domingo, 16 de março de 2025

RIO AVE - 2 BENFICA - 3 VITORIA

 A equipa liderada por Bruno Lage venceu contra o Rio Ave por 2-3 na 26.ª jornada da I Liga, com um golo de Akturkoglu aos 80 minutos.

Benfica sofre para vencer em Vila do Conde e mantém perseguição à liderança da I Liga
SL Benfica player Orkun Kokcu (3-L) celebrates with his teammates after scoring the 0-1 lead goal during the Portuguese First League soccer match between Rio Ave and SL Benfica at Arcos Stadium in Vila do Conde, Portugal, 16 March 2025. JOSE COELHO/LUSA © 2024 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O Benfica saiu vitorioso de Vila do Conde ao triunfar por 2-3 contra o Rio Ave, no jogo da 26.ª jornada da I Liga. A equipa encarnada impôs a segunda derrota em casa, esta temporada, para o conjunto liderado por Petit e continua a perseguição ao líder Sporting. Com mais três pontos somados, o Benfica mantém-se a três de distância do rival, mas tem uma jornada em atraso frente ao Gil Vicente.

A primeira parte primou pela competência, intensidade e qualidade coletiva para o conjunto lisboeta, que podia ter ido para o intervalo com um resultado mais volumoso. Contudo, foi a individualidade de Kokçu que brilhou com um momento de classe, de fora da área.

No segundo tempo, o Benfica alargou a vantagem, mas foi o Rio Ave que brilhou. A equipa da casa renasceu das cinzas e acordou o estádio dos Arcos que se entusiasmou com os dois golos, quase de rajada, de Aguilera e Clayton. Contudo, o banco de suplentes das águias orquestrou o golo da vitória com Akturkoglu a fazer o gosto ao pé.

Águias a todo o gás e Kokçu com toque de génio

O Benfica entrou com toda a força na partida e demonstrou a intenção de não deixar o adversário com bola. As águias rapidamente quiseram tomar conta do jogo e sufocaram a equipa da casa com várias investidas e lances de bola parada nos minutos iniciais. O Rio Ave não pressionava e também não conseguia sair a jogar.

O primeiro momento de perigo aconteceu aos quatro minutos, no segundo canto das águias, com Otamendi a cabecear num primeiro momento e António Silva a atirar de calcanhar para a defesa de Miszta. Poucos minutos depois, no lado esquerdo, Carreras serviu Bruma na profundidade e o extremo cruzou perto da baliza para uma boa intervenção do guardião do Rio Ave.

Pavlidis esteve pouco feliz ao nível da finalização no primeiro tempo com, pelo menos, duas boas chances de chegar ao golo. Aos 10 minutos, o grego chegou tarde e não conseguiu corresponder a um cruzamento teleguiado de trivela pelos pés de Bruma. Pouco tempo depois, o Benfica conseguiu intercetar o Rio Ave no primeiro ataque e partiu de imediato na resposta. Carreras devolveu o esférico a Pavlidis no centro que rematou forte, mas Ntoi cortou de carrinho. Antes do intervalo, voltou a não ser 'matador'.

Aos 19 minutos, os adeptos visitantes chegaram a gritar golo, já depois de Trubin ter aparecido pela primeira vez com uma defesa segura após um canto, as águias tiveram uma boa jogada que podia ter inaugurado o marcador. Kokçu descobriu bem Aursnes no lado direito, que serve Amdouni na área para um remate ligeiramente ao lado.

Mais uma vez, Miszta mostrou-se ao melhor nível e foi um dos que mais brilhou na primeira parte. Foi-se mostrando seguro na baliza e chegou a evitar o golo por duas vezes na mesma jogada, primeiro a um excelente remate de Bruma e à segunda com um encaixe a um chuto de Aursnes.

O conjunto lisboeta reinava pela competência e intensidade e viria a ser recompensado à passagem do minuto 30. Foi através da individualidade de Kokçu que o Benfica chegou ao 0-1. O remate de fora de área do médio turco parecia que tinha olhos e foi direitinha para o fundo das redes, num momento de grande classe em Vila do Conde.

Para o segundo tempo, surpresa no Benfica com a entrada de Leandro Barreiro para o lugar de Tomás Araújo. Com a mudança, foi Aursnes quem assumiu o lado direito da defesa vermelha e branca.

Rio Ave ganhou asas, mas Akturkoglu disse 'presente'

Para os últimos 45 minutos, a equipa da casa demonstrou vontade em chegar ao ataque, mas as águias não permitiram que existisse qualquer esperança para os . Aos 53 minutos, o Benfica deu mesmo o segundo golpe com o 0-2

A vantagem curta para as águias permitia que o Rio Ave pudesse ter esperanças de uma possível viragem no marcador, mas o Benfica deu o segundo golpe em Vila do Conde. Pavlidis ganhou a falta na área na sequência de um duelo com Vrousai e o árbitro assinalou grande penalidade. Tal como tem sido hábito desde a ausência de Di María, o avançado grego assumiu a marcação dos 11 metros e não vacilou frente a frente com Miszta.

O Rio Ave continuou com dificuldades na construção, mas a vontade em chegar à área encarnada superiorizou-se à ineficiência coletiva. Aos 63 minutos, Aguilera toma conta da bola para a marcação de um livre direto e colocou a equipa da casa, de novo, na disputa pela vitória. O médio costa-riquenho rematou em jeito e a bola desviou em Pavlidis, traindo Trubin.

O golo fez agitar o estádio e a equipa da casa seguiu o embalo do entusiasmo e fez tremer o Benfica. Já depois de três substituições de Bruno Lage com as entradas de Akturkoglu, Belotti e Renato Sanches, o Rio Ave fez a festa com o golo de empate por intermédio de Clayton. Num absoluto disparate de Florentino, o avançado intercetou rematou para o fundo das redes.

O jogo estava em aberto e o Benfica sentiu que não tinha tempo a perder, de tal forma que ao fim de cinco minutos o marcador voltou a aumentar para as águias. Após um excelente trabalho de Belloti, o italiano abriu para Aursnes que cruzou para a área, onde Akturkoglu disse 'eu estou aqui'.

LP2 - A.VISEU - 1 PENAFIEL - 0 VITORIA

 










terça-feira, 11 de março de 2025

LIGA CAMPEÕES - BARCELONA - 3 BENFICA - 1 -ELIMINADOS

 Os encarnados foram batidos por 3-1 pelo Barcelona, na 2.ª mão da prova, depois de terem perdido o primeiro jogo na Luz por 1-0.

Barcelona 3-1 Benfica: Lamine Yamal e Raphinha brilham e atiram águias para fora da Champions
Lamine Yamal remata para o 2-1 EPA/Alejandro García

O Benfica está fora da Liga dos Campeões. Os encarnados foram batidos por 3-1 pelo Barcelona esta terça-feira, na 2.ª mão da prova, depois de terem perdido o primeiro jogo na Luz por 1-0. Os culés seguem para os 'quartos' com um agregado de 4-1 nos dois jogos.

Raphinha (2) e Yamal marcaram para o Barcelona, Otamendi fez o golo do Benfica.

A formação da Luz continua sem vencer em casa do Barcelona: soma dois empates a zero (2012/13 e 2021/22) e três desaires (1-2 em 1991/92, 0-2 em 2005/06) e agora 1-3 em 2024/25.

FOTOS: O melhor do Barcelona-Benfica em imagens

Coragem do Benfica durou 10 minutos

Depois das poupanças diante do Nacional, o Benfica apresentou a sua melhor cara, com Trubin a recuperar o seu lugar na baliza, Tomás Araújo na direita e Dahl a fazer o lugar do castigado Carreras. Florentino voltou ao onze, tal como Akturkogu, Schjelderup e Pavlidis.

Bruno Lage tinha pedido "coragem e ambição" aos seus jogadores para explanarem o seu jogo no Estádio Olimpico Lluis Companys diante do Barcelona, depois da derrota na 1.ª mão na Luz.

Os encarnados entraram bem, com pressão sobre os jogadores culés, a provocarem algumas perdas de bola e a deixar o adversário desconfortável.

Aos poucos, a equipa de Hansi Flick foi tomando conta do jogo, comandado por Pedri no meio-campo. Era preciso travar os artistas dos catalãs, algo que não aconteceu aos 11 minutos. Lamine Yamal 'sentou' Florentino, Otamendi que foi em auxílio do médio também não conseguiu travar o passe do prodígio de 17 anos para Raphinha encostar ao segundo poste.

A resposta encarnada surgiu de seguida. Na sequência de um canto de Schjelderup, Lewandowski desviou a bola que foi ter com Otamendi. O capitão das águias disparou de cabeça, Szczesny ainda tocou no esférico, mas não conseguiu evitar o golo do empate, aos 13 minutos. Melhor resposta era impossível.

O golo teve o condão de despertar a equipa catalã, que ganhou ascendência no jogo. O lado direito do Benfica sofria com Baldé, Olmo, Pedri e Raphinha. Aos 20, Dahl perdeu a bola, Olmo fugiu com a bola e meteu em Lamine que tentou serviu Lewandowski, o passe foi muito puxado. No mesmo minuto, corrida de Baldé que depois centrou para um remate torto de Olmo na área, numa jogada onde os culés estavam em superioridade numérica.

Aos 23 minutos é Trubin a agigantar-se para travar um tiro de Lewandowski, após combinação com Raphinha. A pressão do Benfica não surtia efeito porque o Barcelona encontrava sempre espaço.

Quem pára Lamine Yamal? Ninguém

O minuto 27 foi o minuto de Lamine Yamal. O extremo direito foi deixado sozinho com Tomás Araújo que estava circunstancialmente na esquerda, fez uma diagonal para o meio e disparou colocado, para o poste mais distante, fazendo um golaço. Muito espaço para o jovem espanhol, como ele gosta.

A montanha para o Benfica escalar começava a crescer e era preciso estancar o jogo ofensivo dos culés. O Benfica conseguiu-o com mais bola, incomodando num canto de Schjelderup e num centro de Dahl para as mãos de Szczesny. Pavlidis chegou disparar à barra, mas estava em fora de jogo. O Benfica esboçava uma reação, mas era importante não perder a bola com a equipa em ataque.

Foi isso que aconteceu aos 42 minutos. Akturkoglu não conseguiu ligar-se com Aursnes, Baldé ganhou a bola e disparou em velocidade, sem que ninguém fosse capaz de o parar. A corrida de área a área acabou com um passe na hora certa para Raphinha disparar cruzado para o 3-1, o seu segundo da noite. O Barcelona ia para o intervalo com três golos de vantagem na eliminatória.

Barça em gestão, Benfica na procura do merecido golo de honra

No recomeço após intervalo o Benfica voltou a entrar bem. Aos 50 minutos, Dahl serviu Pavlidis que centrou para Aursnes encostar para golo. Mas o tento seria anulado por fora de jogo do grego.

Bruno Lage foi à procura de resgatar a equipa, com Amdouni no lugar de Schjelderup e Renato Sanches no posto de Akturkoglu, ficando o Benfica com um meio-campo mais robusto. Mais tarde lançou Leandro Barreiro e Belotti nos lugares de Florentino e Kokçu, ficando o Benfica com dois avançados e dois médios.

O Barcelona continuava perigoso, principalmente quando ganhava a bola perto da sua área e apanhava o Benfica muito estendido no terreno. Aos 66 minutos, um dos melhores lances do jogo, desenhado entre Raphinha, Pedri, Lewandowski e De Jong. O neerlandês desviou ao segundo poste para fora, quando tinha Rapinha em melhores condições para marcar.

Hansi Flick sentiu o jogo controlado e lançou Gavi e Ferrán Torres primeiro, e depois Fermín López e Casadó nos postos de Lamine Yamal, Lewandowski, de Jong e Dani Olmo.

Apesar de a eliminatória estar quase resolvida, o Benfica nunca baixou os braços. Pavlidis tentou o golo, mas Szczesny negou-lhe as intenções. Aursnes e Dahl soltaram-se mais nos minutos finais, com várias aproximações à área culé.

Destaque para mais uma defesa de Szczesny após remate de Amdouni e para um corte de Aursnes a travar o remate de Ferrán Torres na área encarnada.

O Barcelona segue para os quartos de final da Liga dos Campeões com um conjunto de 4-1 na eliminatória e terá pela frente o Borussia Dortmund ou o Lille. O Benfica agora pode concentrar-se na I Liga e na Taça de Portugal.