segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

LP2 PORTIMONENSE - 1 A-VISEU - 1 EMPATE

 

Portimonense-Académico de Viseu, 1-1: ninguém se ficou a rir

Resultado construído com golo de Gautier Ott e autogolo de João Pinto

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• Foto: Liga Portugal

Portimonense e Académico de Viseu empataram hoje 1-1, no último jogo oficial dos dois conjuntos em 2024, da 15.ª jornada da II Liga de futebol, resultado que não serve completamente os objetivos das duas equipas.

Após o primeiro golo no campeonato de Gautier Ott, para os forasteiros, aos 12 minutos, um autogolo de João Pinto acabou por 'selar' a igualdade, que aumenta para cinco jogos sem vencer uma série negativa dos algarvios em casa.

Com este empate, o Académico de Viseu ocupa, à condição, o quarto lugar, com 25 pontos, enquanto o Portimonense acaba o ano de 2024 no 16.º posto, com 14.

O conjunto forasteiro mostrou bastante eficácia a aproveitar a primeira aproximação à baliza algarvia, aos 12 minutos, com o francês Gautier Ott a atirar com o pé esquerdo, após passe de Bandarra, num lance iniciado a meio-campo.

A partida tinha começado equilibrada, mas o golo colocou o Académico de Viseu por cima, perante um conjunto algarvio com dificuldades em suster as transições dos forasteiros, que viram Vinícius Silvestre evitar os remates perigosos de Gautier Ott (24) e Bandarra (33).

Coletivamente sem inspiração, o Portimonense esteve à beira do empate, aos 30 minutos, num lance de puro talento individual, em que Chico Banza, em corrida desde o meio-campo, driblou vários adversários e permitiu a defesa do guardião esloveno Dorien Gril.

A equipa algarvia melhorou bastante após a pausa e acabou por restabelecer justamente a igualdade, num autogolo de João Pinto, aos 68 minutos, um minuto depois de Ruan e Tamble Monteiro terem desperdiçado um lance de muito perigo.

O Portimonense não conseguiu manter-se por cima e o nível qualitativo da partida empobreceu, com Vinícius Silvestre, nos descontos, a evitar o que seria o golo da vitória viseense, num remate de Paulinho (90+3 minutos).

Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão

Portimonense -- Académico de Viseu, 1-1.

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores:

0-1, Gautier Ott, 12 minutos.

1-1, João Pinto, 68 (própria baliza).

Equipas:

- Portimonense: Vinícius Silvestre, Jefferson Maciel (Teodoro, 34), Alemão (Kelechi John, 89), Yuki Kobayashi, Ruan, Diaby (Cláudio Mendes, 55), Geovane, Filipe Relvas, Chico Banza, Paulo Vítor e Tamble Monteiro.

(Suplentes: Philip Tear, Cláudio Mendes, Davis, Kelechi John, Camilo Durán, Kim Yong-hak, Diogo Ferreira, Patrick Bohui e Teodoro).

Treinador: Ricardo Pessoa.

- Académico de Viseu: Domen Gril, Paulinho, Mohamed Aidara (André Clóvis, 72), Nikos Michelis, Igor Milioransa, Sori Mané, Cihan Kahraman (João Pinto, 46), Soufiane Messeguem (Nils Mortimer, 64), Bandarra (Alan Marinelli, 64), Gautier Ott (Famana Quisera, 77) e Diogo Almeida.

(Suplentes: Matheus Sampaio, João Pinto, Yuri Araújo Famana Quizera, Nils Mortimer, André Clóvis, Alan Marinelli, Henrique Gomes e Marquinho).

Treinador: Rui Ferreira.

Árbitro: Pedro Ramalho (AF Évora).

Ação disciplinar: cartão amarelo 

BENFICA - 3 ESTORIL PRAIA - 0 - LIDER

 Grego e suíço marcaram os golos (ambos em momentos-chave do encontro) que permitiram aos encarnados somar três pontos e dar ao Estoril uma derrota como presente.

Pavlidis e Amdouni dão prendas na Luz e o Benfica vai passar o Natal na liderança da I Liga
Filipe Amorim/LUSA

O Benfica triunfou na receção ao Estoril (3-0), em jogo da 15.ª jornada da Primeira Liga e ofereceu uma grande prenda aos adeptos, que vão passar o Natal na liderança da classificação. Pavlidis e Amdouni foram os carrascos de serviço, perante uma equipa da Linha que foi demasiado frágil para ferir as águias.

O Estoril entrou bem na partida, a tentar mostrar à Luz que não ia só para defender. Nos primeiros minutos tentou esconder a bola dos benfiquistas e concretizou essa missão com sucesso. Pelo menos até as águias entrarem no jogo e assumirem o comando das operações.

Os canarinhos optaram por defender com uma linha de cinco defesas que não permitia grandes espaços nas costas aos encarnados, o que tornou mais difícil para criar perigo enquanto as duas equipas estavam frescas.

Já Bruno Lage manteve a tática habitual, assente num 4-2-3-1 e foi forçada a posses de bola mais longas para tentar encontrar o timing certo para penetrar a defesa adversária, muito sólida e compacta. Quando o conseguiam, faltou uma melhor definição para transformar o lance em golo.

Curiosamente o primeiro golo da partida chegou num dos melhores momentos do Estoril. Na primeira vez que os canarinhos se desequilibraram verdadeiramente, aos 28 minutos, Di María recuperou a bola, entregou a Pavlidis e o grego apanhou a bola à entrada da área, antes de rematar colocado para inaugurar o marcador e voltar aos golos, cinco jogos depois.

Em vantagem, o Benfica ganhou confiança e começou a conseguir criar perigo mais frequentemente, enquanto do outro lado o atrevimento ia perdendo gás o que tornou o jogo de sentido único.

À semelhança do primeiro tempo, o Estoril entrou muito bem na segunda parte e até podia ter mesmo chegado ao empate. Num lance na área do Benfica o lateral Fabrício pareceu ser derrubado por Tomás Araújo, mas o árbitro António Nobre foi ao VAR e reverteu a decisão por acreditar que o contacto não foi suficiente para falta. Ficou o aviso de que a vantagem era demasiado curta para o conforto.

O cansaço foi-se sentido com o passar dos minutos, principalmente nas investidas do Estoril, que eram menos e mais desorganizadas. Enquanto isso, a equipa de bruno Lage ia dominando a posse de bola, mas sem os efeitos práticos desejados, revelando muitas dificuldades em criar reais situações de perigo.

Aos 69 minutos, Pavlidis deu razão a quem defende que atravessa uma fase de falta de confiança, quando lhe caiu uma bola perto da pequena área em que normalmente era golo claro e atirou ao lado depois de bater mal na bola. Numa segunda parte com poucas oportunidades, esta poderia ter sido aquela que tranquilizava a equipa e os adeptos, que ainda estavam preocupados com os fantasmas do jogo frente ao AVS.

Toda a incerteza se desvaneceu aos 73 minutos, quando Amdouni apareceu no sítio certo para fazer o 2-0. Num lance de insistência Akturkoglu permitiu a defesa a Joel Robles e um péssimo corte de um defesa do Estoril deixou a bola à mercê do suíço, que não tremeu e aumentou a vantagem.

Este foi o golpe final neste duelo, pois se o Estoril já não estava a conseguir criar perigo com a desvantagem mínima, a partir deste momento desapareceu do jogo.

Até ao fim ainda deu tempo para Bruno Lage dar minutos a Leandro Barreiro, Rollheiser, Schjelderup e Kaboré, sendo que muito perto do fim, Amdouni foi às alturas para cabecear em direção à baliza canarinha, garantindo o bis, aos 90+4 minutos.

Assim, o Benfica sobe à liderança da Primeira Liga, pela primeira vez em 2024/25, e os benfiquistas vão-se sentar à mesa no Natal enquanto líderes do campeonato, com mais um ponto do que os rivais FC Porto e Sporting.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

NACIONAL - 0 BENFICA - 2 - VITORIA

 O Benfica passa a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.

Não há nevoeiro ou Lucas França que trave o voo da águia. Benfica bate Nacional e fica a um ponto do Sporting
Di María festeja golo HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

O Benfica subiu ao segundo lugar da I Liga de futebol, ao vencer esta noite o Nacional da Madeira por 2-0, em jogo em atraso da 8.ª jornada da prova. O encontro, que tinha sido interrompido no dia 06 de outubro aos oito minutos devido ao nevoeiro, foi retomado, com domínio absoluto dos encarnados, que passam a ter 34 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o FC Porto. Dois pontos a separar os três primeiros.

Nem o nevoeiro, que voltou a ameaçar o jogo, nem a fantástica exibição de Lucas França na baliza dos madeirenses, travaram o regresso dos encarnados aos triunfos, depois do empate na ronda anterior com o AVS.

Fotos: As melhores imagens do Nacional-Benfica

Uma muralha chamada Lucas França

Com ou sem nevoeiro, vencer era a palavra de ordem no lado do Benfica, para retomar o segundo lugar e colocar pressão no líder Sporting, antes do dérbi da Segunda Circular. Um triunfo na Choupana deixaria os encarnados com menos um ponto que os leões, antes do jogo entre ambos, no dia 29. Pelo meio, os dois conjuntos terão mais um encontro: Sporting fora com o Gil Vicente e Benfica em casa com o Estoril.

Bruno Lage queria ver a equipa a dar uma resposta convincente, após o empate no último jogo no terreno do AVS, numa exibição que deixou muito a desejar.

Se o nevoeiro já era um adversário esperado, a exibição de Lucas França era algo que o Benfica não contava. O guarda-redes dos madeirenses foi engatando defesas atrás de defesas, negando o golo aos lisboetas em várias ocasiões.

Logo no início do jogo (08:05 minutos, tempo que o relógio marcava quando o encontro foi interrompido dia 6 de outubro e adiado para hoje), via-se que o guardião de 1,94 metros iria ter muito trabalho. Aos 11, teve de se aplicar para afastar um cabeceamento de Pavlidis.

O Benfica mandava no jogo, tentando romper a linha de quatro do Nacional que era ajudado por uma dupla de médios defensivos e dois extremos que baixavam para ajudar os laterais. Apesar quantidade de gente perto da área na equipa de Tiago Margarido, o Benfica ia encontrando espaço. Faltava apenas meter a bola dentro da baliza.

Aos 29 minutos, primeira defesa fantástica de Lucas. Kokcu entendeu-se com Di María, o argentino meteu em Pavlidis que rodou e deixou em Akturkoglu, o extremo turco rematou para grande defesa do guardião nascido em Alhandra, Paraíba, Brasil.

O duelo repetiu-se aos 36 minutos: Kokcu a meter na área, ao segundo poste, Otamendi a cabecear para nova defesa de Lucas França em cima da linha. O Benfica tinha de arranjar formas de bater o gigante dos madeirenses.

E não seria aos 45+3, quando, após ressalto na área, Akturkoglu disparou colocado, para uma estirada enorme do brasileiro, a dar uma palmada na bola para canto.

Ulisses trama Lucas França

No vaivém do nevoeiro, ora denso, ora franco, seria importante para o Benfica marcar cedo, até porque o relvado começava a ficar pesado nalgumas zonas. Kokcu voltou cheio de vontade e fé, como mostrou no fantástico pontapé que atirou de fora da área, aos 50 minutos. Não havia Lucas França desta vez, havia a barra. Agora eram os ferros a salvar o Nacional.

À passagem do quarto hora do segundo tempo, finalmente o golo do Benfica. Um centro de Bah, tenso, na direita, foi desviado com o braço pelo central Ulisses na pequena área. O árbitro Gustavo Correia, bem colocado, marcou grande penalidade, que não mereceu contestação por parte dos jogadores madeirenses. O brasileiro tinha as mãos atrás das costas mas, inexplicavelmente, tirou os braços dessa posição e interceptou o centro do lateral encarnado. Di María, com a classe do costume, enganou Lucas França e abriu finalmente o ativo.

Ofensivamente, o Nacional era uma nulidade. A equipa não conseguia sair a jogar e, quando finalmente fazia dois ou três passes, o condutor da bola exagerava e perdia o esférico. Tiago Margarido tentou mudar isso, com as entradas do avançado Dyego Souza, antigo jogador do Benfica e do SC Braga, e do criativo Bruno Costa. Bruno Lage deu mais mobilidade na frente, trocando Pavlidis por Amdouni.

E foi o suíço a estar no 2-0, marcado por Di María, aos 74 minutos. Um mau corte de Garcia deixou a bola em Amdouni, este tirou o 'pão da boca' de Di María, e tentou rematar mas ficou sem espaço. Voltou a devolver ao argentino que disparou de ponto, a bola desviou num adversário e entrou na baliza de Lucas França. Di María, que tinha ficado furioso num primeiro momento com o suíço, iria agradecer-lhe a a assistência.

O controle do jogo e o resultado permitiram ao Bruno Lage lançar Leandro Barreiro e Beste para os postos de Álvaro Carreras e Aursnes. Schjelderup e Rollheiser foram as últimas opções dos encarnados.

Mas até ao final, nada havia a fazer. O Benfica controlou perante um Nacional sem argumentos para se aproximar da baliza de Trubin.

Com a vitória, o Benfica subiu ao 2.º lugar da I Liga, com 35 pontos, menos um que o líder Sporting e mais um que o terceiro colocado, o FC Porto. O Nacional mantém-se no 13.º posto com 12 pontos.

VÍDEO: Veja o resumo do Nacional 0-2 Benfica