O Benfica passa a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.
O Benfica subiu ao segundo lugar da I Liga de futebol, ao vencer esta noite o Nacional da Madeira por 2-0, em jogo em atraso da 8.ª jornada da prova. O encontro, que tinha sido interrompido no dia 06 de outubro aos oito minutos devido ao nevoeiro, foi retomado, com domínio absoluto dos encarnados, que passam a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.
Nem o nevoeiro, que voltou a ameaçar o jogo, nem a fantástica exibição de Lucas França na baliza dos madeirenses, travaram o regresso dos encarnados aos triunfos, depois do empate na ronda anterior com o AVS.
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Uma muralha chamada Lucas França
Com ou sem nevoeiro, vencer era a palavra de ordem no lado do Benfica, para retomar o segundo lugar e colocar pressão no líder Sporting, antes do dérbi da Segunda Circular. Um triunfo na Choupana deixaria os encarnados com menos um ponto que os leões, antes do jogo entre ambos, no dia 29. Pelo meio, os dois conjuntos terão mais um encontro: Sporting fora com o Gil Vicente e Benfica em casa com o Estoril.
Bruno Lage queria ver a equipa a dar uma resposta convincente, após o empate no último jogo no terreno do AVS, numa exibição que deixou muito a desejar.
Se o nevoeiro já era um adversário esperado, a exibição de Lucas França era algo que o Benfica não contava. O guarda-redes dos madeirenses foi engatando defesas atrás de defesas, negando o golo aos lisboetas em várias ocasiões.
Logo no início do jogo (08:05 minutos, tempo que o relógio marcava quando o encontro foi interrompido dia 6 de outubro e adiado para hoje), via-se que o guardião de 1,94 metros iria ter muito trabalho. Aos 11, teve de se aplicar para afastar um cabeceamento de Pavlidis.
O Benfica mandava no jogo, tentando romper a linha de quatro do Nacional que era ajudado por uma dupla de médios defensivos e dois extremos que baixavam para ajudar os laterais. Apesar quantidade de gente perto da área na equipa de Tiago Margarido, o Benfica ia encontrando espaço. Faltava apenas meter a bola dentro da baliza.
Aos 29 minutos, primeira defesa fantástica de Lucas. Kokcu entendeu-se com Di María, o argentino meteu em Pavlidis que rodou e deixou em Akturkoglu, o extremo turco rematou para grande defesa do guardião nascido em Alhandra, Paraíba, Brasil.
O duelo repetiu-se aos 36 minutos: Kokcu a meter na área, ao segundo poste, Otamendi a cabecear para nova defesa de Lucas França em cima da linha. O Benfica tinha de arranjar formas de bater o gigante dos madeirenses.
E não seria aos 45+3, quando, após ressalto na área, Akturkoglu disparou colocado, para uma estirada enorme do brasileiro, a dar uma palmada na bola para canto.
Ulisses trama Lucas França
No vaivém do nevoeiro, ora denso, ora franco, seria importante para o Benfica marcar cedo, até porque o relvado começava a ficar pesado nalgumas zonas. Kokcu voltou cheio de vontade e fé, como mostrou no fantástico pontapé que atirou de fora da área, aos 50 minutos. Não havia Lucas França desta vez, havia a barra. Agora eram os ferros a salvar o Nacional.
À passagem do quarto hora do segundo tempo, finalmente o golo do Benfica. Um centro de Bah, tenso, na direita, foi desviado com o braço pelo central Ulisses na pequena área. O árbitro Gustavo Correia, bem colocado, marcou grande penalidade, que não mereceu contestação por parte dos jogadores madeirenses. O brasileiro tinha as mãos atrás das costas mas, inexplicavelmente, tirou os braços dessa posição e interceptou o centro do lateral encarnado. Di María, com a classe do costume, enganou Lucas França e abriu finalmente o ativo.
Ofensivamente, o Nacional era uma nulidade. A equipa não conseguia sair a jogar e, quando finalmente fazia dois ou três passes, o condutor da bola exagerava e perdia o esférico. Tiago Margarido tentou mudar isso, com as entradas do avançado Dyego Souza, antigo jogador do Benfica e do SC Braga, e do criativo Bruno Costa. Bruno Lage deu mais mobilidade na frente, trocando Pavlidis por Amdouni.
E foi o suíço a estar no 2-0, marcado por Di María, aos 74 minutos. Um mau corte de Garcia deixou a bola em Amdouni, este tirou o 'pão da boca' de Di María, e tentou rematar mas ficou sem espaço. Voltou a devolver ao argentino que disparou de ponto, a bola desviou num adversário e entrou na baliza de Lucas França. Di María, que tinha ficado furioso num primeiro momento com o suíço, iria agradecer-lhe a a assistência.
O controle do jogo e o resultado permitiram ao Bruno Lage lançar Leandro Barreiro e Beste para os postos de Álvaro Carreras e Aursnes. Schjelderup e Rollheiser foram as últimas opções dos encarnados.
Mas até ao final, nada havia a fazer. O Benfica controlou perante um Nacional sem argumentos para se aproximar da baliza de Trubin.
Com a vitória, o Benfica subiu ao 2.º lugar da I Liga, com 35 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o terceiro colocado, o FC Porto. O Nacional mantém-se no 13.º posto com 12 pontos.