terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

LIGA CAMPEOES - BENFICA - 3 MONACO - 3 - OITAVOS FINAL

 Os encarnados passam a próxima fase, valendo-se da vitória na semana passada em casa dos monegascos por 1-0. Barcelona ou Liverpool, um deles será adversário do Benfica.

Benfica 3-3 Mónaco: Águia sobrevive na Luz e está nos 'oitavos' da Champions
Benfica-Mónaco: Pavlidis marca de penálti RODRIGO ANTUNES/LUSA

O Benfica garantiu um lugar nos oitavos de final da Liga dos Campeões, ao empatar 3-3 com o Mónaco na Luz, na 2.ª mão do play-off. Os encarnados passam a próxima fase, valendo-se da vitória na semana passada em casa dos monegascos por 1-0.

Pavlidis, Kokcu e Akturkoglu marcaram para o Benfica. Ben Seghir, Minamino e Ilenikhena marcaram para os monegascos.

Nos oitavos de final, o Benfica irá medir forças ou com o Liverpool ou com o Barcelona.

FOTOS: O Benfica-Mónaco em imagens

Bruno Lage contou com Tomás Araújo e Aursnes, que não jogaram no fim-de-semana devido a pequenas lesões, lançando os dois no onze, que não contou com o castigado Florentino, além os lesionados, Di Maria, Manu, Bah, Renato Sanches e Tiago Gouveia.

Os castigos de Al Musrati, Vanderson e Zakaria e as lesões de Golovin, Magassa e Balogun levaram o técnico austríaco Adi Hutter a fazer várias alterações no onze, em relação à equipa que perdeu no Estádio Luís II frente a este Benfica. O Mónaco apresentou-se na Luz num 3-5-2, com Minamino e Embolo na frente, com os craques Eliesse Ben Seghir e Maghnes Akliouche encarregues da criatividade no meio-campo ofensivo.

Muito do que o Benfica ia tirar do jogo ia depender da forma como iria travar os criativos Eliesse Ben Seghir e Maghnes Akliouche, a servirem a mobilidade de Minamimo e o poço de forças que é Embolo. Travar este quarteto era meio-caminho andado para confirmar os 'oitavos'. Mas era preciso faze-lo.

O Benfica até deu o primeiro sinal de perigo logo no arranque do jogo, aos dois minutos, num cabeceamento de Pavlidis após livre de Kokcu que o guardião Majecki amarrou. A Luz gostou, aplaudiu e.... passou a ver o Mónaco explanar o seu futebol.

Aos quatro, Embolo ficou perto de marcar, mas Trubin chegou primeiro e desviou a bola, que Minamino atirou às malhas laterais. Aos 7, o ucraniano teve de se aplicar para evitar o golo de Diatta após falha de Carreras. O Mónaco mostrava ao que vinha, o Benfica tinha de se precaver.

Se defensivamente era preciso estar atento aos avançados e crativos monegascos, ofensivamente o Benfica podia aproveitar as debilidades da defesa de Adi Hutter. Zakaria, o patrão do meio-campo, não estava, assim como o lateral/ala brasileiro Wanderson. Foi num desses erros, de Singo, que o Benfica marcou, aos 22 minutos. Perda de bola em zona perigosa, Leandro Barreiro meteu em Pavlidis que segurou antes de centrar ao segundo poste para a entrada em carrinho do 'Harry Potter' Kerem Akturkoglu para o fundo das redes, para delírio dos benfiquistas nas bancadas. 2-0 na eliminatória e tudo bem encaminhado.

A superioridade do Mónaco em campo teve efeitos aos 32 minutos, quando Embolo ganhou no corpo a corpo com Otamendi e viu Minamino chegar para rematar ao primeiro poste. A bola bateu no esquerdo de Trubin e entrou. Mal o ucraniano. Nesse mesmo minuto, Embolo tinha atirado ao poste, de cabeça, a centro de Diatta.

O mesmo Embolo voltou a falhar aos 38 minutos, num cabeceamento por cima, e aos 45+3, num lance de três para dois: Akliouche deixou-o sozinho para marcar, mas o avançado helvético pegou muito mal na bola perto da pequena área, atirando por cima.

O segundo tempo arranca com Bem Seghir a testar os reflexos de Trubin, aos 47, anunciando o que chegaria quatro minutos. Fantástico o desenho ofensivo do Mónaco pela esquerda, com Embolo a deixar a bola passar na área com uma simulação para um remate de primeira, colocado, de Ben Seghir, para um golaço. Trubin ficou a ver.

O nervosismo do Benfica chegava às bancadas quando, uma sucessão de passes falhados levou metade do estádio a assobiar e outra metade a aplaudir, na tentativa de resgatar a equipa. O Benfica precisava dos seus adeptos para sair do aperto e ir em busca de nova vantagem na eliminatória. Lage respondeu do banco, trocando os extremos Schjelderup e Akturkoglu por Amdouni e Dahl.

Com a eliminatória empatada, o Benfica foi à procura do seu objetivo. Cresceu no jogo, principalmente pelo seu lado esquerdo, numa altura em que o Mónaco dava sinais de quebra física. Foi desse lado esquerdo que Amdouni fez uma arrancada, deixando vários adversários para trás até entrar na área. Na confusão para afastar a bola, Kehrer acertou no pé de Aursnes. O árbitro sueco Glenn Nyberg assinalou grande penalidade, que foi depois confirmar no monitor após conversa com o VAR Rob Dieperink, o neerlandês que também fez de video-árbitro no polémico Benfica 4-5 Barcelona. Pavlidis atirou uma 'bomba' para o meio da baliza e empatou o jogo aos 76 minutos, colocando o Benfica de novo na frente da eliminatória.

Aos 81, Otamendi perdeu no corpo a corpo com George Ilenikhena, acabado de entrar, o avançado sub-21 francês foi para a área, rematou de pé esquerdo para o meio da baliza e Trubin... deixou a bola passar, para o terceiro do Mónaco. Muito mal o ucraniano, novamente com culpas no golo dos monegascos.

A resposta do Benfica foi letal, com o 3-3, de Kokcu aos 84 minutos, a antecipar-se ao guarda-redes num centro tenso de Carreras. Loucura na Luz.

Nos descontos, o árbitro marcou nova grande penalidade para o Benfica, mas voltou a ir ao monitor, alertado pelo VAR. Reviu a jogada e anulou a grande penalidade, para desespero dos adeptos encarnados.

Nos oitavos de final o Benfica vai medir forças ou Liverpool ou FC Barcelona, sendo que esta época as 'águias' perderam em casa com os espanhóis na fase de liga (5-4), em jogo com arbitragem polémica.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

LP2 - U.LEIRIA - 1 A-VISEU - 1 - EMPATE


 Foi com um empate a um golo em Leiria, e um ponto na bagagem, que o Académico regressou a Viseu, após o jogo que fechou a jornada 22 da Liga 2 de futebol.

Samba Koné adiantou a formação viseense aos 34 minutos, numa altura em que o Académico de Viseu era mais perigoso no jogo, e já tinha ameaçado marcar por duas vezes, com André Clóvis, logo ao segundo minuto, e Marinelli a colocar Kieszek à prova aos 14 minutos.


A União de Leiria conseguiu o empate através Ryan Guilherme, aos 80 minutos.


Com este empate o Académico de Viseu vai chegar ao dérbi, domingo frente ao Tondela, com 31 pontos e na 9.ª posição, a nove dos ‘auriverdes’ que lideram a Liga 2 de futebol.

Jogo disputado no Estádio Municipal dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.

União de Leiria – Académico de Viseu, 1-1.

Ao intervalo: 0-1

Marcadores:

0-1, Samba Koné, 34 minutos.

1-1, Ryan Guilherme, 80


Equipas:

– União de Leiria: Kieszek, Habib Sylla (Zé Vítor, 75), Victor Rofino, Tiago Ferreira, Kaká (Singh, 46), Dje D’avila (Diogo Amado, 69), Jordan van der Gaag, Ryan Guilherme, Juan Muñoz, Daniel dos Anjos (60, Orphé Mbina) e Jair Matheus (João Resende, 69).

(Suplentes: Marcos, Fábio Ferreira, Zé Vítor, Diogo Amado, João Resende, Singh, David Monteiro, Martim e Orphé Mbina).

Treinador: Jorge Silas.

– Académico de Viseu: Bruno Brígido, Paulinho, João Pinto, André Almeida, Michelis, Milioransa, Marinelli (Kahraman, 83), Samba Koné (Soriano Mané, 66), Luís Silva (Quizera, 66), Messenguem (Yuri Araújo, 83) e André Clóvis (Nigel Thomas, 75).

(Suplentes: Gril, Yuri Araújo, Quizera, Soriano Mané, Kahraman, Nigel Thomas, Aidara, Bandarra e Marquinho).

Treinador: Sérgio Vieira.

Árbitro: Sérgio Geudelho (AF Guarda).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Luís Silva (65) e Quizera (90+4).

Assistência: 2.207 espetadores.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

SANTA CLARA - O BENFICA - 1 - VITORIA

 Os encarnados foram até aos Açores para o jogo da 22.ª jornada e saíram com mais três pontos, após uma vitória pela margem mínima.

Benfica vence Santa Clara com golo solitário na estreia de Bruma a marcar
Bruma assinalou o primeiro golo pelo Benfica. EDUARDO COSTA/LUSA © 2025 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O Benfica venceu por 1-0 na deslocação ao terreno do Santa Clara, no jogo da 22.ª jornada da Primeira Liga. As águias levaram a melhor, mas não foram particularmente eficazes ao longo da partida. As oportunidades existiram de parte a parte e foram os guarda-redes, em especial Trubin, que brilharam ao impedirem que o marcador fosse mais avultado.

Numa noite de estreias para o Benfica com várias novidades no onze inicial, foi Bruma quem se destacou ao assinalar o primeiro golo ao serviço das águias. Para além disso, o ex-SC Braga foi o mais inconformado no lado dos forasteiros e terminou o encontro com nota positiva, bem como o prémio de melhor em campo.

Apesar de não ter sido repleto de espetacularidade, o Benfica conseguiu um importante triunfo contra um adversário difícil que tem feito um excelente campeonato. A equipa de Bruno Lage cumpriu serviços mínimos e fez o possível perante uma equipa bem organizada e competente.

Oportunidades de perigo para guarda-redes de luxo

Durante o primeiro tempo, a posse de bola pertenceu ao Benfica, mas as oportunidades de golo foram repartidas para as duas equipas com dois lances de perigo para cada uma. Nos primeiros 15 minutos, as águias foram superiores, mas o Santa Clara rapidamente apareceu no jogo e fez tremer o Benfica com dois momentos muito perigosos, salvos por duas excelentes intervenções de Trubin. Já o Santa Clara foi-se preocupando em recuperar a bola e sair em contra ataque rápido. As arrancadas açorianas foram quase ameaçadoras, ainda que nada eficazes no momento de finalização.

Foi numa dessas investidas em velocidade que a equipa da casa criou perigo. Logo aos quatro minutos, uma escorregadela de Carreras, num relvado problemático, deixou nos pés de Vinícius a oportunidade para chegar à vantagem. Quem lá estava para defender era Trubin, que viria a ser uma das principais figuras no primeiro tempo.

Minutos depois, as tentativas do Benfica em atacar viriam a dar frutos, mas de bola parada. O livre batido por Dahl foi parar à cabeça de Mateus Araújo que interceptou mal com o esférico a sobrar para Belotti. Parecia que o avançado italiano tinha todas as condições e uma baliza escancarada para fazer o golo, mas falhou escandalosamente.

Trubin teve um início de jogo sem descanso e voltou a ser chamado para intervir aos 16 minutos. Tal como aconteceu por diversas vezes, o Santa Clara saiu num ataque rápido pelos pés de Gabriel Silva que abriu para Ricardinho. Este atirou e lá estava outra vez o guarda-redes ucraniano pronto a apagar mais um fogo.

Ao mesmo tempo que o Benfica tentava remates, cruzamentos ou perfurações na área, o Santa Clara procurava manter-se firme defensivamente e investir no contra ataque para apanhar a defesa benfiquista em desequilíbrio.

Até ao intervalo, Bruma foi sendo o mais interventivo pelas águias, ao contrário de Belotti que pouca ou nenhuma influência teve. Contudo, o Benfica voltaria a estar mais perto do golo com António Silva a atirar ao ferro, novamente através de bola parada.

Estreia a marcar logo a abrir a 2.ª parte

No segundo tempo, Bruno Lage apostou em Kokçu para o lugar de Florentino Luís à espera que houvesse mais envolvimento no miolo para que fosse criado maior espaço nos corredores. Porém, quem entrou com vontade de chegar à vantagem foi o Santa Clara, que obrigou Trubin a mais uma importantíssima defesa.

Na resposta, no minuto seguinte, o Benfica fez uma boa jogada que deu origem ao primeiro golo da partida. Após um cruzamento de Amdouni, Bruma só teve de encostar e fazer o seu primeiro tento com a camisola das águias.

Mesmo depois do golo, a partida permaneceu equilibrada sem um domínio absoluto de nenhuma das partes. O Santa Clara viria a ter a missão mais dificultada com a expulsão de Sidney Lima que viu o segundo amarelo e deixou a equipa da casa reduzida a dez elementos.

Aos 70 minutos, Bruno Lage tentou explorar novas opções com as entradas de Akturkoglu e Pavlidis para as saídas de Amdouni e Belotti, respetivamente.

Todavia, as águias não se mostraram capazes de dominar o jogo e limitar o Santa Clara à sua linha defensiva, que voltou a ter boas oportunidades para ameaçar a baliza encarnada. Trubin voltou a ser o salvador das águias com uma defesa a dois tempos, sendo instantes antes Frederico Venâncio já tinha rematado sem oposição, mas para fora.

Até ao final do duelo, o treinador do Benfica estava empenhado em distribuir estreias aos jogadores e Nuno Félix foi mais um dos sortudos.

A poucos minutos do árbitro apitar para o final, Pavlidis ainda tentou deixar a sua marca, como tem feito nas últimas partidas, com um remate colocado para uma boa defesa de Gabriel Batista.

Com este resultado, o Benfica fica a um ponto do Sporting, à condição, e sete pontos de vantagem sobre o FC Porto e SC Braga.