domingo, 30 de janeiro de 2022

LIGA PORTUGAL - MAFRA - 0 A.VISEU - 0 1 PONTO



 

FINAL TAÇA LIGA - BENFICA - 1 SPORTING - 2 - PERDIDA

 Leões bateram o Benfica por 2-1 em Leiria e somam a segunda Taça da Liga consecutiva.

Sporting dá a volta frente ao Benfica e revalida o título na Taça da Liga
Sarabia festeja o golo © 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O Sporting esteve a perder frente ao Benfica, depois de um golo de Everton Cebolinha, mas conseguiu dar a volta na segunda parte, depois de golos de Gonçalo Inácio e Sarabia (2-1). Segundo triunfo consecutivo na Taça da Liga para os leões.

O contexto da final

Benfica e Sporting em Leiria, no segundo ombro a ombro da temporada, num jogo que iria atribuir o primeiro troféu da época: O título de campeão de inverno. Duas equipas que garantiram o bilhete para a final, depois de derrubarem Boavista e Santa Clara. Dois emblemas sedentos de um título para recuperarem os níveis de confiança. No caso dos leões, apenas um triunfo nos três últimos jogos do campeonato, depois das derrotas frente ao Santa Clara (3-2) e Sporting de Braga (2-1). Os encarnados com um empate caseiro frente ao Moreirense em 2022, e ainda em convulsão depois da saída recente de Jorge Jesus e a entrada de Nelson Veríssimo para o comando técnico. No que diz respeito à história na competição dois papa troféus em confronto: Sporting, detentor do troféu e com três triunfos e o Benfica com sete.

lOnzes e apostas de Rúben Amorim e Veríssimo

Era uma das incógnitas para o dérbi, Benfica iria apresentar-se no relvado do Municipal de Leiria em 4-4-2 ou 4-3-3? O mistério foi desfeito com a constituição das equipas, com os encarnados a apresentarem-se no miolo com João Mário, Weigl e Meite. O médio francês de 27 anos rendeu Paulo Bernardo no onze. Na frente um tridente com Everton e Diogo Gonçalves no apoio a Yaremchuk.

Já em relação ao Sporting, três mexidas em relação à partida das meias-finais frente ao Santa Clara, Matheus Nunes entrou para o lugar de Ugarte. Paulinho no ataque, e Feddal no trio defensivo também foram apostas, por troca com Nuno Santos e Tabata. Pedro Porro também regressava à equipa, começava o jogo no banco, mas iria fazer a diferença na segunda parte.

O jogo

O domínio nem sempre se traduz em vitórias, mas quem chama para si a posse, é mais objetivo, e procura com mais afinco o golo, normalmente é bafejado com as vitórias e com os resultados. Nem sempre o futebol é poesia, pois é certo que as vitórias só se constroem com a bola na baliza.

O início do dérbi teve o leão com uma entrada mais arrojada, mais confiante, com mais posse.  Matheus Reis, servido por Esgaio, provocou o primeiro frisson na partida, com um remate a bater nas malhas da baliza de Vlachodimos, numa tentativa de chapéu. A pressão dos verdes e brancos acentuava-se, em pressão alta, com o Benfica centrado na tarefa de condicionar o meio campo do Sporting, com Meité e João Mário.

Veja o resumo da partida

Leões mais afirmativos em posse, com pressão alta, com os encarnados mais na expetativa. Mas o Sporting não construía oportunidades. O Benfica, por outro lado, na primeira vez que foi à frente fez golo. Everton pegou na bola, trocou as voltas a um adversário e depois disparou um 'petardo', fuzilando Adán aos 23´. Um remate, um golo, num lance construído do lado direito e numa altura em que o Sporting estava mais forte. O golo não condicionou o Sporting, só talvez na pressa de fazer o empate.

A resposta surgiu logo a seguir, num cabeceamento de Inácio, para uma defesa de Vlachodimos.  A toada não mudou com o golo, com o Sporting com mais bola, mas sem criar oportunidades, mas com o Benfica aparentemente confortável, atrás da linha da bola. Os verdes e brancos foram para cima e esticaram linhas à procura do empate. Pedro Gonçalves e Sarabia não tiveram a melhor pontaria, com um cabeceamento ao lado e uma bola ao poste do espanhol (lance que foi invalidado). Antes do intervalo, Paulinho cabeceou à figura de Vlachodimos. O leão vencia em quase todos os capítulos do jogo, com 64-34 de posse, mais remates (2-7) , cantos (3) o Benfica com apenas dois remates, mas tremenda eficácia com um golo marcado. No fundo, o que é mais importante no futebol.

Mas na segunda parte, o Sporting tinha que ser mais contundente se quisesse dar a volta e acabou por ser. A segunda parte arrancou praticamente com o golo do empate. Pontapé de canto marcado por Sarabia da esquerda, com Inácio desta vez a não perdoar e a fazer o golo.

Os verdes e brancos estavam mais intensos, com Matheus a encher o campo, a esticar o jogo. Mas foi a entrada de Porro (para o lugar de Matheus Reis) a mexer com o jogo: O espanhol dá a este Sporting outra capacidade para fazer a diferença. Veríssimo também mexeu, tirou Yaremchuk e lançou Gonçalo Ramos, um avançado mais móvel e poderia trazer coisas diferentes ao jogo do Benfica, mas a cartada acabou por não ter o efeito desejado.

Mas era o Sporting que tinha a 'faca nos dentes', que queria com mais força agarrar a Taça. Paulinho atirou à barra num remate à meia volta, depois de cruzamento de Matheus Nunes.

O golo da reviravolta viria logo a seguir. Porro furou a defesa encarnada, meteu a bola em Sarabia, que na cara de Vlachodimos atirou para o segundo dos leões.

Nelson Veríssimo arriscou tudo com as entradas de Pizzi, Taarabt e Henrique Araújo. O leão tentou 'trancar' a porta com as entradas de Ugarte. Entraram depois Tiago Tomás, para a despedida do avançado que está de saída para o Estugarda, e Nuno Santos para os minutos finais.

O Benfica, na segunda parte, foi praticamente inoperante em termos atacantes. Já perto do apito final foi pedido penalti num lance entre Matheus Nunes e Henrique Araújo. Não havia tempo para mais e foram os leões a agarrarem mais uma Taça para o museu.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

TAÇA DA LIGA - BENFICA - 1 BOAVISTA - 1 - PENALTY

 Depois de um 1-1 no tempo regulamentar, o Benfica avança para a final depois de ter derrotado o Boavista nas grandes penalidades.

Benfica vence Boavista nas grandes penalidades e está na final da Taça da Liga
Festa do Benfica em Leiria © 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O Benfica é o primeiro finalista da Taça da Liga. Os encarnados venceram o Boavista nas grandes penalidades (3-2), depois de um empate (1-1) no final do tempo regulamentar. Julien Weigl transformou o penalti decisivo que coloca os encarnados na final da competição.

Veja o vídeo

Estava aí a primeira meia-final da Taça da Liga no Magalhães Pessoa em Leiria e com o imponente Castelo como pano de fundo. Iam assim descortinar-se as equipas que vão discutir o título de campeão de inverno no próximo sábado no mesmo palco. De um lado o Benfica, recordista na competição com sete títulos alcançados e à procura de atingir um dos objetivos da temporada. O Boavista na sua primeira meia-final na competição, procurava a sua primeira final na prova e fazer história.

Em 21/22, as duas equipas já se tinham defrontado esta temporada para a Liga, na 6.ª jornada. Do confronto resultou uma vitória dos encarnados por 3-1

As equipas

Para o duelo frente ao Boavista,  Nélson Veríssimo fez três alterações em relação ao embate frente ao Arouca. Darwin e Otamendi (chamados para compromissos internacionais) e Rafa (testou positivo à COVID-19) saíram do onze. Entraram Morato, Diogo Gonçalves e Everton na equipa encarnada. Do lado dos axadrezados saíram Jackson Poroso, Reggie Cannon e Ntep do onze e entraram Felipe Ferreira, Luís Santos e Gorré.

O Filme de Jogo

A nível tático, o Benfica iniciou o jogo em 4-3-3, com Everton na esquerda, Diogo Gonçalves na direita e com Yaremchuk como homem mais adiantado. O Boavista de Petit, com uma defesa a três (Nathan, Abascal e Felipe Ferreira), e com Gorré e Sauer no apoio a Musa.O primeiro sinal de perigo do jogo surgiu num lance que teve Sauer como protagonista, viria a sê-lo mais à frente no jogo, mas já lá vamos. Pontapé fraco, fácil para Vlachodimos. Mas nos primeiros minutos, o Benfica começou a pegar no jogo, com a equipa lisboeta muito forte nos duelos e nas tabelas, tentando dessa forma desmontar a capacidade defensiva da equipa de Petit.

Ao minuto 6´, João Mário quase aproveitava uma falha de Nathan. O centrocampista por pouco não conseguiu emendar para a baliza. Ao minuto 8´, novo ameaço para a equipa que se apresentava até ali mais esclarecida em campo. Jogada de entendimento dos encarnados. Everton deixou em Diogo Gonçalves que endossou em Yaremchuk, com o avançado a atirar para a defesa de Bracali. Na recarga, o jogador brasileiro defendeu o remate de João Mário.

A agressividade do Benfica sobre a bola compensou e à passagem do minuto 15 chegou à vantagem. Nathan e Felipe Ferreira perderam a bola em zona proibida, Everton recuperou e num forte remate fez o primeiro da partida. A vantagem justificava-se com o Benfica mais forte sobre o terreno de jogo, mas foi a partir do golo encarnado que a ‘pantera’ quis mostrar as garras. Numa fase inicial, sem grande capacidade de desestruturar a defensiva encarnada, fazia-se valer da meia-distância. As tentativas de Gorré e Hamache não acertaram na baliza. Musa ainda acertou no alvo mas sem problemas para Vlachodimos.

Com o Boavista balanceado no ataque, o Benfica podia ter dilatado a vantagem. Mais uma jogada de cabeça, tronco e membros da equipa de Nelson Veríssimo. Grande lance de Diogo Gonçalves, a passar por um adversário e depois a cruzar, Yaremchuk falhou o desvio e Cebolinha atirou por cima.

Com o Boavista sem oportunidades claras e com o Benfica a aproveitar uma das oportunidades de que dispôs, numa ‘oferta dos boavisteiros’, aceitava-se assim a vantagem encarnada ao intervalo. No segundo tempo, a toada mudou, com o Boavista a subir linhas e a aparecer com outra cara à procura do golo do empate. E que melhor podia acontecer aos axadrezados do que chegar ao empate nos primeiros minutos do segundo tempo. Morato derrubou Musa na área, e foi assinalada grande penalidade. Na conversão, Gustavo Sauer não deu hipóteses a Vlachodimos, numa bomba do médio das panteras.

Com o golo do Boavista e com a equipa a perder acutilância, Nélson Veríssimo mexeu lançando Diogo Gonçalves e Paulo Bernardo, alterando a estrutura tática com dois homens na frente. Os axadrezados estiveram perto de dar a volta ao marcador e Musa à meia-volta permitiu a defesa do guardião do Benfica. De seguida, Vlachodimos negou o golo a Musa.

Os adeptos do Boavista tentavam empurrar a equipa para a frente, já que sentiam que o conjunto portista poderia causar uma surpresa. Ao minuto 70´, Gorré dispôs de excelente oportunidade, mas atirou ao lado. Com o jogo a abrir-se, do outro lado falhou Yaremchuk. Depois de um cruzamento de João Mário, o ucraniano atirou para ao lado.


Para os últimos minutos, tanto Petit como Veríssimo mexeram. Bracali ainda parou um pontapé de Pizzi, mas a primeira final da Taça da Liga iria ser mesmo decidida da marca das grandes penalidades.

Na decisão, os encarnados mostraram-se mais certeiros e inspirados: Sebastián Pérez, Musa e de Santis falharam para os boavisteiros. Pizzi e Verthonghen não conseguiram converter do lado dos encarnados. Grimaldo, Meité e Weigl marcaram as grandes penalidades do Benfica. Abascal e Hamache fizeram os tentos dos axadrezados. Acabou por ser o jogador alemão a colocar os encarnados na final da competição.