O Benfica triunfou na receção ao Estoril (3-0), em jogo da 15.ª jornada da Primeira Liga e ofereceu uma grande prenda aos adeptos, que vão passar o Natal na liderança da classificação. Pavlidis e Amdouni foram os carrascos de serviço, perante uma equipa da Linha que foi demasiado frágil para ferir as águias.

O Estoril entrou bem na partida, a tentar mostrar à Luz que não ia só para defender. Nos primeiros minutos tentou esconder a bola dos benfiquistas e concretizou essa missão com sucesso. Pelo menos até as águias entrarem no jogo e assumirem o comando das operações.

Os canarinhos optaram por defender com uma linha de cinco defesas que não permitia grandes espaços nas costas aos encarnados, o que tornou mais difícil para criar perigo enquanto as duas equipas estavam frescas.

Já Bruno Lage manteve a tática habitual, assente num 4-2-3-1 e foi forçada a posses de bola mais longas para tentar encontrar o timing certo para penetrar a defesa adversária, muito sólida e compacta. Quando o conseguiam, faltou uma melhor definição para transformar o lance em golo.

Curiosamente o primeiro golo da partida chegou num dos melhores momentos do Estoril. Na primeira vez que os canarinhos se desequilibraram verdadeiramente, aos 28 minutos, Di María recuperou a bola, entregou a Pavlidis e o grego apanhou a bola à entrada da área, antes de rematar colocado para inaugurar o marcador e voltar aos golos, cinco jogos depois.

Em vantagem, o Benfica ganhou confiança e começou a conseguir criar perigo mais frequentemente, enquanto do outro lado o atrevimento ia perdendo gás o que tornou o jogo de sentido único.

À semelhança do primeiro tempo, o Estoril entrou muito bem na segunda parte e até podia ter mesmo chegado ao empate. Num lance na área do Benfica o lateral Fabrício pareceu ser derrubado por Tomás Araújo, mas o árbitro António Nobre foi ao VAR e reverteu a decisão por acreditar que o contacto não foi suficiente para falta. Ficou o aviso de que a vantagem era demasiado curta para o conforto.

O cansaço foi-se sentido com o passar dos minutos, principalmente nas investidas do Estoril, que eram menos e mais desorganizadas. Enquanto isso, a equipa de bruno Lage ia dominando a posse de bola, mas sem os efeitos práticos desejados, revelando muitas dificuldades em criar reais situações de perigo.

Aos 69 minutos, Pavlidis deu razão a quem defende que atravessa uma fase de falta de confiança, quando lhe caiu uma bola perto da pequena área em que normalmente era golo claro e atirou ao lado depois de bater mal na bola. Numa segunda parte com poucas oportunidades, esta poderia ter sido aquela que tranquilizava a equipa e os adeptos, que ainda estavam preocupados com os fantasmas do jogo frente ao AVS.

Toda a incerteza se desvaneceu aos 73 minutos, quando Amdouni apareceu no sítio certo para fazer o 2-0. Num lance de insistência Akturkoglu permitiu a defesa a Joel Robles e um péssimo corte de um defesa do Estoril deixou a bola à mercê do suíço, que não tremeu e aumentou a vantagem.

Este foi o golpe final neste duelo, pois se o Estoril já não estava a conseguir criar perigo com a desvantagem mínima, a partir deste momento desapareceu do jogo.

Até ao fim ainda deu tempo para Bruno Lage dar minutos a Leandro Barreiro, Rollheiser, Schjelderup e Kaboré, sendo que muito perto do fim, Amdouni foi às alturas para cabecear em direção à baliza canarinha, garantindo o bis, aos 90+4 minutos.

Assim, o Benfica sobe à liderança da Primeira Liga, pela primeira vez em 2024/25, e os benfiquistas vão-se sentar à mesa no Natal enquanto líderes do campeonato, com mais um ponto do que os rivais FC Porto e Sporting.