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O nevoeiro tramou a primeira parte. Mesmo assim, Cardozo não perdoou uma desatenção de Felipe Lopes: logo no primeiro remate, o Benfica colocou-se em vantagem. O Nacional, que até poderia ter marcado primeiro (Mateus desperdiçou), ficou muito limitado com a expulsão de João Aurélio e, ao cair do pano, Bruno César sentenciou a contenda, com justiça, diga-se.
Os madeirenses apresentaram a formação que até ao momento terá mais minutos de utilização, com Candeias a ser a excepção, pois nem sempre foi titular na Liga Europa. Ivo Vieira voltou a apostar num 4x3x3, para tentar travar um Benfica que chegou à Choupana motivado e com um onze previsível: Jardel substituiu o lesionado Garay.
Foram os locais que começaram melhor e logo aos 6 minutos, Mateus desperdiçou uma soberana oportunidade, após uma excelente assistência de Skolnik, que o isolou frente a Artur Moraes. Só que o angolano rematou rasteiro para defesa do guarda-redes com os pés.
Aos 12 minutos, Artur Soares Dias parou pela primeira vez a partida face o nevoeiro que caiu sobre o relvado. Três minutos depois recomeçou o encontro. E a turma da Luz chegou ao golo, no seu primeiro remate à baliza. Ao minuto 20 Gaitán cruzou na direita, Cardozo surgiu nas costas de Felipe Lopes e a cabeceou sem hipóteses para Elisson. Sem pouco fazer, o Benfica ficava em vantagem.
Os madeirenses acusaram o golo e permitiram que a formação lisboeta conseguisse impor um maior domínio. Pelo meio, aos 24 minutos, Rondon não conseguiu rematar após uma escorregadela de Jardel. Depois o árbitro voltou a interromper a partida aos 26 minutos e só a reatou 10 minutos depois, de novo por causa do nevoeiro.
Cardozo voltou a mostrar-se, quando aos 32 minutos atirou forte para defesa de Elisson para canto. Quatro minutos depois, Gaitan cruzou de novo na direita e Cardozo não conseguiu o desvio.
Os pupilos de Ivo Vieira só voltaram a assustar a defesa benfiquista aos 41 minutos, com Javi Garcia a poder trair o seu guarda-redes, pois ao desviar um cruzamento de cabeça, quase batia Artur. Valeu a atenção do brasileiro. Depois, quase em tempo de intervalo, Luisão escorregou e permitiu que Skolnik se isolasse mas este não teve velocidade para rematar e preferiu cruzar: mal, diga-se, perdendo-se um lance muito perigoso.
Expulsão de João Aurélio complica
No recomeço, Jorge Jesus retirou Nolito e lançou Bruno César, não mexendo na sua estratégia. O Nacional voltou a surgir mais afoito, mas sem criar perigo para a baliza encarnada. Só que aos 61 minutos, João Aurélio viu o segundo cartão amarelo e deixou a sua equipa a jogar com 10. Se as coisas estavam difíceis, ainda mais se complicaram para os locais.
Na cobrança de um livre directo, aos 68 minutos, Aimar quase marcava, com a bola a passar muito perto da baliza de Elisson. Ivo Vieira foi mexendo na sua equipa e tentando equilibra-la de forma a conseguir ainda discutir o resultado. Mas o Benfica controlava e esteve outra vez perto de marcar, com Luisão a cabecear bem após cruzamento (72 minutos) de Gaitan, mas Elisson fez uma notável defesa.
A resposta nacionalista surgiu aos 74 minutos, com Todorovic a cabecear com muito perigo após um canto apontado por Candeias, mas a bola saiu ao lado. Até ao final, os homens da Luz foram dominando e só não marcaram o segundo porque Elisson mostrou estar atento e fez defesas que evitaram o pior. Já em tempo de descontos, num contra-ataque, Bruno César não perdoou e fez o 2-0, colocando o ponto final na partida.
Com uma segunda parte mais bem conseguida, os pupilos de Jorge Jesus somaram o seu primeiro triunfo fora de portas na Liga. O Nacional continua a não conseguir marcar na prova portuguesa. A expulsão de João Aurélio retirou qualquer possibilidade de reacção.