos lances de ataque mais perigosos, e o Aimar, cujos esforços para fazer a ligação entre os sectores da equipa chegam a cansar so de ver. O Witsel teve uma boa entrada em jogo e ajudou a trazer mais alguma organização ao nosso meio campo.
Saí da Luz satisfeito com o resultado, mas não muito contente com a exibição. O Benfica não deveria ter que sofrer tanto para levar de vencida o Feirense. Houve, mais uma vez, desperdício no ataque, mas mais preocupante foi o muito espaço que a nossa defesa deu a partir do momento em que sofremos o golo. Além disso isto foi um jogo que, pela forma como correu, me pareceu ter obrigado os nossos jogadores a um esforço mais intenso do que seria desejável antes do playoff da Champions. Esperemos que não haja consequências disto na quarta-feira.
Sem comentários:
Enviar um comentário