quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

NACIONAL - 0 BENFICA - 2 - VITORIA

 O Benfica passa a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.

Não há nevoeiro ou Lucas França que trave o voo da águia. Benfica bate Nacional e fica a um ponto do Sporting
Di María festeja golo HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

O Benfica subiu ao segundo lugar da I Liga de futebol, ao vencer esta noite o Nacional da Madeira por 2-0, em jogo em atraso da 8.ª jornada da prova. O encontro, que tinha sido interrompido no dia 06 de outubro aos oito minutos devido ao nevoeiro, foi retomado, com domínio absoluto dos encarnados, que passam a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.

Nem o nevoeiro, que voltou a ameaçar o jogo, nem a fantástica exibição de Lucas França na baliza dos madeirenses, travaram o regresso dos encarnados aos triunfos, depois do empate na ronda anterior com o AVS.

Fotos: As melhores imagens do Nacional-Benfica

Uma muralha chamada Lucas França

Com ou sem nevoeiro, vencer era a palavra de ordem no lado do Benfica, para retomar o segundo lugar e colocar pressão no líder Sporting, antes do dérbi da Segunda Circular. Um triunfo na Choupana deixaria os encarnados com menos um ponto que os leões, antes do jogo entre ambos, no dia 29. Pelo meio, os dois conjuntos terão mais um encontro: Sporting fora com o Gil Vicente e Benfica em casa com o Estoril.

Bruno Lage queria ver a equipa a dar uma resposta convincente, após o empate no último jogo no terreno do AVS, numa exibição que deixou muito a desejar.

Se o nevoeiro já era um adversário esperado, a exibição de Lucas França era algo que o Benfica não contava. O guarda-redes dos madeirenses foi engatando defesas atrás de defesas, negando o golo aos lisboetas em várias ocasiões.

Logo no início do jogo (08:05 minutos, tempo que o relógio marcava quando o encontro foi interrompido dia 6 de outubro e adiado para hoje), via-se que o guardião de 1,94 metros iria ter muito trabalho. Aos 11, teve de se aplicar para afastar um cabeceamento de Pavlidis.

O Benfica mandava no jogo, tentando romper a linha de quatro do Nacional que era ajudado por uma dupla de médios defensivos e dois extremos que baixavam para ajudar os laterais. Apesar quantidade de gente perto da área na equipa de Tiago Margarido, o Benfica ia encontrando espaço. Faltava apenas meter a bola dentro da baliza.

Aos 29 minutos, primeira defesa fantástica de Lucas. Kokcu entendeu-se com Di María, o argentino meteu em Pavlidis que rodou e deixou em Akturkoglu, o extremo turco rematou para grande defesa do guardião nascido em Alhandra, Paraíba, Brasil.

O duelo repetiu-se aos 36 minutos: Kokcu a meter na área, ao segundo poste, Otamendi a cabecear para nova defesa de Lucas França em cima da linha. O Benfica tinha de arranjar formas de bater o gigante dos madeirenses.

E não seria aos 45+3, quando, após ressalto na área, Akturkoglu disparou colocado, para uma estirada enorme do brasileiro, a dar uma palmada na bola para canto.

Ulisses trama Lucas França

No vaivém do nevoeiro, ora denso, ora franco, seria importante para o Benfica marcar cedo, até porque o relvado começava a ficar pesado nalgumas zonas. Kokcu voltou cheio de vontade e fé, como mostrou no fantástico pontapé que atirou de fora da área, aos 50 minutos. Não havia Lucas França desta vez, havia a barra. Agora eram os ferros a salvar o Nacional.

À passagem do quarto hora do segundo tempo, finalmente o golo do Benfica. Um centro de Bah, tenso, na direita, foi desviado com o braço pelo central Ulisses na pequena área. O árbitro Gustavo Correia, bem colocado, marcou grande penalidade, que não mereceu contestação por parte dos jogadores madeirenses. O brasileiro tinha as mãos atrás das costas mas, inexplicavelmente, tirou os braços dessa posição e interceptou o centro do lateral encarnado. Di María, com a classe do costume, enganou Lucas França e abriu finalmente o ativo.

Ofensivamente, o Nacional era uma nulidade. A equipa não conseguia sair a jogar e, quando finalmente fazia dois ou três passes, o condutor da bola exagerava e perdia o esférico. Tiago Margarido tentou mudar isso, com as entradas do avançado Dyego Souza, antigo jogador do Benfica e do SC Braga, e do criativo Bruno Costa. Bruno Lage deu mais mobilidade na frente, trocando Pavlidis por Amdouni.

E foi o suíço a estar no 2-0, marcado por Di María, aos 74 minutos. Um mau corte de Garcia deixou a bola em Amdouni, este tirou o 'pão da boca' de Di María, e tentou rematar mas ficou sem espaço. Voltou a devolver ao argentino que disparou de ponto, a bola desviou num adversário e entrou na baliza de Lucas França. Di María, que tinha ficado furioso num primeiro momento com o suíço, iria agradecer-lhe a a assistência.

O controle do jogo e o resultado permitiram ao Bruno Lage lançar Leandro Barreiro e Beste para os postos de Álvaro Carreras e Aursnes. Schjelderup e Rollheiser foram as últimas opções dos encarnados.

Mas até ao final, nada havia a fazer. O Benfica controlou perante um Nacional sem argumentos para se aproximar da baliza de Trubin.

Com a vitória, o Benfica subiu ao 2.º lugar da I Liga, com 35 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o terceiro colocado, o FC Porto. O Nacional mantém-se no 13.º posto com 12 pontos.

VÍDEO: Veja o resumo do Nacional 0-2 Benfica

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

LP2 A.VISEU - 2 OLIVEIRENSE - 1 - VITORIA

 

Ac. Viseu-Oliveirense, 2-1: Triunfo garante reaproximação aos lugares de subida

Messeguem passou de 'vilão a herói', primeiro ao fazer o autogolo que deu o empate à Oliveirense (85) e depois a fazer o 2-1

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• Foto: Ac. Viseu

O Académico de Viseu venceu esta segunda-feira por 2-1 na receção à Oliveirense, lanterna-vermelha da 2.ª Liga, no fecho da 14.ª jornada do campeonato, resultado que permitiu aos viseenses a reaproximação aos lugares de subida.

Num final de tarde com muito frio no Estádio do Fontelo, em Viseu, o Académico adiantou-se aos 21 minutos, pelo grego Michelis, tendo o alemão Messeguem passado de 'vilão a herói', primeiro ao fazer o autogolo que deu o empate à Oliveirense (85) e depois a fazer o 2-1, aos 89 minutos.

Os comandados de Rui Ferreira dominaram a primeira metade e foram premiados com o golo do defesa-central grego, que, numa bola parada, reagiu mais rápido que todos e desviou para o fundo da baliza da Oliveirense.

Só depois de se ver em desvantagem a formação e Oliveira de Azeméis procurou acercar-se de forma mais assertiva da baliza defendida por Domen Gril e, aos 34 minutos, chegou mesmo a marcar, mas João Silva estava em posição irregular, confirmada pelo VAR.

Dois minutos volvidos e foi Schutte a ficar perto do golo, com um desvio de calcanhar, obrigando o guarda-redes esloveno dos viseenses a uma grande defesa.

No segundo tempo, o jogo só voltou a aquecer nos minutos finais, com a Oliveirense a chegar ao empate na sequência de um livre na direita, aos 85 minutos, com Messeguem a desviar para o fundo da sua baliza, mas o alemão acabaria por se redimir numa rápida transição pela esquerda do ataque e, já na área, rematou forte e cruzado e bateu Arthur.

O emblema beirão regressou assim às vitórias, tendo a equipa orientada por Rui Ferreira 'colado' a Benfica B e Desportivo de Chaves, todos com 24 pontos, apenas a um do Torrense, equipa que ocupa o lugar de acesso ao play-off pela subida.

A Oliveirense continua como lanterna-vermelha da 2.ª Liga, com apenas seis pontos em 14 partidas disputadas.

Jogo no Estádio do Fontelo, em Viseu.

domingo, 15 de dezembro de 2024

AVS - 1 BENFICA - 1 - EMPATE

O Benfica viu travada frente ao AVS a série de oito vitórias seguidas que atravessava, ao deixar fugir ao cair do pano o triunfo na Vila das Aves. Amdouni marcou na primeira parte, mas o AVS cresceu e muito no segundo tempo e chegou ao empate no último lance do jogo.
AVS 1-1 Benfica: Águias deixam fugir vitória ao cair do pano e veem liderança mais longe
A festa do golo do empate do AVS ao cair do pano. (Photo by MIGUEL RIOPA / AFP) AFP or licensors

O Benfica deixou fugir os três pontos ao cair do pano na Vila das Aves ao empatar 1-1 com o AVS em encontro da jornada 14 da I Liga 24/25. Um golo de Zeki Amdouni ainda na primeira parte parecia destinado a dar mais uma vitória à turma de Bruno Lage, que contudo viu o adversário criar muito perigo - e enviar mesmo uma bola ao poste - no segundo tempo, antes de chegar mesmo ao empate, já no período de descontos.

As águias perdem assim terreno para o Sporting - que na véspera venceu o Boavista - e deixam fugir a hipótese de poderem saltar para o topo da classificação na próxima quinta-feira, quando jogarem na Madeira os 80 minutos em falta do encontro com o Nacional.

Parada e resposta até ao golo do Benfica

Bruno Lage procedeu a uma pequena revolução no seu onze habitual, mexendo cinco pedras, a pensar noutros compromissos, com as águias a atravessarem uma série de cinco jogos em 16 dias, e a sua equipa até começou a controlar, mas o primeiro lance de perigo pertenceu ao AVS, que vinha de uma série de oito jogos sem ganhar.

António Silva - uma das novidades no onze, no lugar de Otamendi - perdeu uma bola em zona perigosa, mas Mercado rematou muito torto.  O Benfica, respondeu logo a seguir e também criou perigo, num excelente lance de outra das novidades, o internacional suíço Amdouni. Um aviso para o que iria acontecer poucos minutos mais tarde.

O AVS até voltou a criar perigo, num cabeceamento de Zé Luís que saiu ligeiramente ao lado, mas Amdouni marcou mesmo, aos 17 minutos. Excelente combinação já dentro da grande área do AVS, entre Aursnes e Akturkoglu, que ajeitou para Amdouni e este, em posição frontal, rematou de pé esquerdo, rasteiro e colocado, sem hipóteses para o guardião da casa.

Ritmo desce, águias controlam até ao intervalo

Em vantagem, o Benfica continuou a controlar as operações, sem acelerar muito, e Amdouni, uma vez mais, voltou a ameaçar, com o AVS a encontrar agora mais dificuldades para chegar com perigo junto da grande área contrária.

Mesmo sem acelerar muito, o Benfica ameaçou o segundo golo por duas vezes a fechar a primeira parte, primeiro num livre de Kokçu, depois num belíssimo remate em arco de Akturkoglu, que saiu a rasar o poste.

O segundo tempo começou na mesma toada, sem grande velocidade e com o Benfica a controlar, mas com alguns remates a visar as balizas de parte a parte. Mercado, logo a abrir a segunda parte, e o veterano Nenê tentaram a sua sorte para o AVS , Akturkoglu e Amdouni responderam do outro lado, mas sem que nenhum dos disparos ameaçasse verdadeiramente os guarda-redes

AVS cresce, ameaça e empata mesmo

Aos poucos, porém, o AVS subiu a linha de pressão, começando a apertar a defesa do Benfica à saída da grande área das águias e estas passaram por vários sobressaltos, com Nenê a dar o mote com um grande remate de primeira, a testar Trubin.

Bruno Lage sentiu que a sua equipa precisava de sangue novo em campo e mexeu, mas o AVS continuou a ameaçar nos minutos que se seguiram, com a defesa do Benfica a tremer. Nené - outra vez ele - cabeceou ao ferro após cruzamento da esquerda e, na recarga, Fernando Fonseca rematou para mais uma defesa de Trubin a impedir o empate dos avenses.

E o ucraniano ainda voltou a ter de se aplicar, desta feita para travar um remate rasteiro de Vasco Lopes. Parecia que, mesmo assim, e apesar de todos esses sobressaltos, o Benfica ia mesmo resistir, até que já bem dentro do período de descontos, no último lance do jogo, Piazon bateu uma bola parada par a grande área das águias, Roux cabeceou para o segundo poste e Devenish atirou também de cabeça para o golo do empate